Ni-Juu San

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- Não fazes nada direito Kiyoko! - reclama a mulher da forma que a sua filha ajeitava o cabelo. Ela pegou na varinha e arranjou o cabelo moreno com magia. - Sinceramente eu gostaria de voltar atrás e colocar a Hitoka no teu lugar!

- Também eu! - sussurra Kiyoko para si mesma, completamente cansada de tudo aquilo. Sempre sonhou conhecer o rapaz dos seus sonhos e viver um amor como o seu meio irmão e o príncipe viviam, mas não daquela forma. Kageyama não a amava e para além da beleza e riqueza, o rapaz em nada atraia a si. Realmente, escolher Hitoka para calçar o sapato seria uma decisão mais sensata da sua mãe, mas se ela expressar os seus desejos em voz alta, só os deuses sabem o que a mais velha faria com isso.

- PARADAS AÍ! - a porta do quarto foi aberta com força e imensos guardas cercaram as mulheres. - Foram descobertas e é bom que se entreguem pacificamente para não termos problemas!

- Como assim? Como vocês descobriram? Impossível! - a irmã loira ficou histérica ao ver o plano ser arruinado.

- Não é hoje que nos levam! Bibbidi bobbidi boo! - com o feitiço, as três mulheres desapareceram do quarto, deixando os guardas completamente desesperados e com receio da reação de vossas altezas. Começaram a olhar-se uns aos os outros para ver quem se ofereceria para dar a notícia, mas ninguém estava disposto.

- Quem vota no Bokuto? - diz um deles e todos os braços, tirando o do próprio Bokuto e do Akaashi foram estendidos. - Está decidido!

- Não façam isso com ele! - choraminga Akaashi. - Eu falo com eles!

Como esperavam, a reação deles não foi nada boa. Sugawara queria decapitar toda a gente que aparecia pela frente, Sawamura queria proibir a entrada de heterossexuais no reino e Kageyama estava que nem uma criança mimada ao redor de Hinata, com medo que elas aparecessem e lhe fizessem algum mal.

- Relaxa seu tirano, ninguém te tira o ruivinho! - Tsukishima que se tinha juntado à família real no cómodo, fez mais um dos seus comentários de troça.

- Quem és tu para falar de mim quando estás grudado no Yamaguchi que nem carrapato? - o loiro e o servo de cabelos esverdeados desviaram o olhar do príncipe rapidamente. - Bem me parecia!

- Acho que elas devem ter fugido do reino. - palpita Kenma que estava ali também junto com o professor de esgrima. - Ou elas seriam loucas o suficiente para armar mais algo?

- Sim! - Hinata, Nishinoya e Asahi falam ao mesmo tempo.

Como se fosse algo planeado, o cómodo foi preenchido por uma fumaça e todos foram se afastando para os cantos. No centro do grande quarto apareceram as três mulheres e duas delas pareciam estar com sede de vingança.

- A culpa disto tudo é tua, sua criatura imunda! - a madrasta aponta a varinha na direção de Hinata. - Vais pagar por tudo que fizeste comigo e com as minhas filhas!

- DEIXEM O SHOYO EM PAZ! - Nishinoya começa a correr na direção delas e quase foi atingido por um feitiço se não fosse Asahi a cair por cima dele.

- Muitos amigos o corvo borralheiro tem, quero ver se eles vão te querer à mesma sendo um sapo, que tal mãe? - sugere a loira.

- Vocês não vão fazer nada com ele! - Kageyama mete-se em frente ao corpo de Hinata.

- Que adorável o amor jovem, agora os dois estão condenados! - a madrasta ri junto com Hitoka e ao reparar no silêncio da outra filha, decide abordá-la. - O que achas Kiyoko, transformamos os dois num sapo ou em ratos?

A mais velha foi se aproximando dos dois e o braço que segurava a varinha não parecia hesitar nem por um segundo.

- Vocês os dois vão ter o final juntos que tanto queriam! Bibbidi bobbi... - O braço dela foi repentinamente afastado para trás. - O que pensas que estás a fazer Kiyoko?

- Chega desta palhaçada toda mãe! - a morena mete-se em frente aos dois e a sua voz demonstrava o quão cansada ela estava daquilo. - Apenas deixa-os ser felizes! Arruinar a vida deles não vai melhorar a nossa!

- Sua ingrata, estás a pensar sequer no que estás a fazer? Ias ter tudo o que querias! Um homem rico e com posses, reconhecimento, poder!

- Não mãe, isso é aquilo que tu querias! - a morena já deixava algumas lágrimas escorrerem. - Eu só queria viver um amor tão genuíno como eles os dois têm, eu não sou igual a ti!

- Amor? Olha só que o amor te deu! - ela apontou a varinha na direção dos três. - Bibbidi bobbidi boo!

Os três alvos nada puderam fazer para além de fechar os olhos e esperar o feitiço que nunca chegou a atingi-los. Akaashi, que estava apenas à espera do momento certo, ergueu a sua espada e meteu-se em frente aos três, fazendo o feitiço bater na sua espada e voltar para as duas mulheres que não tiveram tempo de reagir. A madrasta e a Hitoka levaram com o próprio feitiço e agora não passavam de dois sapos.

- ESTE É O MEU HOMEM! - gritou Bokuto enquanto ia na direção de Keiji para abraça-lo.

- Finalmente tudo acabou! - diz Azumane enquanto pegava a varinha mágica no chão.

Com o término do problema, todos olharam para a morena que estava com o rosto abaixado em constrangimento. Ela sentia-se horrível por em algum momento ter ajudado a mãe naquele plano horripilante e sabia perfeitamente qual era o seu destino, mas antes, ela tinha um pedido de desculpas para dar.

- Hinata, desculpa por tudo isto! Eu nunca fui muito com a tua cara e ganhei ainda mais ódio por ti quando descobri que era a ti que Kageyama procurava. Mas, percebi que não era ódio, mas sim inveja por tudo aquilo que conseguiste! - ela arranjou coragem e encarou os dois rapazes à sua frente. - Há muita coisa que tem de ser corrigida, a começar pela fada madrinha. Eu transformei-a em pedra junto com o seu parceiro e precisamos trazê-la de volta para tudo voltar ao normal!

- Eu não te vou dar a varinha! - Asahi afasta-se da morena ainda desconfiado, mas com um movimento de mãos, Hinata pediu ao amigo para que lhe entregasse.

- Kiyoko, apesar de tudo, percebi que não és igual à tua mãe, apenas tinhas as ideias erradas. - Shoyo estende o objeto mágico para ela. - Prova para nós que estás arrependida e trás o Oikawa de volta!

- OIKAWA? - o rei e o conde gritaram ao mesmo tempo, mas ninguém quis questionar naquele momento tenso.

A morena estava a ser sincera nas suas palavras portanto, em um movimento da varinha, ela trouxe Oikawa e Iwaizumi de volta, estes que estavam irritadíssimos.

- Na boa, eu vou matar estes sapos malditos! - Assim que surgiu na sala, Tooru começou a tentar pisar nos sapos que pulavam de um lado para o outro, mas ao ouvir uma tosse seca de Hinata, parou no lugar e sorriu simpático para todos. - Então, como foi conhecerem-se pela segunda vez Tobio e Shoyo?

- Segunda vez? - perguntaram os dois confusos.

- Eles ainda não sabem da viagem do tempo seu lixo! - repreende Hajime que estalava os ossos doloridos e viu as expressões surpresas de todos menos da Kiyoko. - Aquela mulher voltou no tempo para mudar o destino do Hinata e do Tobio, vocês já têm toda uma história!

- Isto está muito confuso e tenho algo a dizer! - começa Sugawara. - OIKAWA, SEU FILHO DE PIRILIMPIMPIM, PORQUE RAIOS ABANDONASTE O KAGEYAMA QUANDO...

- Esta conversa de novo não! - Iwaizumi, com um movimento rápido de mãos, colocou o rei e o conde para dormir. - Faz o que tens a fazer Oikawa!

- Claro! Bibbidi bobbidi boo!

















Juro solenemente não ser normal !!!

Cinderella [Haikyuu!!]Onde histórias criam vida. Descubra agora