𝙋𝙄𝙉𝙏𝙐𝙍𝘼 • 𝐻𝑦𝑢𝑛𝑗𝑖𝑛

• capítulo 14 •

➴ 𝐘𝐨𝐮𝐧𝐠-𝐈𝐋 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 ❠

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𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒆𝒙𝒕 𝒎𝒐𝒓𝒏𝒊𝒏𝒈

      Me lembro de vagas coisas que aconteceram depois da terceira taça daquele maldito vinho. Me lembro do Hyunjin me arrastar pra dentro do carro, e depois disso, acho que dormi profundamente.
       Não acordei com o sol do meu rosto, ou vento forte da estrada. O Hyunjin havia fechado o teto do conversível antes mesmo de sairmos daquela área rural. Acordei com dor de cabeça, como se pressionassem o meu crânio contra ele mesmo. Me sentia vazia no estômago, e dentro da cabeça. Não lembrava de quase nada, parecia um sonho, o que eu espero que seja.
      Senti um vento frio e leve contra o meu rosto, que vinha da janela aberta do carro. O Hyunjin dirigia devagar, dando algum tempo a mais para que eu acordasse pela minha própria vontade.
      A primeira coisa que eu vi, era óbvia. O campo de flores amarelas. Me sentia em uma overdose de amarelo. Conseguia sentir e ouvir minha própria respiração, por mais que não quisesse.

— Minha cabeça dói — eu murmurei — Eu bati minha cabeça em algum lugar?

— Bateu. Na porta do carro quando tentou entrar sozinha de manhã. Você se recursou a todo custo a ficar no banco de trás.

      Ele se abaixou um pouco, esticando O braço e pegando alguma coisa no porta luvas. Era uma garrafa de água. Não estava gelada, mas dava pra beber.

— Você não lembra de nada mesmo — ele disse — Isso é triste

— E por que?

      Disse rosqueando a tampa da garrafa, mas ele só soltou um riso anasalado, e balançou a cabeça.

— Desculpa — eu cortei a risada dele — Se eu fiz alguma coisa errada na noite passada.

— Não aconteceu nada. Toma a água e me diz por onde eu tenho que ir.

      Ele ainda não sabia o caminho direto pra casa, por mais que fosse o mesmo caminho de quando viemos. Ele virou cinco vezes na russa erradas, mas chegamos em casa ainda vivos, mesmo que um pouco mais tarde do que o esperado. Ele não disse uma palavra da viagem até aqui, e eu, também não tinha coragem de tocar no assunto.
       Se eu disse algo inapropriado, eu deveria me desculpar por isso, e não beber tanto da próxima vez.

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𝟛 𝒅𝒂𝒚𝒔 𝒍𝒂𝒕𝒆𝒓

       A Soo-Min havia lançado um livro autoral recentemente. Não era o primeiro livro dela. A própria Editora onde ela trabalha ajudou ela a publicar nacionalmente, incomo qualquer trabalho que é feito por si mesmo, ela queria ver o próprio livro nas prateleiras da biblioteca de Busan. Era uma justificativa válida, então assim que ela arranjou um tempo para sair no horário de almoço nós vamos juntas até lá, e buscamos pelo título "A Nova Inglesa".
       Um livro de época em que uma mulher acusada como bruxa foge a todo custo da família real. A criatividade da Soo-Min às vezes me impressionava e ao mesmo tempo, me assustava.

       Assim que ela finalmente viu o livro dela nas estantes da biblioteca, ela ficou satisfeita. Pagou um café para nós duas, e sentamos na mesa mais perto.
       Deveriam haver mais cafeterias dentro de bibliotecas. É o tipo de combinação que me faria viver para vir todos os dias, ainda que a Leelix Café's fosse um lugar especial.