É estranho pensar que provavelmente eu me entreguei fácil demais as minhas próprias armadilhas.
Transformando memórias importantes em fragmentos de imaginação e sonhos apenas para me adequar a uma realidade que não me quer.
E quando ouço sua voz chamando de um passado distante. Gritando meu nome como que para me acordar. O buraco no peito onde antes ficava meu coração dói em dobro.
Estendo minha mão para cima e encaro meus dedos como se a qualquer momento pudéssemos...
...Deixa pra lá.
Com o passar do tempo percebi que nunca fez sentido sequer reclamar.
Não havia nada que eu pudesse fazer.
Não havia nada que ninguém pudesse fazer.
Ninguém que me conhecesse tão bem.
E ninguém que eu vá conhecer como conheci você.