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Porque

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Porque

Quando o Sol brilhar, brilharemos juntos

Te disse que estaria aqui para sempre

Disse que sempre seria sua amiga

E o que eu jurei eu vou cumprir até o fim

Agora que está chovendo mais do que nunca

Saiba que ainda teremos um ao outro

Você pode ficar sob meu guarda-chuva

Umbrella — Rihanna

Eu como metade do meu sanduíche e acabo com toda a lata de Dr. Pepper enquanto Adam lê a minha carta. Não é uma carta grande, e Adam não tem problema com leitura então sei que ele está relendo, e relendo, e relendo...

Jogo a minha cabeça para trás em uma clara irritação, preciso que ele diga alguma coisa, ou esboce alguma reação, todo esse silêncio está me matando aos poucos. Eu não gosto dessa falta de diálogo, sempre fui inimiga do sossego.

Eu solto um longo suspiro e seus olhos se encontram com os meus, Adam bate seus enormes cílios para mim e volta a reler o papel. É uma carta antiga, então ele não pode ficar com raiva de mim, já passou e não há abertura entre a gente para que haja ressentimentos. Mordo outro pedaço do sanduíche, que desce pela minha garganta como um bolo de arame depois que eu o mastigo.

— Você era tão dramática! — Ele finalmente começa a falar. — Não acredito que terminou nosso casamento por uma carta. — Adam solta uma risada alta e guarda o papel de volta no envelope, primeiro eu penso que ele irá me devolver, mas vejo que estou enganada quando ele guarda no bolso do seu jeans. Abro a boca para protestar e ele é mais rápido ao dizer — A carta era para mim, nada mais justo que ela fique comigo! — Dou de ombros, eu a guardaria no fundo da gaveta mesmo, se ele a quer por mim tudo bem.

Posso respirar aliviada porque Adam não me odeia e ainda por cima achou graça da situação.

Ele pega seu sanduíche e dá uma mordida generosa, um pouco de maionese escorrega pelo canto da sua boca e eu levo um dedo para limpar, antes que eu possa tirar minha mão de perto dos seus lábios, Adam prende seus dedos em meu pulso e lambe meu dedo sujo de maionese em uma tentativa de ser sexy, que apesar de me dar um arrepio estranho me faz achar graça.

— Você fica lambendo dedos por aí? — Eu pergunto entre risos. As sobrancelhas dele se erguem quando suas feições se tornam sugestivas.

— Só daquelas que me pedem. — Seus dedos soltam os meus pulsos e por alguns segundos eu desejo que eles continuassem me prendendo. Eu balanço a cabeça tentando me livrar da loucura que meus pensamentos se tornaram agora.

For You (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora