Era uma vez, em terras distantes, um pequeno reino cheio de paz, próspero e tremendas tradições. Num majestoso castelo, vivia um senhor viúvo com o filho, o menino Shoyo e apesar de ser pai devotado e dar ao filho todo o luxo e conforto, ele sentia que faltava ao menino um carinho de mãe, por isso, resolveu se casar de novo, escolhendo como esposa uma senhora viúva que tinha duas filhas da mesma idade que Shoyo. As meninas Kiyoko e Hitoka.
Com a morte inesperada do rico senhor, a madrasta revelou-se uma mulher cruel, hipócrita e extremamente invejosa dos encantos e beleza de Shoyo. A madrasta passou a defender apenas o interesse de suas próprias filhas.
Assim, com o passar do tempo, o castelo ficou em ruínas e a fortuna da família foi esbanjada nos caprichos das duas irmãs, enquanto o pequeno Hinata passou a servir de criado. E por desprezo, as irmãs o apelidarão de corvo borralheiro.
Hinata Shoyo, porém, continuava o mesmo, gentil e bondoso. A cada manhã, ao despertar, tinha esperança de que um dia o seu sonho de felicidade iria se realizar e hoje não foi diferente.
Hinata, que encontrava-se adormecido na sua cama velha e pequena, sentiu os seus cabelos serem levemente puxados por dois pequenos corvos, que apenas queriam despertar o humano no horário correto. Por uns momentos ele só se revirava na cama, para deixar os pássaros impacientes, mas, depois de ter assustado um dos corvos , ele sentou-se na cama e os encarou rindo.
- É bem feito! Despertou-me do sonho! - os pássaros voaram para o parapeito da janela e apontaram lá para fora.
- Vejam, está uma linda manhã, mas foi um lindo sonho, foi... - ele suspira ao lembrar-se e os pássaros piaram, como se estivessem a perguntar de que sonho o ruivo estava a falar. - Que sonho? Hm, não conto, porque se eu contar, não se realiza!
Os pássaros demonstraram revolta, mas Hinata, como todas as manhãs, começou a cantar para os animais, que logo ficaram quietos, apenas a observar a cantoria. Com a doce voz do criado, mais corvos apareceram na janela e até mesmo alguns ratinhos, como Nishinoya, despertaram e foram admirar a cantoria do humano.
Mas, para a infelicidade de todos, o barulho do relógio do castelo acabou com a cantoria, como se relembrasse o corvo borralheiro das suas funções.
- Que relógio! Já ouvi, já ouvi! Vamos, levanta, diz ele! - Shoyo levanta-se da cama enquanto reclamava. - É hora de trabalhar! Até ele manda em mim, mas não faz mal, ninguém vai me impedir de sonhar! Meu sonho é lindo!
Para enfatizar a sua fala, ele cantou mais uns versos da bela música sobre sonhos, encantando os animais. Enquanto cantarolava, ele fazia a cama e toda a sua higiene matinal com a ajuda dos animaizinhos. Depois de estar vestido e ter colocado o seu avental branco, ele ouviu os múrmuros de Nishinoya, que vinha a correr na sua direção.
- Um momento, um momento! Calma por favor, diz-me Noya, o que se passa? - tranquiliza Hinata ao ver os ratos subirem na sua cómoda com pressa.
- Um rato novo, não sei quem é, visita! Parece que é uma visita! - dizia empolgado.
- Uma visita? Tá bom! - ele abre a gaveta da cómoda onde guarda as roupinhas costuradas por si mesmo para os animaizinhos. - Tem um vestido e um...
- Não não não! Não é uma ela, é um ele! - alerta Nishinoya enquanto ria.
- Tudo bem, vou dar-lhe uma camisola e estes sapatinhos!
- Despacha-te Hinata, ele está na ratoeira! Na ratoeira!
- Na ratoeira? Porque não me disseste antes? - Eles os dois saem a correr do quarto e começam a descer as várias escadas, para encontrar um ratinho dentro da ratoeira deixada pela madrasta.
- Ele está muito assustado, é melhor explicares tudo para ele Yuu! - orienta Shoyo abrindo a ratoeira para que Nishinoya pudesse conversar com o desconhecido.
- Calma, não te preocupes, nós aqui somos todos teus amigos, incluindo o Shoyo! - ele aponta para o humano que sorria doce para si. - Vem, não tenhas medo!
Ele pegou o recém chegado pela mão e tirou-o de dentro da ratoeira, para que Hinata pudesse vesti-lo com as roupinhas que ficaram levemente apertadas.
- Agora precisamos de um nome. Tu serás Azumane Asahi, mas para nós, serás apenas Asahi! - o rato sorriu empolgado por ter achado amizades novas. - Agora tenho de ir! Nishinoya, toma conta do Asahi e não te esqueças de falar do gato!
- Então, vou te contar do gato! - afirma Nishinoya para o novo amigo depois de Hinata descer as escadas em direção aos corredores principais da grande casa.
- Um gato?
- Sim, um gato! Lucifer, é o nome dele! Mau, traiçoeiro e malvado! - ele começa a fazer sons de um gato raivoso, assustando Asahi.
- Tudo bem, ter cuidado com o Lucifer, anotado! - eles os dois sorriram cúmplices um para o outro.
Enquanto isso, Shoyo ia abrindo as cortinas das enormes janelas, para deixar o sol iluminar aqueles corredores e ao terminar esse serviço, abriu com cuidado a porta do quarto da madrasta, para despertar Lucifer, que dormia numa cama ao lado da dona.
" Aquela cama deve ser mais confortável que a minha, certeza!", pensou Hinata enquanto fazia barulhos para chamar o gato, mas tudo o que ele recebeu foi uma virada de costas do mesmo.
- Lucifer, vem aqui, agora! - mesmo sussurrando, ele tentou ser rígido na hora de falar. Mesmo contrariado, o felino foi a marchar na sua direção. - Desculpe se sua alteza não gosta de acordar cedo. Por mim, claro que não seria o primeiro a comer, mas são ordens.
- Então aquele é o tal de Lucifer? - pergunta Asahi que estava com Nishinoya num canto, apenas a observar o gato a seguir Shoyo pelas escadas abaixo.
- Ele mesmo!
Os ratinhos ficavam o dia todo apenas a observar a rotina de seu amigo humano, que depois de dar uma taça de leite ao gato encapetado, foi lá fora distribuir comida para as galinhas e para o cavalo que era de seu pai. Com os animais alimentados, ele não teve descanso, pois logo em seguida ouviu os sinos que conectavam aos quartos tocarem. As mulheres tinham acordado e queriam imediatamente o seu almoço.
- Já ouvi, já vou! Que desesperadas! - rapidamente o criado começou a preparar três tabuleiros, com o barulho dos sinos estridente em seus ouvidos.
Mais um dia da vida de Hinata Shoyo, que apesar de ter uma rotina triste, mantinha a esperança de que tudo iria mudar para melhor. Ele só esperava que não demorasse muito tempo.
Juro solenemente não ser normal !!!
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Cinderella [Haikyuu!!]
FanfictionHinata Shoyo era filho de um comerciante rico. Depois que seu pai morreu , sua madrasta tomou conta da casa que era de Hinata. O rapaz, então, passou a viver com sua madrasta malvada, junto de suas duas filhas que tinham inveja da beleza de Hinata e...