26/11/2021

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A maior parte do tempo eu sinto como se estivesse sonhando.

De vez em quando sinto como se estivesse caindo.

O tempo todo eu me sinto sozinho.

E quase nunca estou sorrindo.

Pelo menos... Não de verdade.


Tudo é sempre tão vazio.

"Legalzinho"...

Suportável... Nada memorável... Esquecível...

E então me encaro no espelho.

"Detestável"


Cansado de tudo o que não faz sentido.

E de buscar conexões num mundo tão fácil de ser compreendido.

Sem novidades... Sem surpresas verdadeiras...

Todo o mecanismo desvendado.


"Qual a graça das coisas serem sempre tão previsíveis?" – ela perguntou.


Então desmaio acordado de costas sobre o colchão.

A cabeça cheia de pensamentos não quer descansar.

O mundo desaba ao meu redor e volto a sonhar.

Morrendo, lutando, vivendo e voltando a sangrar.


Minhas armas destruídas.

Meus dedos quebrados.

Os olhos cansados de chorar...


Minhas lágrimas de areia que se recusam a sair.

Repletas da raiva mais profunda que ainda habita em mim.


Tudo que sobrou do que um dia fui.

Do que continuo sendo.

Daquilo que faz de mim o único...


"Não tenho como voltar atrás".


Por que agora é tarde demais.

É tarde...


"Você não é nada para mim!"

"Eu não sou nada para você!"

"Um dia você também vai esquecer"

"Um dia eu vou voltar só pra te ver"

Sei láWhere stories live. Discover now