the bride's best friend • jerrie g!p

15 - boy or girl part.2

Perrie estava sentada ao lado de Norma conversando empolgadas, fazendo planos. Os assuntos iam desde ao batizado dos bebês até a viagem de família no natal, a qual Perrie foi convidada a comparecer para conhecer o resto da família, o irmão de Jade, seus avós, e todo o resto da família Thirlwall. E ao olhar para a cena de longe, as mulheres conversando animadas, rindo alto, Perrie como se já fosse família, aquilo aquecia o coração de Jade e por um momento ela sentiu como se Anikka e toda aquela mentira que elas inventaram nunca tivesse existido e aquela pequena família fosse. Mas tudo aquilo se quebraria como vidro e não teria mais como voltar atrás para concertar.

Jade respirou fundo e tomou um gole do seu suco, em outras situações ela estaria se acabando em uma garrafa de vinho, mas a sua situação não permita, então ela sofria sóbria tomando um pouco de suco, afinal, ela tinha que se contentar com o que tinha não é mesmo?

- Annie não vem. - Leigh- Anne anunciou, puxou uma cadeira ao lado da amiga se sentou- se. - Ela me ligou e disse que teve um imprevisto, mas que vem outro dia para trazer um presente para os bebês.

- Eu tentei não fazer mas magoei ela. - Jade disse, sem olhar para a amiga.

- Seria inevitável não magoar, mas não se culpe por isso, se culpe por namorar uma mulher noiva, mas não por isso.

Jade encarou Leigh- Anne imediatamente. Sua amiga a olhava com repreensão e uma sombrancelha arqueada.

- Mamãe não podia saber a verdade sobre isso.

- E como pretende arrumar essa situação? Norma está convidando Perrie para a viagem de natal da família, e Perrie aceitou ir. - Leigh- Anne balançou a cabeça, e tomou um gole do vinho. - Se ela for tão boa arquiteta quanto é mentirosa, olha, seus filhos vão herdar uma fortuna.

Jade conseguiu segurar a risada alta, e Leigh- Anne também não.

- Perrie não vai em viagem alguma, e sabe por que? - Leigh- Anne balançou a cabeça. - Porque ela não é minha namorada de verdade e eu não vou deixar ela ir. Se isso continuar quando nos dermos conta eu já serei a segunda família dela.

- Isso é verdade. - Leigh- Anne concordou.

- Quando os bebês nascerem eu vou dizer que nós vimos que não queríamos estar juntas, tínhamos planos diferentes, e aí, cada uma pro seu lado. - Jade disse como se fosse simples, como se fosse ser simples, mesmo sabendo que aquilo doeria no fundo do seu peito. Mas ela manteve a expressão serena em seu rosto. - Eu só inventei isso pra minha mãe não fazer da minha vida um eterno julgamento. Já imaginou ela dizendo aos meus bebês quando eles forem maiores que eu fui amante da mãe deles? Sendo que eu se quer sabia da Anikka quando a gente transou?

- Da primeira vez não, da segunda sim. - Leigh- Anne rebateu, certeira como uma jogadora de basquete profissional que jogou a bolsa diretamente na cesta levando a torcia ao delírio.

Jade corou.

- Lee! - exclamou. - Aquilo foi um acidente.

- E que acidente não é mesmo. - ironizou, bebeu mais um pouco do vinho e se levantou. - Não acha que já está na hora de descobrirmos o sexo dos bebês? Eu já estou ficando alcoolizada e sua mãe daqui há pouco tempo vai estar chamando a Perrie de filha.

Jade então se levantou em silêncio. Leigh- Anne estava certa, elas deveriam acabar com aquilo logo, afinal, as pessoas não ficariam muito tempo depois que descobrissem o sexo dos bebês e aquilo acabaria de uma vez. Ela então caminhou até Perrie, e bancando a namorada, - pelo menos na frente de sua mãe -, ela segurou a mão de Perrie, fazendo- a olhar em seus olhos, chamando para que fossem estourar os balões. Perrie se despediu de sua "sogra" e seguiu Jade até o centro do jardim, daquele jeito, de mãos dadas.

Aquilo era terrível, Jade se sentia terrível por estar gostando daquilo, de ter Perrie tão perto, seu toque, ali como um casal de verdade, a família que ela queria, que lhe foi dada como um presente de grego, que ela nunca sonhou em ter na vida, mas agora, naquele momento, queria mais do que tudo. Ela queria saber o que Perrie pensava, como Perrie se sentia, queria saber se o que Perrie disse para ela no quarto era verdade. Jade queria entender o por que de Perrie querer estar ao seu lado e dos bebês, mas não querer deixar Anikka. E ela se achava tão estúpida por isso, ainda mais por que a resposta óbvia e racional estava na sua cara.

- Estão preparadas? - Bonnie perguntou, enquanto segurava o enorme balão branco para que Perrie pudesse estourar.

Elas estavam paradas no meio do pequeno jardim, com os amigos mais íntimos de Jade ali, e uma pequena parte de sua família também. Ela não queria muito cochicho sobre sua vida, ainda mais pelo divórcio recente, tudo o que ela menos queria era as pessoas julgando sua vida como se tivessem propriedade para isso, e ali, no meio daquelas pessoas tinham uma mulher que ela não conhecia, com um longo cabelo preto, olhos verdes, e a pele pálida, que conversou apenas com Perrie, Jesy e Leigh- Anne vez ou outra.

"Deve ser alguma amiga da Perrie."

Jade pensou. E realmente era. Lauren Jauregui era quase sua parceira de crime, com a diferença de que mentir não era muito a sua praia, mas encobrir as mentiras de Perrie sim.

- Aí meu Deus. - Perrie murmurou ansiosa, sorrindo de orelha a orelha, apertando a não suada na de Jade. - Meninos, meninos... - sussurrou para si mesma com os olhos fechados sem conseguir esconder o seu sorriso.

Jade então estourou o balão e papéis brancos caíram, o sorriso de Perrie morreu e o grito ficou entalado em sua garganta. Ambas olharam para Leigh- Anne como se quisessem sua morte. A mulher do outro lado do jardim ria com os outros convidados, erguendo a taça de vinho na direção delas.

- Aaah! Jesse! - elas ouviram Lauren gritar e apontar para algo atrás delas.

Perrie foi a primeira a gritar alto, cobrir a boca com as mãos e dar pulos de felicidade no momento em que viu a fumaça azul tomar conta de sua visão. Ela teria seu tão sonhado menino. Com o coração cheio de felicidade, transbordando amor, um amor que ela nunca havia sentido antes em sua vida, Perrie chorou, chorou como Jesse estaria chutando em seus braços em alguns meses, e então, a fumaça azul se misturou com a rosa e Perrie chorou ainda mais. Storm, ela também teria uma menina a qual ela poderia colocar laços na cabeça, vestidos de babados, ensinar a se maquiar, sair para fazer compras. A vida não poderia estar melhor para ela naquele momento.

- Aí meu Deus, nós vamos ter um casal! - Jade gritou enquanto Perrie se jogava em seus braços para abraça- la.

- Sim, nós vamos. - Perrie disse enxugando as lágrimas, puxando Jade para os seus braços.

As duas se abraçaram com força e ternura, Perrie chorando no ombro de Jade enquanto ela beijava sua cabeça e secava as lágrimas que molhavam seu rosto, ambas quase explodindo de felicidade. E de repente Jade queria que a hora parasse ali, naquele instante com Perrie em seus braços para sempre.