4.1 Buscando meu balde

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C: O que adianta eu ainda amar ele, se tudo o que nós restou foi o ódio.

Mara: Não fala isso filha...

C: Não adianta eu me iludir dona Mara....

Mara: Se você soubesse que ele ainda te ama, o que você faria?

C: Como assim?

Mara: O que você faria?

C: Se eu tivesse a certeza absoluta de que ele ainda me ama, eu iria buscar meu balde...

Mara: Então vai...

C: Tá doida mãe?

Mara: Eu tava doida quando interferi no seu relacionamento e não tinha o direito de fazer isso.

C: Do que a senhora está falando?

Mara: Foi eu quem mandou pro Arthur o flagra com o Felipe... - olha pro lado envergonhada -

C: QUE?

Mara: O Arthur estava aqui na porta de casa, queria conversar com você. O seu Manoel ligou avisando, eu não deixei ele subir e mandei avisar que você estava num encontro romântico e depois mandei pra ele o vídeo que foi parar em todos os sites de fofoca.

C: MÃE - olha pra ela incrédula -

Mara: Eu achei que estava fazendo certo filha. Eu não aguentava mais ver você chorando por causa dele.

C: MÃE, a senhora mexeu de mais onde não era pra mexer. Hoje eu consigo enxergar que eu tinha vergonha de mostrar o Arthú para o nosso ciclo porque sentia que você não gostava dele e fazia de tudo pro garoto se sentir desconfortável, deslocado aqui. Por isso que ELE quase não ficava aqui nas nossas jantas. Eu achava mesmo estranho ele mal comer e já ir embora...

Mara: Tudo culpa minha... Eu falava com os seus amigos e nossa família pra não dar atenção pra ele.

C: Quando o Rodrigo (Lombardi) chegou aqui de surpresa em um dos jantares...

Mara: Não foi de surpresa, eu convidei ele. - abaixa a cabeça -

C: Meu deus mãe. A senhora foi horrível de mais. Na minha frente a senhora era uma pessoa, e quando eu saia, a senhora se transformava. E eu julguei o Arthú tantas vezes... E quem tava fazendo a vida dele um inferno na minha própria casa era a minha própria mãe.

Mara: Perdão meu amor. - chorando -

C: A senhora sabe quantas vezes eu briguei com o Arthú por ele querer ir embora cedo, ou nem vir nas jantas e ele NUNCA falou nada. Sempre ficou quieto. Só dava a desculpa de que estava cansado ou com dor de cabeça.

Mara: Perdão filha, desculpa ter tornado a vida dele um inferno.

C: Não é a mim que a senhora deve um pedido de desculpas e um perdão. - chorando também -

Mara: Agora eu não sei se ele vai querer me ver ou me escutar...

C: Se Deus quiser, a senhora vai conseguir se redimir sim.

Mara: Filha...

C: Oi...

Mara: Vai atrás da sua felicidade. Só agora eu entendi e consigo ver que esse garoto é o seu amor. Nesses poucos minutos que estamos aqui desabafando sobre ele, e sobre vocês, eu te vi sorrir de novo, um sorriso verdadeiro, um brilho no olhar que estava sumido a muito tempo.

C: Não vai ser fácil buscar meu balde Dona Mara. Meu canceriano dramático é favorito me bloqueou em tudo.

Mara: Para tudo se tem um jeito filha e eu vou te ajudar a reconquintar o seu amor.

C: Obrigada mãe.

Mara: É o mínimo que eu poço fazer meu amor.

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