The Love Story of Two Male Mosquitoes [Tradução PT-BR]

Capítulo 15

        Aquele não era um amanhecer, era apenas uma noite se tornando clara.

        Xigua estava letárgico, então vagou sem rumo.

        Ele estava encostado em um tronco de árvore, olhando para aqueles membros.

        Todo mosquito deve encontrar a morte, ele pensou.

        Na árvore, entre um emaranhado de folhas, estava a bagunça caótica dos pedaços do corpo de um inseto.

        Xigua olhou para eles.

        Nai Guai não tem nem um cadáver inteiro... lamentou Xigua.

        De repente, ocorreu-lhe que ele deveria encontrar o resto do corpo de Nai Guai.

        Resguardar todo o cadáver.

        Assim, ele voltou para aquela casa nojenta.

        Os mesmos dois humanos estavam lá, tomando café da manhã.

        Humanos nojentos, comida nojenta, sons nojentos.

        Com cuidado para não entrar no campo de visão deles, Xigua começou sua busca pelo cadáver de Nai Guai.

        Quando avistou aquele corpinho minúsculo, quebrado e encolhido perto da perna da mesa, quase desmaiou.

        Ele voou para a frente como uma bala.

        "Nai Guai..." Seu cadáver não parecia diferente de um mosquito vivo.

        "Nai Guai, vamos para o Ártico."

        Com isso, ele trouxe o corpo para seus braços.

        Depois, ele ouviu um pequeno gemido.

        Muito pequeno.

        Tão pequeno que ele mal conseguiu ouvi-lo.

        "Nai Guai!!!"

        Esse provavelmente foi o som mais frenético que Xigua produziu em toda sua vida.

        "Você está vivo? Nai Guai!"

        "Mhm." Era um suspiro, mas também uma resposta alegre.

        Xigua o segurou com força e lhe disse: "Eu te amo, cérebro de passarinho."

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        A brisa noturna estava fria, ele já tinha carregado Nai Guai por um dia inteiro. Estava fisicamente cansado, mas mentalmente cheio de energia.

        "Nai Guai."

        "Mhm?"

        "Você está cansado?"

        "Mhm."

        "Vamos descansar."

        Eles assistiram a lua juntos, ela era solitária.

        "Xigua…"

        "Sim?"

        "Humanos... Por que eles queriam me matar?"

        "Eles são doentes!" Xigua cuspiu veneno, incrivelmente irritado.

        Mas a realidade era que a mão de um humano já tinha sido o fim de muitos mosquitos.

        "Eu não fiz nada de errado... Eu nem comi a maçã deles..."

        "Eles acham que somos sujos."

        "Sujos?" Nai Guai não entendeu.

        "Humanos são mais sanguinários, mais imundos e mais horríveis do que gafanhotos. Vestindo roupas sacras, todos pensam que são santos."

        "Possivelmente..." Nai Guai ainda não entendia muito bem, mas sabia de uma coisa. Ele não fez nada, mas os humanos o queriam morto.

        Felizmente, ele ainda estava vivo e sua jornada continuava.