• capítulo 13 •

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➴ 𝐇𝐲𝐮𝐧𝐣𝐢𝐧 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 ❠

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𝟚 𝒅𝒂𝒚 𝒍𝒂𝒕𝒆𝒓

      Coloquei uma caixa de fardo de Soju na mesa de centro da sala. As garrafas de vidro chocaram umas com as outras, o que fazia um barulho estridente, mas por sorte nenhuma quebrou.
      A Young-IL fechou a porta da geladeira, segurando uma lata de suco nas mãos, e franziu as sobrancelhas assim que viu a quantidade de Soju que eu havia comprado e se aproximou devagar.
     A última coisa que eu queria que a Young-IL pensasse sobre mim, era sobre me achar um alcoólatra descontrolado. O que é total mentira, mas quando se diz isso segurando caixas e caixas de Soju, se torna um pouco de hipocrisia.

— O que é isso? Não é só por que está sem emprego que pode se embebedar á vontade

— Não é pra mim, é pra outra pessoa

— "Outra pessoa"? Quem é?

— Preciso da assinatura da minha Tia.

— E parece que ela bebe bastante... Ela mora longe?

— Não muito — uma ideia surgiu na minha cabeça — Vai estar livre amanhã?

      Ela buscou com os olhos uma resposta pra isso

— Amanhã é meu único dia de folga. Já entreguei todos os projetos que precisa pra essa semana.

— Você poderia vir junto. Minha tia Shen sempre bebe muito, e eu não tô acostumado a isso. Seria bom se tivesse alguém pra beber com ela — eu justifiquei — E eu tenho medo de me perder no caminho de volta pra casa.

— Eu vou com você. Não tenho te visto quase nunca mesmo morando com você. Vai ser bom. Vou arranjar mais tempo pra ficar com você — ela respondeu com um brilho nos olhos — Viu, sou uma ótima amiga

       Ela riu com sarcasmo, mas realmente era uma boa amiga. Ela concordou em me acompanhar no dia seguinte, o que me deixava menos preocupado com todo o resto do que poderia acontecer.

➴ 𝐘𝐨𝐮𝐧𝐠-𝐈𝐋 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 ❠

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𝟙 𝒅𝒂𝒚 𝒂𝒇𝒕𝒆𝒓

       Nunca fiz viagens longas, não vivi tempo suficiente com meus pais pra viver algo assim. O Hyunjin alugou um carro conversível, do qual não tinha o teto na parte de cima. Gostava de colocar a palma da mão pra fora do carro e sentir o vento empurrar na direção contrária. A estrada era em linha reta. Passamos por um campo de flores amarelas, e se tornaram trigos depois de alguns quilômetros. Não havia carro de lado algum. O que não havia de flores e trigo em um lado, com certeza havia do outro. Era uma paisagem repetitiva, mas não me cansava de ver.
       Saímos de Busan por volta do meio dia. Chegamos em Seul um pouco tarde, e chamou á área rural quando o céu estava alaranjado. Atravessamos a passagem de terra, com mais buracos do que eu conseguia contar.
      O Hyunjin só seguiu aonde o aplicativo mandava, o que nos levou a uma casa de campo um pouco abandonada. Com algumas caixas de armazém, máquinas de agronomia que juntavam ferrugem, mas nenhum sinal de uma mulher chamada Shen.
        Ele estacionou o conversível na entrada dessa casa velha que caía aos pedaços, e olhou preocupado para tudo em volta, antes de tirar a chave do painel

— Erramos o endereço? — eu perguntei

— Não. É exatamente aqui. Mas não tem ninguém

— E agora? Entramos, ou esperamos? — propus as opções

𝙋𝙄𝙉𝙏𝙐𝙍𝘼 • 𝐻𝑦𝑢𝑛𝑗𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora