Capitulo 3

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“Ainda não acredito que ambas recusaram O Diário da Nossa Paixão.” Caroline suspirou enquanto puxava o seu cabelo loiro num rabo-de-cavalo. Ela deu a Bonnie e Elena um olhar que significava que ela estava muito desapontada.
“Caroline, nós vemos isso sempre que estamos juntas.” Bonnie sorriu e olhou por cima do ombro.
”Não achas que devíamos tentar algo diferente?” Elena perguntou enquanto percorria uma fila cheia de Dvd´s.
“Não,” exclamou Caroline. “Não quero algo diferente. Eu quero o mesmo filme de sempre com pipocas e gelado que costumamos ter.”
Elena e Bonnie trocaram olhares. Bonnie suspirou e começou a procurar pelo Diário da Nossa Paixão na longa colecção de Dvd´s.
“Estas a esquecer-te de uma coisa, Care.” Elena sorriu e saltou para o espaço vazio ao lado de Caroline na cama.
“O que é?” Caroline perguntou enquanto levantava as pernas e admirava a nova manicura e unhas dos pés pintadas.
“O teu pijama cor-de-rosa com o pato.” Elena sorriu enquanto se enterrava no monte de cobertores macios que Caroline havia fornecido. Bonnie gargalhou e retirou o Dvd da sua caixa. Ela ouviu Caroline gemer e Elena riu.
“Eu lembro-me dele” Bonnie sorriu enquanto procurava pelo comando. “Quase mataste o Jeremy quando ele entornou sumo nele.”
Elena riu e ambas Caroline e Bonnie explodirão num incontrolável ataque de riso.
“Oh meu deus” Elena conseguiu dizer após acabar de rir. “O pobre Jer ficou aterrorizado de ti durante semanas.”
“Boa” Caroline murmurou mas nem conseguiu esconder o sorriso que pairava sobre os seus lábios. “Ele deveria ter medo de mim.”
“Care, o Jeremy tinha cinco anos.” Bonnie sorriu e ligou a televisão. “Deste pesadelos ao pobre coitado.”
“E ele teve que dormir comigo durante semanas.” Elena murmurou e procurou o saco de Cheetos´s no outro lado da cama. Bonnie certificou-se que tinha traçado um plano muito específico. As necessidades de vampiro de Elena e de Caroline estariam num sitio e a comida humana estaria no outro. Caroline achou piada, a Elena…nem por isso.
Caroline riu e roubou algumas das batatas fritas da Elena. Ela colocou a bola de queijo cor de laranja na sua boca e sorriu. “Oh, boa Caroline” Elena revirou os olhos e pegou no pacote de batatas fritas. “Tanta classe.”
“Não precisas de ter classe.” Caroline engoliu e moveu-se para a Bonnie conseguir subir para a cama. “Só quando há rapazes bonitos por perto.”
“O que significa que eu posso comer tanto quanto quiser.” Bonnie sorriu mas não se moveu para ir buscar a comida. “Uma vez que tu e a Elena são bonitas e ficam com todos os rapazes.” Elena e Caroline olharam para ela como se esta fosse um alien, uma criatura de um planeta completamente diferente. Bonnie olhou para cima detentando um súbito silêncio. “O que? É verdade!”
“Estas brincar?” Caroline perguntou, claramente chocada. “És como uma deusa da Amazónia, Bonnie! Sou praticamente um urso polar depilado.”
“Bom, para um urso polar depilado, consegues imensos rapazes,” Bonnie encolheu os ombros e bebeu um pouco de agua que estava na mesa ao seu lado. Ela olhou para o queixo caído da Elena e para os olhos esbugalhados da Caroline. “Podem parar de olhar para mim dessa forma?”
“Isso é porque nós somos cabras! Sem ofensa,” Caroline dirigiu-se a Elena na última parte. “Tu, Bonnie, és respeitável e forte e estas à espera do rapaz certo.”
Bonnie revirou os olhos e encheu a boca de chocolate. “Sim, sim.” Ela murmurou. “Tanto faz. Eu serei uma rapariga de dezoito anos virgem em poucos meses.”
“E não há absolutamente nada de errado com isso,” Caroline diz e vira-se para Elena. “Certo, Elena?”
“Exatamente,” Elena acenou a cabeça com entusiasmo. “Tecnicamente, não tens que perder a virgindade aos dezassete, isso é contra a lei.”
“E eu cumpro as regras,” Bonnie sorri sarcasticamente. “Não importa. Vamos assistir ao filme, okay?” Bonnie virou a cara para a televisão, não se importando em esperar pelas respostas das suas amigas.
“Bonnie,” Caroline começou suavemente. “Não há nada de errado em ser virgem. Quando encontrares o rapaz certo, encontrá-lo-ás.
“Okay.” Bonnie suspirou alto, levemente irritada. “Obrigada. Já percebi. Podemos passar à frente?”
Caroline abriu a boca para falar de novo, mas o telefone de casa vibrou alto na mesa do lado, interrompendo a conversa. “Desculpem,” Elena murmurou timidamente. “Provavelmente é o Damon a pregar-me uma partida de novo.” Ela sussurrou e alcançou o telefone, trazendo-o para o seu ouvido. “Damon, vá lá. Estas partidas estão a ficar velhas. O Rick já me disse que tu – espera, Rebekah?”
Os olhos da Elena arregalaram-se e ela olhou para Bonnie e Caroline, perguntando o que fazer. “Alta-voz” Caroline gesticulou com a boca e pegou no telefone, pressionando o pequeno botão no fundo do telefone.
“Desculpa interromper a tua noite,” Rebekah estava a dizer, no entanto ela não parecia sincera. “Ouvi dizer que estavas a ter uma festa do pijama com a Caroline e a Bonnie?”
“Ahm, sim?” Elena acenou aborrecida e fez sinal a Caroline para pegar no telefone. “Porque? Queres deitar para o lixo a felicidade que resta?”
“Não há necessidade em ser sarcástica Elena.” Bonnie conseguia imaginar o sorriso falsamente afectado de Rebekah enquanto o dizia e revirou os olhos. “As pessoas começaram a confundir-te com o Damon. Alias, eu vou a dar um pequeno baile em minha casa amanha. Estou a convidar-vos às três.”
As três raparigas trocaram olhares confusos e Caroline tirou o telefone das mãos da Elena. “O que é que estas a tramar?” Caroline exigiu e ela hesitou por alguns segundos antes de adicionar alegremente “Malvada.”
“Caroline Forbes,” O sorriso na voz da Rebekah era praticamente audível. “Calculo que a bruxa Bennett também esta ai?”
“A bruxa Bennett tem nome, na verdade.” Bonnie disse.
“Certo,” Era óbvio que a loira Original não estava interessada e continuou. “O baile é amanhã à noite às sete. Se quiserem vir, estejam na Mansão Mikaelson e vistam-se formalmente, não uma daquelas roupas hippy horríveis e comuns okay?” Era obvio que a ultima parte era para Bonnie e a jovem bruxa mordeu o lábio inferior e parou-se antes de atacar Rebekah.
“Conheço alguém que esta absolutamente a morrer por te conhecer.” Rebekah adicionou.
“Ouve,” Carolina suspirou. “ Podes dizer ao Klaus que não estou interessada.”
“Não estou a falar contigo, estava a falar com a Bonnie.”
“O que?” Bonnie franziu e ergueu as sobrancelhas.
“Conversa adorável. Aproveitem a noite, enquanto podem.” A chamada acabou com um suave click e Bonnie estremeceu. Ela sabia que ambas Elena e Caroline estavam a observa-la. “Okay” Bonnie respirou fundo e encostou-se à cama, chegando ao comando da televisão. Ela evitou os olhares das amigas e pressionou o botão “play”.

Captured Hearts [Tradução p/Português]Onde histórias criam vida. Descubra agora