The Love Story of Two Male Mosquitoes [Tradução PT-BR]

Capítulo 12

        Ele esperou do crepúsculo à meia-noite, e da meia-noite ao amanhecer, mas mesmo assim Xigua não voltou.

        Nai Guai nunca tinha se sentido tão mal. Era pior do que sua luta para ser eclodido, pior do que ter ficado preso na crisálida ou quando aquela gota de chuva o atingiu.

        Para onde Xigua foi?

        Por que... por que ele me deixou para trás?

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        Por volta do meio-dia, Xigua voou de volta.

        Nai Guai correu em círculos ao redor dele, se desculpando e expressando o quanto ele sentia falta dele.

        Sem prestar atenção, Xigua deu-lhe um pouco de seiva de árvore e reclamou: "Você é muito pequeno, cérebro de passarinho. Quase não consegui encontrar você."

        "Mas isso é o que eu sou, um pequenino mosquitinho..."

        Nai Guai pensava que os mosquitos eram os menores organismos da Terra, e ele era o menor entre eles...

        Naquela tarde de lazer, eles se deitaram sobre uma folha verde-escura de uma árvore de guarda-sol[1].

        "Xigua."

        "Hum?"

        "Gostar... O que exatamente é isso? Eu..."

        "Bem, não é algo que você possa comer."

        "Oh."

        "É... uma sensação."

        "Hã?"

        "É como... sentir saudade de alguém, querer vê-la novamente."

        "Oh..."

        "Entendeu?"

        "Não."

        Depois disso, seguiu-se um silêncio mortal.

        "Gostar de um cérebro de passarinho", Xigua disse de repente. "É se preocupa se ele está com fome, com sono ou se ele vai ser levado pelo vento. Você pensa tanto nele que não consegue dormir se ele não estiver ao seu lado. De repente você passa a amar o sol, odiar a chuva e desfrutar da brisa."

        "O quê mais?"

        "Você quer voar para o Ártico com ele." Xigua se sentiu perdido, então abaixou a cabeça e disse: "Voar por toda a vida."

        "Haha, isso é perfeito. Eu também gosto de você!" Nai Guai deu uma risadinha. "Eu gosto muito de você!"

        "Cérebro de passarinho."

        "Uhmm..."

        O pôr do sol era infinitamente espetacular, mas já está quase anoitecendo.

        "Xigua?"

        "Que?"

        "Há algo que vá além de gostar?"

        "Além de gostar?"

        "Hmm."

        "Talvez... amor?"

        "Então você me ama?"

        "Eu acho..." Mas antes que Xigua pudesse terminar, Nai Guai deixou escapar: "Eu te amo!"

        Então ele rolou o corpo para o outro lado e começou a roncar.

[1] Firmiana simplex, ou guarda-sol chinês, são árvores decíduas de crescimento rápido que podem crescer até 20 metros de altura e viver por mais de 100 anos, com folhas grandes que podem atingir 40 cm. Suas sementes são usadas na medicina chinesa e elas normalmente são usadas para fazer sombra em parques e avenidas.