-Vamos, me conta como conheceu Afrodite - pedi enquanto pegava uma batata do combo e passava no molho
-A gente estudou juntas no colegial, ela era a clássica patricinha popular do colegial - ri imaginando como ela seria no colegial - eu não entrava muito em grupos, ficava sempre na minha lendo um livro e ouvindo música, mas isso começou a mudar quando uma professora de filosofia passou um trabalho e escolheu as duplas e nós caímos juntas
-Um belo clichezinho né - falei enquanto a ouvia atentamente
-Nós morávamos muito longe uma da outra e a mãe dela me buscava, a gente acabava conversando e foi nisso que descobri que ela desenhava e queria ser estilista, e desde então eu passei de "a garota quietinha" para "a amiga de Afrodite", mas eu continuava na minha ainda - riu e passei a tentar imaginá-la no colegial, como ela seria durante o dia, o que fazia - você está me olhando diferente de novo
-Ah, me desculpe - sorri coçando a nuca e me recostando no banco da lanchonete - estava tentando te imaginar no colegial
-Eu era uma garota normal sobrevivendo em um inferninho de adolescentes com os hormônios a flor da pele - ri sentindo a familiaridade já que eu fazia o mesmo - isso estava muito bom
-Fazia um tempo que não comia lanches assim, metade da minha faculdade foi comendo em lanchonetes já que não tinha tempo pra cozinhar - apertei o botão azul na mesa, que servia para pedir a conta, e esperei a garçonete trazê-la
-Toma - a vi retirar duas notas de 20 euros da bolsa e pensei em impedi-la, mas lembrei que dividiriamos a conta - pode ficar com o troco - sorriu gentilmente para a garçonete que agradeceu, olhei em minha carteira e peguei as unicas notas de 20, e as menores, que tinha ali
-Vamos? - me levantei e a esperei - obrigado - agradeci a garçonete e sai junto de Perséfone, indo até o carro e dando a partida. O caminho até a casa de Perséfone foi rápido e divertido, com ela me contando suas poucas aventuras na escola e no colegial, que graças a Afrodite cair na mesma sala durante os três anos, passou a ser agitado - chegamos - falei parando o carro e o desligando
-Pois é, foi divertido ficar com você - sorri e passei os dedos em seus cabelos, me aproximando e a beijando. Seu beijando era como uma droga e estava me viciando nela - obrigada - sussurrou após terminar o beijo, nossas testas coladas uma na outra
-Posso te acompanhar até o elevador? - perguntei e sorri ao vê-la balançar a cabeça em confirmação, saí do carro, com ela abrindo a porta e a fechado, e a segui até o elevador - boa noite - falei segurando em seu rosto quando o elevador parou e lhe dei um ultino beijo
-Boa noite Hades - esperei o elevador se fechar e notei que o vigia da recepção havia acabado de chegar, e a imagem do homem que havia parado Perséfone voltou a minha mente
-Boa noite - o cumprimentei - eu queria uma informação, como alguém poderia conseguir uma cópia da gravação da câmera entre as 18:00 e 19:00 horas?
-Bom, o chefe da segurança pode conseguir em caso de roubo ou com um mandado da polícia pedindo a gravação, ou se você for um morador do prédio, o que eu sei que não é - suspirei e agradeci me virando para sair - mas... Pela quantia certa eu posso conseguir algo pro senhor, Hades
-Claro que pode - sorri de lado, algumas pessoas sempre aproveitariam pra conseguir algo em troca do pagamento certo, não era a primeira vez que fazia ou via algo assim. Peguei a carteira e retirei duas notas de 100 euros - isso basta?
-Passe aqui pela manhã, vou deixar um pen-drive com a gravação - lhe entreguei o dinheiro e balancei a cabeça
-Vou pedir alguém para pegar aqui, obrigado pela ajuda - agradeci e sai direto para o carro, levando pouco mais de dez minutos para chegar em casa, e como estava sozinho acelerei um pouco mais que o normal
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Minha Primavera
RomantizmUma história onde Hades conhece Perséfone, uma vendedora de flores, e acaba se apaixonando. Hades, CEO e cofundador da empresa de publicidade Underworld, em um dia de folga conhece uma nova floricultura que o encanta graças ao seu pequeno amor por...