1.1 O Block / Parte 2

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Carla
Depois que a dona Mara "jogou" essas verdades sobre mim e saiu do quarto me deixando sozinha com meus próprios medos, inseguranças e indecisões, eu me descontrolei, comecei a arremessar muitas coisas na parede, tudo o que eu via pela frente, voava em direção a parede, eu precisava extravasar tudo o que estava sentindo.
E realmente, não sabia o que fazer e sem nem ao menos perceber, peguei meu celular e procurei por ele em todos os perfis de famosos que eu sabia que estariam na Farofa da Gkay. Meu subconsciente dizia que era somente mais uma olhadinha que eu daria em algo relacionado ao Arthur e depois seguiria minha vida com o block normalmente, entretanto, meu coração dizia outra coisa, e eu bem sabia o que ele queria dizer, mas não queria acreditar.
A cada stores que eu via e percebia que ele estava só e curtindo uma fossa sem pegar ninguém na festa, acabava respirando aliviada e soltando o ar que nem mesmo havia percebido que estava preso.
O que a dona Mara me falou é a mais pura verdade. Agora eu percebia isso, estava usando o Felipe pra tapar o buraco que o Arthur deixou em meu coração. Estava fazendo ele de válvula de escape e isso não era certo, quando meus pensamentos ainda sobrevoavam um loiro, forte, lindo, alto e 1,83 que tinha domínios sobre meu corpo só de olhar.
Como eu sei que jamais vou conseguir tirá-lo do meu coração, e estava cansada de lutar contra esse sentimento e que queria muito que desse certo, resolvi de forma prática e rápida terminar aquilo que nem tinha começado direito com o Felipe, óbvio que ele não gostou muito, gritou dizendo que eu estava sendo trouxa de correr atrás de alguém que não queria mais nada comigo. Não lhe dei ouvidos, somente avisei que estava decidida, não queria mais nada com ele e ponto final, que ele tinha que respeitar minhas decisões e escolhas, até porque não passávamos de ficantes e meu coração ainda pertencia a outro alguém. E estava disposta a correr atrás da minha felicidade, do homem que eu amo e que mexe comigo como ninguém nunca mexeu, realmente eu queria e iria buscar meu balde antes que fosse tarde de mais.

C: mãe.... - aparece na sala -

Mara: oi meu amor....

C: compra a passagem pra mim por favor....

M: para Fortaleza? - a olha com esperança de que esse fosse o destino -

C: sim, tô indo atrás da minha felicidade. Tô indo buscar o balde que eu não tinha que ter jogado fora.

M: eu quero que você sabia que pode nso ser tão fácil como você imagina ou espera que seja. Se estiver mesmo disposta a buscar seu balde como está dizendo, esteja preparada para TUDO, principalmente para o não que você pode ouvir.

C: você acha que ele pode não querer mais nada comigo? - com um olhar de medo -

M: sinceramente meu amor?

C: por favor mãe.

M: acho que tudo pode acontecer. Com vocês dois, as coisas não tem lógica ou cronologia para acontecer. Com vocês, é tudo 8 ou 80. Na mesma hora que estão bem, já estão mal. Vocês dois tem que aprender a conversar, a ouvir, falar, para que o relacionamento de vocês de certo e seja duradouro como almejam que ele seja. Tenham uma conversa franca, verdadeira, sem plateia, explanem tudo o que acham importante e o que fez não dar certo o relacionamento antes, vai de peito aberto, desarmada, deixem o coração falar e não a cabeça. E se no final de toda essa conversa, vocês verem e entenderem que não dá mais certo, estarei te esperando de braços abertos pra te acolher e ajudar a reconstruir os caquinhos que ficaram.

C: obrigada mãe.

M: de nada meu amor. Agora vai. Vai em busca da SUA felicidade. Esqueça o que os outros irão dizer. Você merece ser feliz.

C: PARTIU buscar meu balde.

M: isso aí.


....


Carla
Agora eu estou aqui, no avião indo atrás do meu homem e desejando que ele ao menos me escute..


Look Carla...

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