Noite da festa de aniversário da empresa Connelly.
Nicolas
Eu só queria tirar o sorriso triste do rosto dela. Paige ficou meio para baixo quando viu seu pai. Jones apareceu na festa de aniversário da empresa, sem nem ao menos for convidado, e ainda estava armado. Tenho quase certeza que ele aprontou algo essa noite. Me ofereci para deixar Paige em casa, já que ela não queria permanecer na festa depois de tudo, e eu a entendia.
E não posso culpa-la. Jones é um imbecil, ele é subchefe em Boston, e não parece muito satisfeito com isso, vinha tentando casar a filha da sua mulher com o Logan ha dois anos. Ainda não sei como Logan ainda aguenta esse homem, eu já teria enfiado minha melhor faca na garganta dele. Ser subchefe não parece suficiente para ele, sua filha Lisa foi morar em Cancún, casada com o capo de lá, a Paige virou chefe da Camorra e ainda é aliada do chefe da Famiglia. Jones ficou um pouco pra trás.
"Para". Parei de uma vez o carro. Paige abriu a porta, voltou sua atenção para mim e sorriu.
"Obrigada pela a carona". Não tenho tempo para dizer "De nada" porque ela saiu indo em direção a um bar. Stripe Conly. Era uma das boates da famiglia, uma das melhores. Decido deixar meu carro onde está e sigo a ruiva.
"Não precisa vim atrás, não vou matar ninguém hoje". Ela grita quando percebe que a estou seguindo.
"Quando se trata de você, nunca se sabe". Brinco. Escuto ela bufando e atravessando as portas de vidro.
A música alta quase estourou os meus tímpanos. Há muitas mulheres ao redor do salão, algumas no pole dance, outras no chão mesmo dançando em cima de um salto que só Jesus misericórdia.
"Uma tequila". Paige pediu ao barman, o velho homem sorriu para mim e perguntou o que eu queria.
"O mesmo que o dela". Uma loira alta, maquiagem um pouco forte demais se aproxima de mim e passa sua unha pintada de azul no meu ombro. Detesto azul. Observo uma tatuagem no seu pulso.
"Não quer subir?". Arqueio uma sobrancelha. Não curto ficar com prostitutas, não é minha praia.
"Tá perdendo seu tempo, esse é celibatário". Paige fala rindo observando a interação estranha que está acontecendo aqui. A loira sai de perto de mim e procura por outra trouxa no salão. Encaro bem os olhos castanhos da mulher à minha frente.
"Celibatário em?". Pergunto intrigado. Paige deu de ombros.
"Eu nunca vi você com mulher nenhuma e nem homem, há não ser por aquela mulher que entrou no apartamento do Nate". Reviro meus olhos lembrando daquele dia, uma mulher - que realmente não lembro o nome, e não faz diferença- invadiu o apartamento do meu amigo e só faltou me esfolar vivo, Paige recorreu a me beijar fazendo a pobre mulher arfar de ódio e vergonha.
"Iae ele beija bem?"
Uma simples pergunta da Allie ainda ecoava na minha cabeça, pergunta qual Paige nunca respondeu.
"Como era o nome dela mesmo?". Decido perguntar a Paige. O Barman aparece com nossas bebidas. Seguro o copo e o levo a minha boca.
"Rebeca". Paige comenta. Ah claro. Não era difícil aprender sobre mim, Logan afirma que eu sou uma pessoa previsível. Não gosto de chamar a atenção para mim, prefiro uma boa noite de sono do que passar a noite em uma boate. Apesar de eu não contar muito, adoro ler. Pra mim tanto faz se é romance, distopia, fantasia ou até auto ajuda.
"Nunca aprende os nomes das mulheres?". Pisco meus olhos diante da pergunta dela. Se eu lembro algum nome? Principalmente de mulheres com quem já dormi?
"Faço questão de não aprender". Esvazio meu copo em um último gole, faço sinal para o Barman encher meu copo novamente. Amanhã tenho que ir para a Cia, preciso investigar sobre Sirena. Parece até piada, a mulher em questão tá aqui! Na minha frente!
"Olha só, estou te esperando Nicolas". Seu batom vermelho não borra ao encostar no copo, desconfio que ela é bastante rigorosa com os batons que compra.
"Por quê aprender os nomes se não vou voltar a vê-las?". Paige joga sua cabeça para trás e começa a rir. Acho que a tequila já está fazendo efeito. Observação importante sobre o grupo, nenhum de nós se dá bem com tequila, muitos menos a pobre Ada.
"A questão , meu amigo é.... será que elas gostariam de voltar a vê-lo?". Fecho meus olhos e sorrio. Com um movimento trago o banco dela para mais perto de mim. O sorriso dela some quando aproximo minha boca de seu ouvido.
"Acredite ruivinha, eu não brinco em serviço. Elas adorariam me ver novamente". Sussurro em seu ouvido. Volto minha atenção para meu copo e observo ela beber todo de uma vez sua bebida e fazendo sinal para mais.
Eu não sei que horas são, muitos menos consigo ver os ponteiros em meu relógio. No meu celular há várias chamadas não atendidas do meu tio, é Sr. Edward não tenho tempo agora.
Paige está tentando e falhando para ligar seu celular.
"Puff. Acho que minha bateria acabou". Ela resmunga. Um estrondo acontece quando ela bate seu celular na mesa.
"Posso estar bêbado demais, mas... não vai ser assim que o celular vai ligar". Aponto um dedo para o celular na bancada.
"Haha engraçadinho". Ela resmungou se levantando. Seu corpo balançou um pouco, a segurei pela cintura quando estava para cair.
"Você tem uma tatuagem no pescoço". Ela mexe na gola da minha camisa. Assinto.
"Preenche o braço todo". Seus dedos são macios ao tocar meu pescoço, seus dedos brincam com o tecido da camisa.
"Ahh". Não estou surpreso por ela não lembrar da tatuagem, sempre estou todo coberto com um terno quando estamos reunidos. Seu rosto se aproximou mais do meu, fazendo com que eu sentisse seu perfume. Não doce, forte. Assim como ela.
Minha mão em sua cintura aperta muito mais, deixando-me sem entender totalmente. Talvez seja culpa da tequila.
"Lembra de quando éramos crianças? Você detestava ternos". Acho graça com a lembrança. Por que eu ainda não a soltei?
Quando éramos crianças costumávamos brincar que a Paige era uma princesa prometida, ela detestava é claro. Seu pai desde muito cedo dizia que iria casar-lá com um filho do consigliere, não lembro o nome dele. Paige se irritou, claro, para ela tudo o que importava era não se tornar uma esposa troféu.
"Agora você é muito gato com terno". Ela comenta em meio a um sorriso. Lindo. Suas mãos tocam meu rosto e percebo o erro disso. Mas pela primeira vez, eu não vou parar com isso.
Pressiono minha mão em sua cintura, puxei ela para mim. Nossos lábios se encontram e tudo o que sinto é um vício se formando. O gosto da tequila em sua boca. Da primeira vez, foi um beijo rápido, para afugentar uma pessoa. Dessa vez, éramos nós, somente nós e a tequila que nos embriagou.
"Isso é um erro da desgraça". Ela riu em meus lábios.
"Você não comete erros". Eu a lembro, e logo me arrependo.
"Shiu". Paige pressionou um dedo em minha boca.
"Não pode contar para ninguém Nicolas". Assinto. Se contarmos para nossos amigos, eles iriam fazer uma tempestade em um copo d'água.
"Uma noite?". Pergunto.
"Uma noite". E seus lábios estão novamente nos meus. Erro. Foda-se o erro. Porque não tinha nada de erro nessa noite.
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Pensaram que ia ter hot hoje né? Kkkkk
Sinto muito kskkkkNão está na hora ainda.
Sim, pra quem não entendeu. Os dois ficaram juntos nessa noite, por isso o "depende do quanto você aguenta" KSKSKSKKS
NÃO SE PREOCUPEM, VAI TER HOT SIIM!
só não hoje
Espero que tenham gostado.
Até logo. Bjs. Ana
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Um desejo incontrolável
Romance2° livro da série "Um grupo em Nova York" Paige teve que aprender desde de muito nova a lutar. E quis ficar longe de seu pai logo o possível, a levando trabalhar para a máfia italiana, Logan liderava com firmeza e era um ótimo capo, até Nova York p...