CHAPTER 13

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   — Que porra vc pensa que tá fazendo seu filho da puta de merda?! - Praticamente gritei com meu irmão na frente de todos, sem me importar com olhares de reprovação. Acabo assustando o mesmo e Jimin, que estava ao seu lado. 

   Acabo assustando o mesmo e Jimin, que estava ao seu lado.  Ele apenas arregalalou os olhos completamente vermelhos ao me ver, ficando branco igual uma fantasma.

   Percebo Jungkook fuzilar Jimin com os olhos, serrando os punhos e trincando o maxilar. Ele estava se segurando, tentando manter o controle. Mas eu não vou me segurar nem um pouco nessa merda.

   Continuo fitando Jay com raiva, o que faz com que ele desvie o olhar, logo pegando uma garrafa de vodca e a virando de uma só vez em sua boca. Caminho em sua direção e arranco a garrafa de sua mão com violência, a colocando de volta na mesa de centro que estava cheia de bebidas, drogas e todas as merdas que se possa imaginar. 

   — Me responde porra!!!! - Grito novamente com sangue nos olhos.

   Minha voz estava ficando mais alta que a música da casa a cada grito que eu dava, o que chamava ainda mais atenção de todos da festa. Quando olho ao meu redor rapidamente, já noto diversas pessoas se aproximando para ver o que estava acontecendo. Normalmente eu tentaria manter a classe e sair daqui para evitar um showzinho, mas não estou com paciência, vou matar meu irmão na frente de todo mundo, foda-se. 

   — O que você tá fa...fazendo aqui Sn? - ele pergunta grogue por conta da bebida.

   O que eu estou fazendo aqui? EU quero saber o que VOCÊ está fazendo aqui!!! Não é você que enche a porra do meu saco dizendo que eu tenho que atender o celular? Não é você que inferniza a minha vida se eu fico uma tarde fora sem dar notícias? Atende a porra do celular também seu filho da puta!! - Grito ainda mais com ele quase pulando em ser pescoço, eu seria capaz de mata-lo.
  
   Agora.
   Mesmo.

   Calma , não é nada demais.... - falou tentando se levantar, mas quase caindo de tão bêbado. Ele tenta manter o equilíbrio novamente e se estabiliza.

   — Nada demais?! Você sumiu por praticamente dois dias, não atendia ligações e nem respondia as minhas mensagens. NINGUÉM sabia onde vc estava porra. Qual a dificuldade de avisar onde tava em? Tem celular pra quê? Ou vai me dizer que desaprendeu a usar um? 

   Me aproximo ainda mais com a intensão de bater no mesmo, sem nem pensar em minhas ações. Mas JK se aproxima de mim rapidamente passando seus braços ao redor de minha cintura. Ele me abraça por trás, juntando meu corpo ao seu, segurando- me para impedir que eu seguisse em frente.

   Calma aí Sn, não tem necessidade de fazer isso... - Jimin diz se metendo na intensão de aliviar o lado de Jay.

   — Você cala a merda da sua boca que a conversa não chegou em vc ainda. - Digo com grosseira, o olhando de cima a baixo expressando nojo em meu rosto. Estou sentindo o cheiro de bebida daqui. Ele fica quieto novamente.

   Meu irmão percebe JK me abraçando por trás sem que eu o impeça ou demostre algum desconforto - as ações que normalmente faço quando alguém se aproxima, independente de eu conhecer a pessoa ou não - , o mesmo levanta a sobrancelha sorrindo e diz:

   — Olha só maninha, e..eu tô bem. Tão bem que já percebi que ele tá te comendo. - falou indicando JK que ainda se encontrava grudado em mim temendo me soltar.

   Jay termina de falar e já consigo escutar Jk soltando um suspiro, tenho quase certeza de que o mesmo revirou os olhos.

   Mas desta vez, fiquei ainda mais puta. Ele insinuou que eu estaria transando com Jungkook. Não que eu não iria ficar feliz, mas falou como se eu fosse um objeto, algo fácil e sem valor. Eu não tolero esse tipo de coisa, muito menos com meu próprio irmão.

A minha raiva tomou conta por completo. Jk tenta me acalmar falando algo em meu ouvido, mas nem consigo entender, não estava prestando atenção em mais nada a não ser o meu objetivo, Jay. 

   Vou em sua direção novamente conseguindo me  desvencilhar dos braços de Jk. Me aproximo do mesmo, o virando e então segurando ele pela nuca, uma técnica utilizada para imobilizar agressores. Eu pretendia usar todos os meus anos de Muay Thai nele, mas mudo de ideia. Apenas o puxo sem tirar a mão de sua nuca, apertando ainda mais quando ele tenta resistir.

   — Para Sn, ta machucando. - o mesmo reclama.

   — Não é um terço da dor que vc me fez passar enquanto não me dava notícias.

   Começo a arrastar-lo subindo a grande escada que havia no centro do cômodo que nos encontrávamos, indo em busca de um banheiro. Ninguém sequer ousa me impedir, ficam apenas assistindo. Ele reclama o tempo todo, mas apenas ignoro. Quando finalmente abro uma porta que tenha um banheiro atrás dela, o jogo para dentro sem nenhum tipo de delicadeza.

   Pode começar a tirar a roupa. - Falo enquanto ligo o chuveiro sem me importar em deixar a água quente.

   — Como assim tirar a roupa garota? Não vou tirar roupa nenhuma...

   Não deixo que termine de falar e o empurro para dentro do box na água fria dizendo:

   — Sem problemas, vai de roupa mesmo.

   Jay praticamente grita quando a água fria entra em contato com seu corpo. Ele tenta sair mas o impeço, o colocando novamente de baixo do chuveiro e o segurando lá.

   — Ta muito gelada. - ele reclama ainda desesperado.

   — Tô pouco me fudendo se está gelada ou não, problema seu. Ninguém mandou vc beber até não conseguir falar direito e ainda ficar drogado. Não é homem pra se encher de maconha e beber até desmaiar? Então deve ser homem o suficiente pra aguentar uma água gelada, para de drama cacete. - grito respondendo com ódio.

   — Eu te odeio. - gritou me olhando nos olhos com pura fúria.

   — Pode ter certeza que eu te odeio muito mais, agora vai tomar a porra do banho! - grito de volta enfatizando bem as últimas palavras.

   Dou as costas para ele, que ainda resmungava dentro do box e saio do banheiro fechando a porta.  Volto pela mesmo corredor seguindo em direção as escadas, descendo e chegando na grande sala novamente.

    Ao sair do último degrau olho ao meu redor vendo todas as pessoas que ali estavam, desta forma percebendo que  todos me encaravam com expressões de suspresa no rosto.

   Em uma parede na direita próxima a porta de entrada vejo os amigos de Nam e JK, também me fitando.

   Como eu ainda estava transbordando de raiva, grito para todo mundo:

   — Estão olhando o que porra?

Um Novo Começo, De Novo [SENDO REESCRITO]Onde histórias criam vida. Descubra agora