cap34-Esteja preparada-Bryanna

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Bryanna Callen

-Conte conosco nessa guerra, apenas diga o dia e o local, e nós estaremos lá.-O rei Haskel confirma em nossa despedida, na frente do palácio

-Obrigada.-Sorrio- O meu general disse que poderia ser uma boa opção não esperarmos muito, não darmos tempo para que eles se fortaleçam outra vez.-

-Ele está certo, de certa forma nós conseguimos fragilizá-los, então seria uma boa atacarmos de uma vez.-O Príncipe concorda

-Bem, eu apenas preciso estar a par da situação atual deles. Se de fato esse ataque em breve for o mais vantajoso para nós, então eu enviarei um mensageiro, e pedirei que venham ao meu encontro com o seu exército.-

-Estaremos lá.-O rei sorri e então beija novamente  a minha mão, em despedida.

-Até mais.-dessa vez repito o ato com o príncipe, que também beija novamente a minha mão, e a segura por um tempo mais longo que o seu pai, me encarando profundamente nos olhos

-Até, imperatriz ousada.-Ele sussurra em meu ouvido, enquanto seu pai está distraído conversando com algum guarda

-Imperatriz ousada? É disso que me chamam?-Não contenho uma breve risada

-As suas roupas fazem jus ao apelido.-ele explica e se aproxima novamente para susurrar outra vez.- Que por sinal, são tentadoras.-Então se afasta, sorrindo de lado
  Quando a atenção do rei se volta para mim, eu aceno com a cabeça para os dois e então subo na carruagem, partindo.
Como parti o mais cedo possível, consegui retornar para a Áustria antes que a noite caísse. A minha primeira medida foi pedir que o conselho se reunisse na sala apropiada, para discutirmos os próximos passos, e anunciar o meu sucesso com a aliança com os poloneses.

-Trago boas notícias.-Digo ao me sentar no trono

-Imagino que obteve êxito em sua missão.-Arthemus sugere, unindo ambas as mãos sobre a mesa

-Correto. Os poloneses aceitaram o acordo, irão lutar ao nosso lado.- anuncio e vejo breves comemorações entre os membros

-E o que ofereceu em troca, majestade?-Frans pergunta e todos me encaram

-Eu disse que eles estariam livres para tomar posse das terras Húngaras.-Revelo e um murmúrio se inicia entre todos, surpresos

-Mas majestade, irá mesmo abrir mão dessa oportunidade?-Brook pergunta o que todos querem

-Não tenho interesse naquelas terras malditas, e o acordo foi esse.-Eles permanecem calados com a minha resposta, respeitam a minha decisão- O que eu quero saber de vocês é: quais as chances de vencermos se atacarmos logo?-Pergunto revezando o olhar entre Frans e Brook, eles são os experientes em batalhas e estratégias

-Bem, como destacado, teríamos vantagem em atacar de imediato, antes que eles possam se fortalecer novamente.-Frans responde e Brook concorda com a cabeça

-Sim, e agora que temos os poloneses ao nosso lado, por mais que também estejam mais enfraquecidos com a derrota pelos Húngaros, eles ainda são numerosos, o que só aumenta a nossa chance de vitória. Eu diria que seria quase impossível perdermos essa guerra.-Brook explica e um sorriso surge em meu rosto

-Arthemus?-Espero seu posicionamento, afinal ele é o conselheiro, e eu valorizo sua sabedoria

-Não tenho que me opor, os generais estão corretos.-

-Perfeito, então enviem uma carta para o rei Haskel, peça que iniciem seu trajeto até nós o mais rápido possível. Atacaremos em um dia, ao nascer do sol.-Dito as minhas ordens

-Como desejar, majestade.-Diz e todos fazem suas reverências, deixando a sala em seguida.
 
  A guerra está mais próxima do que nunca. A primeira coisa que penso em fazer é ir até Annya, eu não tenho conversado muito com ela nos últimos dias, todas essas questões têm me deixado bastante ocupada, mas agora eu preciso.
  Quando dou leves batidas, seu rosto logo surge, abrindo a porta e dando passagem para que eu entre.

-Como você está?-Pergunto me sentando em um banco, ao lado de sua cama

-Eu estou bem, mas não é por isso que você veio aqui.-Ela se senta na cama e me encara, esperando que eu dê continuidade

-A guerra está muito próxima, Annya.-

-Próxima quanto?-

-Um dia.-

-O quê?!- sua face é tomada por uma junção de preocupação, medo e surpresa.

-É, eu sei, tudo aconteceu muito rápido. Mas eu consegui uma aliança com os poloneses, e nós precisamos agir rápido.-

-Você se aliou aos poloneses?!quando foi isso?-

-Apenas se atente ao fato principal, Annya. É quase garantida a nossa vitória sobre os Húngaros, mas sempre há uma chance de derrota, e se eu não voltar...-

-Espere aí-Ela me interrompe, cortando minha fala- Você não está pensando em ir para essa batalha...-me encara e eu permaneço em silêncio, o que confirma a sua suspeita- É claro que está, porque  você sempre tem que arranjar uma maneira de arriscar a sua vida, não é?as lágrimas ameaçam de descer sobre o seu rosto, mas a raiva impede, o seu rosto fica completamente vermelho por ela, ela está furiosa.

-Você sabe que eu preciso.-

-Não, você não precisa. Você tem homens para fazer isso por você, e tem os poloneses agora, mas você quer, você quer estar lá.-

-É claro que eu quero, eu quero cortar a garganta do assassino do nosso pai com as minhas próprias mãos. Eu nunca escondi a minha sede de vingança por isso, Annya, você sempre soube.-

-Você está obcecada com essa guerra.-Diz com um olhar acusador

-Eu preciso vingar o nosso pai.-Repito

-E você acha que eu também não quero isso? Eu quero ver aquele rei maldito sofrer tanto quanto você quer. Mas eu não posso arriscar perder você também, Bryanna.-Ela segura em minhas mãos como uma prece

-Você não vai me perder nunca, eu sempre vou estar com você.-Tento acalmá-la em vão.- Eu preciso que você confie em mim, e que esteja preparada para o que possa vir.-

-Estar preparada para a sua morte, você quer dizer.-Ela solta as minhas mãos, se levantando

-Se for necessário, sim.- Me levanto também, a obrigando a me encarar- Você não é mais uma criança, Annya, e se tiver que se tornar imperatriz mais cedo do que deseja, você fará.-Ela vira o rosto, mas eu o seguro com uma de minhas mãos, uma lágrima molha sua bochecha- Fará isso pelo papai e por mim, tudo bem?-Ela se desvencilha de meu toque, em silêncio- Você fará isso por nós dois, TUDO BEM, ANNYA?-Reforço a pergunta em um tom mais alto e menos gentil

-Tudo bem.-Responde com raiva, enxugando a lágrima.-Eu vou fazer. Pelo papai.-

-Ótimo.-sorrio depositando um beijo em sua testa- Durma bem.-me despeço deixando o seu quarto.

Meu ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora