𝐃𝐞𝐥𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞 || ᵀᵒᵏʸᵒ ᴿᵉᵛᵉⁿᵍᵉʳˢ ˣ ᴼᶜ!ᴹᵃˡᵉ [EM PAUSA]

Capítulo 7

— Finalmente! — Exclamou Mikey espreguiçando seus braços e se jogando em um grande um puff amarelo que tinha atrás de si.

— Acho bom ganharmos nota máxima nessa merda — Murmurou o rosado olhando para a cartolina aberta sobre a mesa, o trabalho tinha ficado perfeito, valia as horas de estresse que ambos passaram. Ryuki acabou sendo o que recebeu a maior parte do trabalho já que Mikey não sabia absolutamente nada.

— Como você passou de ano até agora? — Perguntou olhando de modo julgador para Mikey.

— Sorte — Bem realmente era sorte em sua maioria, apesar de Ken-chin sempre obrigá-lo a estudar, no mínimo, um dia antes das provas.

Ryuki se levantou de onde estava, esticou suas costas e então se sentou na cadeira de rodinhas que Mikey tinha em frente a mesa de seu computador.

Os dois ficaram alguns minutos em silêncio apenas descansando quando Ryuki se lembrou de algo que queria perguntar ao loiro.

— Ei Manjirou — Chamou, Ryuki observou com um sorrisinho o rosto de Mikey formar uma careta antes do loiro abrir os olhos para respondê-lo.

— Oi? —

— Quem era aquela garota loira? — Perguntou iniciando uma sequência de rodar a cadeira de rodinhas na qual estava.

— Eh? Garota loira? — Perguntou com uma expressão confusa — Ah — Sussurrou se lembrando dela — A Emma? —

— Ela mesmo — Responde ainda rodando na cadeira com a cabeça virada para o teto.

— Ela é minha irmã, por quê? — Perguntou confuso pelo interesse repentino de Ryuki em sua irmã.

Então a beleza é de família
Pensou o rosado.

— Ela é bonita.....e faz o meu tipo — Respondeu despreocupado.

Por ter seu olhar vidrado no teto Ryuki não percebeu a carranca que se formou no rosto de Mikey. O loiro não entendia muito bem, mas odiou ouvir aquilo, talvez tenha se apegado a Ryuki muito rápido ou talvez fosse ciúmes de irmão.

Ele sabia que não era podia ser a segunda opção, afinal nunca sentiu ciúmes de Emma.

Mikey se levantou de seu puff amarelo e andou a passos pesados até Ryuki, o rosado por sua vez ao ouvir a movimentação estranha olhou de soslaio para Mikey e o acompanhou com o olhar por todo caminho que o loiro fez até ele.

Mikey colocou suas mãos nos dois braços da cadeira a fazendo parar subitamente. Ryuki o olhou com a sombrancelha arqueada, confuso pela ação estranha da parte do loiro.

Mikey o olhava fixamente, parecia nem piscar.

— O que caral— Antes que pudesse terminar sua frase ou ter alguma reação adequada, Ryuki observou Mikey sentar em seu colo e o abraçar fortemente pela cintura, se assemelhava muito um coala.

— M-Manjirou? — Falou desnorteado, Ryuki sentia seu rosto esquentar e seus batimentos cardíacos acelerarem.

— Eu te conheci primeiro então você é meu! — Exclamou emburrado e com sua voz abafada por ter seu rosto enterrado na blusa de Ryuki.

— Eh? — Exclamou, Ryuki estava extremamente confuso, mas isso não impediu de seu rosto atingir um tom escarlate e seu coração acelerar tão rápido quanto um carro da fórmula 1.

Ryuki não sabia o que fazer, as palavras haviam sumido de sua boca, sua mente parecia um espaço em branco, seu sistema mental havia dado erro, isso era fato.

O rosado levou uma de suas mãos ao rosto em um tentativa de se recompor, mas ficava cada vez mais difícil se realizar seu objetivo toda vez que sentia o cheiro de Mikey invadir suas narinas ou quando sentia a respiração do mesmo em seu peito por cima do leve tecido preto que o cobria.

Mikey que tinha seu rosto enterrado na blusa de Ryuki sorriu ao ouvir o coração do rosado acelerar daquela maneira, droga ele não fazia idéia do que estava acontecendo consigo, mas não estava odiando.

— Manjirou.....você pode me soltar? — Pediu com a voz baixa e agradeceu mentalmente por sua voz não ter falhado.

— Não — Respondeu no mesmo tom de voz.

Ryuki tentou soltar Mikey de si algumas vezes, até mesmo se levantou da cadeira, mas todas elas resultaram em falha.

Ryuki suspirou de frustração e se jogou de costas na cama de Mikey, com o mesmo ainda agarrado em si, Ryuki ainda estava desconcertado com a situação, apesar de não estar desconfortável, muito pelo contrário ele se sentia bem sendo abraçado pelo loiro e era exatamente esse sentimento que o deixava preocupado.

Ryuki ficou olhando para o teto enquanto tentava regular seu respiração, o rosado não sabe quando tempo passou naquela mesma posição, mas desviou seu olhar para o loiro ao sentir os braços que estavam ao redor de sua cintura se afrouxarem.

Mikey havia caído no sono abraçado a si, bem era de se esperar que ele apagasse assim que tivesse a oportunidade, já que não havia dormido quase nada a noite.

Talvez aquela fosse sua chance de sair daquela situação então Ryuki tentou se soltar dos braços de Mikey.

Mas falhou de novo, já que no momento em que tentou se soltar os braços de Mikey se firmaram novamente o impedindo de sair.

— Não vai — Ele ouviu Mikey murmurar sonolento, ele parecia está dormindo ainda.

Ryuki soltou uma risada baixa e se deitou novamente, ele encarou Mikey por alguns segundos mordendo seus lábios de modo apreensivo.

Acho que tudo bem dessa vez.....mas só dessa vez....
Pensou.

Ryuki se virou de lado fazendo o corpo de Mikey se acertar ao seu, pareciam se encaixar muito bem, com sua mão esquerda Ryuki puxou um travesseiro para si, o colocando de baixo de sua cabeça e deixando seu braço embaixo do travesseiro, já com sua mão direita ele a levou aos cabelos de Mikey iniciando uma sequência de carinho, ele estava querendo mexer no cabelo do loiro a muito tempo.

Seu cabelo era mais macio do que Ryuki havia pensado e tinha um cheiro muito bom, Ryuki não conseguiu conter um sorriso ao reconhecer a fragrância, ele realmente ainda usava produtos de bebê e de certa forma o rosado achava aquilo fofo.

Era tão confuso, ao mesmo tempo que Ryuki enxergava Mikey como um bebê, um filhotinho de cachorro, sua intuição dizia exatamente o contrário, ele sentia que Mikey tinha um lado que tentava esconder dele, era estranho pensar nisso, ele se sentia apreensivo com essa sensação e ao mesmo tempo curioso.

Perdido em pensamentos Ryuki, sem perceber, acabou por adormecendo como o loiro, talvez também estivesse cansado ou simplesmente havia sido contaminado pela preguiça do outro.