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Paige


Todos na mansão estavam ficando malucos. Ana não dava notícias a três dias e com isso deixando o Nate irritado e Allie preocupada. Me sentei perto da Ada que estava comendo seus biscoitos favoritos enquanto assistia uma série. Não tinha visto a Luna desde que cheguei, e isso já fazia meia hora. Allie passou às pressas com uma prancheta na mão. Fitz tentou falar com ela e recebeu um dedo de "um minuto". Nunca era um minuto, penso comigo mesma.

Helena não tirou mesmo os olhos de mim. Hoje de manhã chegou uma intimação oficial dizendo que não posso sair de Nova York por nada. Virei uma prisioneira em uma cidade. Se tem uma coisa que eu detesto é ficar presa, seja ambiente ou com relacionamentos. Algo passou na TV que fez Ada se sobressaltar. Olhei para a tv na mesma hora em que um homem moreno apareceu na tela sorrindo para um outro cara loiro.

"O que é isso?". Apontei para a tela. Ada deixou o prato agora vazio na mesa.

"The vampire diaries, é uma série com vampiros". Ah tá. Não sou muito ligada a séries, afinal unca tenho tempo para isso. Ada se irrita quando alguns homens passam em frente a tv.

"Tanto lugar para passar escolhem passar aqui?". Ela perguntou irritada. Segurei a risada quando um deles se assustou e seguiu caminho para o jardim com algumas tábuas.

"Não! Eu disse marmore!". Encaro Ada de imediato e achamos graça quando ouvimos Allie gritar. Fitz entrou na casa e se sentou ao nosso lado.

"Como está a obra?". Perguntei roubando um pouco do salgadinho que ele estava comendo. Hummm pimenta.

"Um caos completo, Allie está preocupada com a Ana". A verdade era que eu também estava e muito.

Ailla e Dean adentraram a casa de mãos dadas e Ada sorriu para sua amiga.

"Veja Ailla, Salvatores!". Ada apontou para a tela, Dean revirou os olhos. Agora eu estava entendendo ou eu achava que sim.

"Já não basta o Benjamin toda vez que me ver gritar 'Olha uma Salvatore' agora vem você". Eu realmente não estou entendendo essa conversa, mas era divertido acompanhar.

"Não, não basta". Ada riu.

"Eles estão chegando". Nate apareceu do nada com um celular na mão, o segui para a fora de casa. Eu não estava sabendo de nada. Nate abriu o grande portão e olhou a rua, deserta. Me sentei em uma pedra enquanto Nate andava de um lado para o outro.

"Quer se acalmar?". Perguntei, eu já estou começando a me irritar com esse homem.

"Me acalmar? Minha mulher não chegou ainda, você virou suspeita da Cia, minha irmã está me enlouquecendo. O que mais pode acontecer?". Dei de ombros, sabe se lá. Ele estava quase arrancando seus cabelos da cabeça. Continuei sentada na pedra esperando qualquer movimento na estrada. Decidi mandar mensagem para a minha clínica marcando uma consulta.

Eu: Olá. Bom dia.
Clínica:. Pois não. O que deseja?
Eu: marcar uma consulta com a ginecologista Maya Connor.
Clínica: Nome por favor.
Eu: Sirena Cassani. Ela sabe quem eu sou.

Eu não estava nenhum pouco animada para essa consulta, mas já estava na hora de saber como eu estava indo. É mais rotina, faço todos os anos. Mas nunca recebo a notícia que eu quero. Quem sabe um.....

Ei, Sirena. O tratamento funcionou. Você pode sim ter filhos.

Mas era a mesma resposta de sempre.

Continue com o tratamento. Não desanime.


"Eu sinto muito Srta. Cassani. Mas seus exames apresentaram um problema". Gelei. Eu nem queria fazer esses exames, mas meu pai me obrigou. Ele quer porque quer me casar. Acabei de completar dezessete anos, e para ele isso era motivo de começar a procurar marido para mim. Então aqui estou fazendo exames para ver se posso ter filhos. Eu nem quero ser mãe.

Um desejo incontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora