Peaky Blinders - O apostador (+16)

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Tudo na minha vida estava indo maravilhosamente bem, desde as jóias até a nova decoração da minha casa, até Thomas Shelby aparecer.

— Querida, hoje receberemos uma visita.- Disse Louis sorrindo e abrindo a cortina de meu quarto, Louis era um homem encantador, francês, mas com alma inglesa, um homem de muitas posses, extremamente rico e noivo... Infelizmente ele levava uma vida dupla. Em sua viagem para a América Latina em mais uma de suas grande excursões com seus amigos, eu o acabei salvando de uma furada. Isso me rendeu uma semana de muito luxos e um coração pra vida inteira.

— E quem seria essa visita?!- Disse me levantando animada, já que não era comum recebermos pessoas de fora, pois como disso, sou um segredo e Louis me guarda a sete chaves.

— Um homem de negócios.- Ele me beijou e foi caminhando para trás, me sentei na cama, Louis continuou avançando, fazendo com que eu deitasse na mesma e ele continuou por cima de mim.- Já disse o quanto eu te amo hoje?- Neguei sorrindo.- Então eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo.- Ele disse me enchendo de beijos.

— Senhor Louis.- A governanta que não gostava nem um pouco de mim, invadiu meu quarto.- Me perdoe!- Ela disse olhando para o chão.- Sua visita chegou.- Louis se levantou rapidamente, se tinha algo que me ofuscava da vida de Louis eram seus parceiros de negócios.

— Se arrume querida, fique bem bonita, coloque jóias e vamos tomar café da manhã.- Sorri e me levantei, Louis saiu e a mulher ficou.

— A senhorita não deveria ir, quem deveria ir é a futura esposa, madame Anne.- Revirei os olhos.

— E a senhora, deveria ir espalhar seu veneno em outro lugar... Naja.- Ela recuou ofendida e saiu do meu quarto.

[...]

Ao chegar na sala de jantar, me deparo com um homem diferente de qualquer um que já tinha visto, até mesmo do excêntrico Louis. Seu cabelo bem cortado, o rosto fino e bem marcado, seus olhos azuis, o homem e Louis prontamente se levantaram ao notar minha presença.

— S/n, este é Thomas Shelby.- Assenti e o cumprimentei com um movimento de cabeça.- Está é Mademoiselle S/n, meu sol particular.- Louis falava de mim sorrindo, o que me fez sorrir também. Me sentei ao seu lado como de costume para tomarmos nosso café da manhã.

— Prazer.- Sua voz me causou um arrepio e em resposta só dei um sorriso. Enquanto eles falavam de negócios, eu ficava pensando em maneiras de dublar pensamentos libidinosos com o senhor Shelby e até loucamente comecei a achar que ele me olhada vez ou outra, entre frase ou outra dita.

— SENHOR!- A governanta entrou esbaforida pela porta principal.- Lady Anne acaba de passar pelos portões.- Louis e eu, trocamos olhares desesperados, rapidamente ele muda de lugar com Thomas agora ficando em meu lado.

— Talvez seja muito cedo para pedir isso, mas como futuro parceiro de negócios, peço que finja um casamento com ela, para meu bem.- Disse sorrindo e Thomas assentiu. Voltamos a comer, na esperança de expressar normalidade, Louis estava nervoso e não era para menos, já presenciei um escândalo de Anne, para nunca mais querer ver um.

— Amorzinho!- Ela foi correndo até Louis o enchendo de beijos.

— Olhe os modos querida.- A menina prontamente recuou, seria engraçado o ver agir perto de Anne.

— Quem são esses?- Ela disse se sentando ao lado dele.

— Senhor e Senhora Shelby, velhos amigos de faculdade.- Disse ele e cumprimentamos ela.

— Poderia ter me avisado, assim eu não tinha marcado um final de semana para comemorar nosso noivado.- Louis se engasgou com o pedaço de pão.

— Final de semana querida?!- Ele disse tossindo.- Mas eu tenho uma viagem marcada.- Ele de fato iria para França, sem mim e sem Anne, iria visitar os pais.

— Podemos ir depois.- Ela beijou a bochecha dele.- Senhora Shelby, me conte das maravilhas do casamento, estou ansiosa.

— Ah, é bom estar junto...- Disse tentando pensar em alguma coisa.- Já sei, acordar de manhã e ser recepcionada por um monte de beijos e elogios, te faz sentir que você é única no mundo.- Disse sorrindo e Louis tentou esconder o seu sorriso.

— Seu marido é sério demais, mamãe já dizia, nenhum homem é em casa como é na rua.- Olhei para baixo sem graça.- E você senhor Shelby, qual a dica que tem para Louis.

— Seja fiel, está é a única coisa que poderá dar de bom a ela.- Ele se levantou e me puxou pelo braço.- Pode nos acompanhar até a porta Louis, não queremos atrapalhar seu Brunch.

— Por favor fiquem.- Disse Anne.- Vamos comemorar, gostei tanto de vocês e se são amigos de Louis, são meus também.- Olhei desesperada para Louis.

— Mandarei que prepare a casa de visita.- Disse Louis meio perdido.- Por favor amigos, vamos.- Se levantou e indicou a porta que leva para os fundos. Assim que passamos por ela e ficamos a sós, Louis transpareceu sua tristeza, como sempre ficava após passar um tempo com Anne.

— Louis, vejo que ficará muito ocupado.- Thomas disse acendendo um cigarro.

— Por favor Thomas, fique!- Disse ele quase implorando.- Se ficar, poderemos resolver tudo da melhor maneira para você.- Pude ver a sombrancelha de Thomas se levantar.- Só te peço para que proteja S/n e faça companhia por esse final de semana, na terça antes de eu viajar, nós dois sentamos e fechamos o negócio.

— Nesses termos, posso aceitar.- Eles apertaram as mãos e seguimos para a casa de hóspedes, que ficava nos fundos.

— Meu amor, saiba que meu coração é só seu...- Ele mordia os lábios.- Mas peço que finja que Thomas é seu amado, depois ficaremos em Paz...- Chegamos na porta da hospedagem.- Podemos até ir para Argentina, lembra como foi boa nossa passagem por lá?!- Sorri lembrando das noites indo de bar e bar, bebendo e dançando.

— Faça o que tiver que fazer Louis.- Sorri, ele entrou e me beijou.

— O gosto que sua saudade deixa é o que me amarga e me faz querer voltar.- Ele saiu da casa e me virei, dando de cara com Thomas.

TO BE CONTINUE...

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