cap3-Apresentações-Bryanna

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Bryanna Callen

Estou a ponto de resistir ao ataque inesperado do rapaz, quando percebo o motivo: soldados poloneses.Mas oque eles fazem aqui?Permaneço calada e imóvel, juntamente ao loiro que me puxara junto a ele para o chão.Observo atentamente tudo

-É aqui, vamos acampar aqui.-Um dos guardas, que parece ser o líder desce do cavalo dando a ordem

-Senhor, tem certeza?Estamos na divisa dos dois países.-Um outro o questiona

-Você não está aqui para questionar as minhas ordens, soldado.Façam oque eu mandei.Antes, vamos averiguar onde há água doce e então voltamos aqui para nos alojarnos.-Segue firme em sua decisão.

O comandante tomou a frente, montando novamente em seu cavalo, sendo posteriormente seguido pelos demais soldados.
Após todos irem, ele se levanta e averigua o local

-Eles já se foram-confirma após uma rápida inspeção e saio do esconderijo

-Oque soldados poloneses fazem aqui?-

-Como sabe que são poloneses?-

-Não viu o brasão nas armaduras e na bandeira?-

-Sim, o vi.Mas me admira que você tenha esse conhecimento, e sobretudo que esteja aqui caçando.-

-Qual o motivo de tamanha surpresa? O fato de eu ser uma mulher?-O questiono mantendo a cabeça erguida e o olhar fixado nele

-Bem, você há de convir comigo que isso não é muito comum.-força uma risada enquanto me analisa de cima a baixo
Ignoro os seus comentários e caminho até a raposa morta.Sorte a minha que aqueles homens não a viram, o sangue ainda está fresco e poderiam ter percebido em um segundo que havia alguém mais por aqui.
Apanho-na por uma das patas e devolvo a flecha para o suporte. Dou de costas e procuro voltar para o meu cavalo, ouço a voz do loiro me interceptar:

-Ei, espera - me alcança, se posicionando logo a frente.Arqueio a sobrancelha esperando que prosseguisse- Onde você vai?-

-Qual o problema? Quer que eu fique mais para te dar umas aulas de caça?Perdão, mas já está na minha hora- o provoco, sorrindo de forma brusca e forçada e ignorando sua figura a minha frente, passando por ela

-Haha, você é engraçada -dá uma gargalhada falsa- Você não me disse o seu nome.-continua

-Bryanna.-Me viro novamente a ele, respondendo sua pergunta

-Bryanna...-O repete de forma pensativa- Sou Asher, príncipe Asher Relish-se apresenta e não escondo minha surpresa

-Príncipe?Você é o príncipe Asher da Hungria?-minhas dúvidas fazem com que surja um sorriso glorioso em seu rosto, que me irrita

-Eu disse que me conhecia.-se vangloria e reviro os olhos

-Bom, príncipe Asher, até mais.-me despeço seguindo minha caminhada e me afastando dele

-Espere aí, é Bryanna de que?-Grita lá de trás, ja distante

-Dispenso apresentações, sr Relish-Respondo gritando no mesmo tom, sem olhar para trás

Tudo isso que acabou de acontecer, preciso retornar ao palácio o mais rápido possível e informar ao meu pai oque acabei de presenciar.Os poloneses estã prestes a nos invadir, com certeza estão se aproveitando do momento debilitado do rei.
Encontro novamente com meu cavalo e praticamente salto em cima dele, fazendo com que ele corra na maior velocidade.
Já dentro dos muros do palácio, desço e corro imediatamente para dentro, me deparando com minha mãe no salão principal, juntamente a Annya:

-Oque é isso, Bryanna?Por que está correndo?-pergunta em tom repreensivo

-Os poloneses-Digo ofegante, pauso um breve instante e coloco as mãos sobre o joelho, abaixando a cabeça e procurando controlar a respiração para conseguir falar

-Oque tem os poloneses?-Annya questiona

-Eles vão, vão nos invadir, vão invadir a Áustria-As alarmo e vejo suas expressões passarem de confusas para assustadas

-Oque? Como você sabe?-Minha mãe se aproxima

-Eu estava na floresta Demerara, e os vi, vi soldados poloneses.Eles vão acampar na divisa.-

-Você estava na floresta Demerara?!Está louca ou oque?-Como sempre a rainha tem o poder de transformar tudo em discussão

-É sério?Depois de toda a informação que eu acabo de dar, é com isso que você se preocupa?-Não escondo a decepção em meu rosto e a vejo ficar calada-Vou ver meu pai.-

-Não vai cansá-lo, Bryanna!-Ela ordena mas ignoro e caminho até os aposentos do rei
Abro a porta com delicadeza, e dou passos sutis até chegar à cama, onde me sento na borda, ao seu lado.

-Senti a sua falta, querida-Sua voz fraca e falha sai lentamente, acompanhada de um sorriso fraco

-Eu também senti a sua, papai.-Sorrio depositando um beijo em sua testa
-Papai...-estou prestes a contar sobre o problema quando ele começa uma série de tosses com sangue.Procuro manter a calma para não assustá-lo, mas isso custa muito vendo-o nessa situação.

-Eu vou chamar o curandeiro-

-Não.-Diz com muito custo, enquanto tenta segurar a minha mão, e assim o faço.- Ouça, filha.Eu estou partindo-

-Não pai, não diga isso-meus olhos marejam e as lágrimas começam a descer sem controle, sinto o seu fraco aperto de mão

-Você vai ser a nova rainha, e eu acredito em você, nunca deixe que ninguém te diga oque fazer.Prometa pra mim que vai seguir o seu coração e vai proteger a Áustria a todo custo- suas palavras soam como um último pedido que não penso duas vezes ao aceitar

-Sim, eu prometo.-ele recebe como um conforto a minha confirmação, esboçando um sorriso e em seguida fechando os olhos para adormecer.
Não vou preocupar os últimos dias que restam ao meu pai com esses problemas, preciso fazer algo a respeito, em nome da promessa que acabei de fazer.

Meu ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora