18 - it's not a happy ending

145 21 15
                                    

notas da autora:

meninas eu sei o quanto eu estou em falta com vocês e prometo que isso vai mudar, não digo que vou atualizar todos os dias, mas com o máximo de frequência possível, exceto quando estiver em prova na faculdade.

eu sumi por que acabei desanimada de escrever jerrie depois da separação do grupo, e por mais que eu viesse escrever nada saía, apesar de ter um roteiro pronto para a história, eu preciso de criatividade para escrever e isso não estava acontecendo.

mas eu ainda vou continuar escrevendo, comecei uma fanfic que pretendo escrever em paralelo a essa, ela se chama Amélia e sobre o Colin Bridgerton, caso queiram dar uma olhada está no meu perfil.

eu volto no sábado.

espero que gostem!





.




Perrie estava se sentindo estranha naquela noite, como se tivesse carregando uma tonelada de areia sob os ombros. Era um peso absurdo, uma sensação horrível que ela se quer sabia descrever com clareza, apenas tinha consciência de que estava sentindo e sabia que, por mais que ela tentasse negar, aquilo tinha a ver com Jade e suas bebês, e a situação pavorosa em que ela se encontrava naquele instante, aonde a razão travava uma batalha árdua com seu coração e ainda não havia um lado perdedor ou um que quisesse ceder as vontades do outro e isso era assustador.

Com um longo suspiro ela abriu a porta de seu quarto, olhou para os lados só para ter a confirmação de que Anikka não estava por ali, e ao constatar que não, ela atirou os sapatos para longe balançando os pés e se jogou na cama de cara para o colchão, choramingando, ignorou completamente o fato de que a roupa social a estava deixando ainda mais sufocada e pesada do que já estava se sentindo, e também a vontade que tinha de tomar um longo e demorado banho, dessa vez, tentando não pensar o quão delicioso seria ter o corpo de Jade ao seu lado naquele instante.

- Eu não consigo parar de pensar nela. - Perrie resmungou, com sua voz abafada por estar com o rosto contra o colchão. - Aaaaaah!

Ela não queria perder todo aquele tempo, perder a chance de sua vida, mas não queria mais estar ao lado de alguém que não amava e perder a vida de seus filhos. Como aquilo doía, como se imaginar longe dos seus bebês doía. Ela tinha que tomar uma decisão antes que fosse tarde, antes que ela perdesse a família que ainda se quer havia começado ao lado de Jade. Mas mesmo assim, ainda era preciso coragem para falar com Anikka. Perrie se sentou em sua cama e jogou o cabelo para trás, começando a pensar em um jeito de lidar com aquela situação, um jeito para não deixar aquela situação pior do que ela era de fato. Ela respirou fundo mordendo o lábio superior, tinha que dar um jeito naquela situação.

O celular de Perrie tocou e numa rápida esperança de ser Jade, ela levantou num salto e foi atrás de sua bolsa, jogou tudo que estava dentro dela em cima da penteadeira até que enfim achou o aparelho, decepcionando- se quando viu o nome de Lauren, sua amiga, na tela. Louise suspirou um pouco decepciona e atendeu a chamada.

— Oi. — disse com desânimo.

Nossa, quanta animação Pezza. — zombou Lauren.

Perrie caminhou até a cama e se sentou.

— Achei que fosse ela.

Jade?

— Yep.

Perrie ouviu Lauren bufar do outro lado da linha. Sua amiga já sabia de tudo, sabia e a julgava e repreendia por isso todos os dias, era como a própria consciência de Perrie, esfregando a verdade bem na sua cara, dizendo para ela o quanto ela estava fazendo as duas mulheres de boba, e o quanto as estava magoando. Perrie já estava cansada de saber de tudo isso. Sua consciência a estava matando aos poucos.

Liguei pra chamar você para tomar alguns drinks amanhã, mas posso adiantar meu esporro de hoje, que tal? Você saiu do escritório hoje sem avisar.

Perrie revirou os olhos.

Quem é que você ama?

— Laur vo...

Lauren a interrompeu num tom rude.

Quem?

Eu não paro de pensar nela um minuto, na família que podemos ser. Eu nem sei quer pude opinar no chá dos gêmeos, ou comemorar do lado dela como deveria ser. — seus olhos se encheram de lágrimas.

— Você está escolhendo o lado errado e sabe disso. Não tem nada que eu possa dizer a você que vá mudar o fato de que você traiu sua noiva e engravidou a amante, de que você está usando Anikka como uma escada para conseguir uma carreira de prestígio. O que você pretende, Pezza? Pretende manter duas famílias? Acha que Jade vai aceitar isso? Acha que vai ser fácil conviver com os seus bebês sem que Anikka saiba que eles são os seus bebês?

Perrie fechou os olhos com força. Ela precisava tomar um atitude e muito rápido, mas a ambição era sua pior inimiga.

— Eu vou terminar com ela hoje. — disse.

— Essa é a decisão certa, vai por mim, você precisa disso. Eu fiz o que você me pediu, comecei a ver novas vagas e até achei um apartamento pra você se mudar daí, Pezza, você só tem que fazer o certo.

— Ok. Obrigada, Luar.

Lauren agradeceu e encerrou a chamada, e como se a vida estivesse conspirando a favor de Perrie naquela noite Anikka entrou no quarto logo em seguida. Seu coração acelerou, tanto que ela podia sentir que seu peito rasgaria e pularia pra fora num salto. Perrie a encarou enquanto Anikka graciosamente caminhava até ela.

— O que foi, querida? — tocou o rosto de Perrie, acariando a bochecha com o polegar.

Perrie queria desviar o olhar, mas tinha que ser firme, tinha que agir como adulta responsável pelo menos uma vez, por Jade, para ficar com ela e seus filhos, para que elas pudessem ser uma família feliz.

— Nós precisamos conversar. — Perrie segurou sua mão, cessando o carinho. Anikka franziu o cenho enquadro a encarava.

— Você está estranha, muito. — Anikka disse. — Desde ontem. Amor, é por causa do chá de bebê da Jade?

Perrie não respondeu.

— Querida nós podemos resolver, eu, eu... Eu posso repensar, nós podemos ter um bebê. — Anikka balançou a cabeça positivamente sem parar com os olhos cheios de lágrimas.

Perrie se sentiu uma grande filha da puta, pela primeira vez em muito tempo ela estava com a consciência pesada e culpada pelo que suas atitudes tinham causado. Ela deixou aquilo chegar aquele ponto.

— Não podemos, não posso te obrigar a isso se você não quer.

— Pezz... — as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto pálido de Anikka, enquanto ela encarava Perrie. A mulher respirou fundo na tentativa de se manter calma e se ajoelhou na frente de Louise. — Nós podemos resolver, podemos resolver tudo, nós somos um casal, podemos resolver se estivermos juntas. — disse suavemente, controlando o choro.

Perrie estava quebrada. Sabia o quanto a atitude mesquinha de Anikka havia magoado Jade, mas sabia que Anikka não era alguém ruim, sabia o quando ela era amorosa, carinhosa e dedicada a relação delas, e pela primeira vez ela estava arrependida de tudo que havia feito até aquele momento.

— As coisas não são assim, eu não posso obrigar você a ter uma vida que você não quer. Anikka, as coisas já não estão funcionando mais. — Perrie disse com a voz embargada, se levantando.

Perrie sabia tudo o que estava jogando fora junto com aquele relacionamento, mas era o certo, era o que o seu coração queria.

— Me desculpa, mas eu não posso mais.

Perrie caminhou até a penteadeira e colocou tudo de volta em sua bolsa, assim como os sapatos no chão. 

— Amanhã eu venho buscar as minhas coisas.

Anikka não respondeu, continuou na mesma posição chorando sem dizer uma palavra se quer. Perrie saiu do quarto e desceu rapidamente as escadas. Ela já sabia para onde iria, já sabia exatamente o que iria fazer. Finalmente ela teria sua família para si.














the bride's best friend • jerrie g!pOnde histórias criam vida. Descubra agora