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Helena

Vou viajar por um tempo. Tenho negócios a tratar. Não sinta a minha falta.
Bjs. Sirena

Amassei o bilhete com força. Eu odeio essa mulher. E o pior de tudo é que a política da agência só me deixava prender ela com provas. E eu não tenho nada contra ela. Nada.

"Vamos pega-la". A mulher de cabelos loiros afirmou. Ela estava tão confiante que às vezes dava até medo.

"Sabe para onde ela foi?". Perguntei. Ela sorriu de lado.

"Itália". Ela falou e mexeu em sua aliança.

"Vamos pegar ela no draft". Me animei. Fui mais para frente para ouvir o plano.

"Como tem tanta certeza que ela vai para o draft?". Se ela não fosse, seria um tiro no escuro e eu estaria perdida diante do capitão. Tentei mostrar provas contra o Logan Connelly e Sirena e quando ele foi ver era uma mentira. Empresas como Allure, Connelly 's, e Connelly arquitetura estavam ligadas a Famíglia, e nada os impediria.

"Ela nunca faltou a nenhum draft. É como uma lei todo capo está presente". Ela respondeu.

"E nesse dia ela vai está lá como a líder suprema. Comandando toda a porra da Camorra". Ela quase gritou. Peguei meu telefone e liguei para alguns agentes.

"Quero uma equipe de força tarefa, vamos pegar uma líder da máfia". Sorri ao falar.

Sirena

"Sirena!". Alessandro andou ao meu encontro ao lado do Carlos.

"Alessandro! Espero que tenha sentido muito a minha falta!". O abracei forte. Seu cabelo loiro estava um pouco maior do que da última vez que nos encontramos. A viagem tinha sido tranquila, o que não tinha ficado nada tranquilo era a minha mente. Tudo voltava ao Nicolas. Até uma garrafinha de tequila. Eu sentia falta dele. E eu não tinha contado para ele sobre minha infertilidade. Talvez tenha sido melhor assim. Tá escutando né coração?

"Nenhum pouco. Trouxe isso para você". Ele me entregou um pirulito de framboesa. Sorri em agradecimento.

"Sempre com um pirulito na mão".

"Você vai para Nova York. Aí depois chama sua equipe e me deixa com esse idiota aqui". Apontou para o Carlos, que franziu a testa. "Senti falta da carinha dessas bonecas". Pegou no queixo da Beatrice e logo após a da Kiara, ela afastou a mão dele com um sorriso nos lábios.

"Eu sei que me ama Alessandro". Ela colocou os óculos e seguiu para dentro da mansão.

"Sempre tão chata Kiara". Ele gritou para as costas dela, ela mostrou o dedo do meio para ele sem se virar. Alessandro riu abaixando a cabeça.

"Como está tudo para o draft?". Perguntei.

"Tudo indo como mandado". Carlos respondeu e me entregou a folha de pagamento do mês.

"Essa foi a prostituta que a Cecília matou?". Apontei para um nome em vermelho.

"Foi. Ela nem ao menos tinha algum dinheiro. E estava com sífilis". Alessandro respondeu. Ele se encarregava das prostitutas. Era um idiota completo, mas fazia seu trablho direito e isso era importante. Tentava dar em cima da Kiara há anos. Mas ela nunca deu bola.

"Já viram quem eu trouxe comigo para conhecer a Camorra?". Perguntei apontando para um Stephan parado. Alessandro o olhou de cima a baixo, mas Carlos foi falar com ele.

"Ei grandão! Vamos! Vou te mostrar a mansão". Kiara chamou pelo o Stephan da porta.

"Já vou baixinha!". Kiara revirou os olhos.

"Qualquer coisa eu chamo". O aviso. Stephan seguiu Kiara para dentro da casa.

"Não gostei dele". Alessandro falou enrugando o nariz.

"Ele é um bom soldado. Foi introduzido pela Famíglia". O avisei.

"Grande merda".

"Olha a língua, se não pode perde-la". O alertei.

Assim que entrei na ala de treinamentos, alguns homens me encararam sério. Mas não me importei. Avistei meu tio Leôncio perto dos armários.

"Guarda chi è tornato! Ti sei ricordato che comandi qualcosa? O eri troppo impegnato a pomiciare con qualcuno?".(Olha quem está de volta! Lembrou que comanda algo? Ou tava ocupada demais trasando com qualquer um?). Tão irrelevante. Dei pequenos passos até ele, fazendo questão que todos prestassem atenção. Cada pessoa naquela sala tinha parado para observar.

"Chi porto a letto non ti interessa. Spero che tu non abbia passato così tanto tempo a pensarci invece di fare il tuo lavoro". (Quem eu levo para a minha cama não te interessa. Espero que não tenha ficado tanto tempo pensando nisso em vez de fazer seu trabalho). Meu tom saiu firme. Ele me fuzilou com os olhos e saiu virando as costas.

Achou que só porque eu estava fora, eu não sabia o que estava acontecendo. Estava enganado. Eu sabia de todos os detalhes, incluindo o mutirão que fizeram para me retirar do cargo.

"Torna ai tuoi compiti, quindi voglio che tutti si preparino per la bozza". (Voltem para suas tarefas, depois quero que todos se preparem para o draft.). Avisei a todos.

Eu estou ansiosa para ver as pessoas que querem entrar para a máfia através das corridas. Vai ser divertido.


Kiara

Stephan analisava cada detalhe da mansão. Apertei um botão que mostrava as armas, e ele parecia fascinado. Eu adorava toda essa tecnologia que a Cecília tinha colocado. Ele ajeitou sua blusa, eu tinha que admitir que ele ficava lindo usando esses tipos de roupas, camisa social de um tom de vermelho, calças pretas, sem gravata. Mas usava o colete.

"Está gostando do que ver?". Perguntei. Ele analisava cada detalhe dos portes de armas. Decidi me aproximar.

"São daqui?". Dei de ombros.

"Acho que vieram da Rússia". Não fazia parte do meu trabalho cuidar dos carregamentos, para isso tinham o Luca.

"O que você faz?". Stephan me perguntou.

"Sou ótima na pontaria e cuido das corridas na maioria das vezes, sem falar que sou ótima com mapas. Eu tenho um histórico muito em geografia". Me gabei. Ele riu.

"Muito legal". Ele zombou. Dei de ombros novamente.

"Vamos idiota. Tenho que te mostrar mais da casa".

"Sua família é daqui, certo?". Parei no lugar com a pergunta. Eu nunca falava sobre minha família.

"Era". Segui escada acima e pedi para que ele me seguisse.

"Era? No passado?". Fechei meus olhos avaliando a situação.

"Eu não faço perguntas sobre sua família". Me virei para ele, nos encaramos. E apertei forte minhas unhas na palma da minha mão. Ele notou.

"Meus pais morreram quando eu tinha dezesseis anos. E minha esposa morreu não faz nem três meses". Ele notou que fiquei surpresa. Eu não sabia disso.

"Sinto muito". Era tudo o que eu podia dizer. E subi novamente as escadas. Dessa vez ele me seguiu. Eu não sou boa com sentimentalismo. Então eu não poderia dizer nada para confortá-lo. Mas eu poderia brincar, acabar com esse clima estranho.

"Podemos depois treinar, eu vou adorar te vencer na gaiola". O desafiei. Ele riu alto atraindo a minha atenção.

"Nunca me venceria".

"Nunca diga nunca, Stephan". E então sorri. Vamos ver quem vai perder.


——

Eu sei que vocês passaram um tempinho tentando falar em italiano skskksks

UGNY ensinando italiano kkkkk

E se eu postar um capítulo de Um acaso do destino hoje?

Espero que tenham gostado desse capítulo ❤️

Até logo. Bjs. Ana

Um desejo incontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora