• capítulo 15 •

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➴ 𝐅𝐞𝐥𝐢𝐱 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰 ❠

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𝒕𝒉𝒆 𝒏𝒆𝒙𝒕 𝒎𝒐𝒓𝒏𝒊𝒏𝒈

       Deixei o Hyunjin dormir na minha cama aquela noite, enquanto a mim, dormi no sofá. assim que acordei de manhã, eu estava bem, sem ressaca nenhuma, mas o Hyunjin ainda iria demorar á acordar.
        Como minhas aulas são no período da tarde, eu nunca me preocupo tanto em acordar no horário certo, mas dessa vez, acordei um pouco mais cedo por que a Srta Mi-Hi queria falar comigo pessoalmente, e por graça do destino, na frente da KArts. Tudo isso foi decidido assim que liguei o celular e ver as mensagens que eu não havia vizualizado na noite passada. Era uma resposta do assessor da Srta  Young Mi-Hi dizendo para eu comparecer. Não era uma pergunta. Era um ordem, e assim a fiz.
         Deixei um post-it colado na testa do Hyunjin, assim que ele acordasse, ele iria ler. Era uma aviso de onde as chaves reservas estavam, e sobre o que ele podia pegar na geladeira caso sentisse fome de manhã.
        A razão pela qual eu deveria me encontrar com a Mi-Hi, é pelo fato de que eu ainda não havia mandado as fotografias como ela havia me mandado. Ela me deu o prazo de uma semana, e eu não liguei pra isso. Achei o jeito certo de irritar uma executiva.
       Deixei minha bicicleta no bicicletário da universidade, e fui até a entrada da KArts, onde a Srta. Mi-Hi estava estacionada do outro lado da rua, encostada no próprio carro com os braços cruzados de frente pra mim. Eu que me aproximei e fui até ela, e ela nem se moveu.
        Ela me olhava com raiva, o que eu não me importava tanto quando vinha dela...

— Veio aqui por causa das fotos? — eu questionei com um sorriso

— É claro. Fiquei aqui na frente dessa universidade mais tempo do que eu queria. Eu esperei por você — ela estendeu a mão com celular — Vou te dar meu número pessoal, mas não me incomode se não for sobre as fotografias. Já tem alguma coisa do seu trabalho pra me mostrar pelo menos?

       Me perguntava até onde eu poderia responder sarcasticamente alguém tão “poderosa e rica” como a Mi-Hi, e ela odiava quando eu testava os limites, e por isso eu fazia ainda mais.

— Te dei uma semana pra me mostrar algum indício do seu trabalho — ela disse com um tom impaciente — Para de passar dos limites comigo

— Não paro

— O quê? — ela ficou sem rumo só com duas palavras

— Você veio me ver por que eu passei dos limites, então por que eu pararia? — dessa vez, decidi parar com o sarcasmo — Em relação as fotos, acho que tirei vinte das quarenta e duas que você me pediu. Afinal, por que quer tanto minhas fotografias? Eu ainda sou um estudante.

— A sua fotografia é caótica e inquietante. Gosto disso e acho que merece uma galeria de fotografia. O deputado Kim queria que abrissemos em nome dele, pra apoiar a causa política que ele representa, mas não aceitei. Vou defender a sua arte até o fim, até que eu morra com ela.

— Isso é bem intenso de se falar, mas obrigado por gostar do que eu faço

       Pela primeira vez, eu a vi sorrir. Com sarcasmo, mas ao menos foi um sorriso.
        Me encostei no carro assim como ela, ao lado da Srta Mi-Hi. Tinha tanta coisa que eu não fazia ideia sobre ela, e é isso que me deixava inquieto.

— Qual a sua relação com o deputado Kim? — questionei por interesse

— Já fui agente do filho mais novo dele; e meu pai é o presidente do partido. Ele quer que eu me case com o filho do deputado pra subir a fama das duas famílias.

— Achei que isso acontece nos filmes antigos. Um casamento forçado.

— Tem coisas que ainda permanecem garoto... Meu sonho é que eu possa finalmente fazer as minhas escolhas sem me preocupar com terceiras pessoas. E você, qual o seu sonho?

— Eu não tenho sonho.

— E isso é possível?

— É que eu sou ocupado demais pra sonhar — justifiquei — Talvez eu tenha tido um sonho, mas era um objetivo; queria falar com você de novo, e agora, eu tô.

        Ela soltou uma risada anasalada

— Na sua idade, sonhos e objetivos são bem pequenos.

— Quantos anos você acha que eu tenho?

— Talvez vinte quatro.

— Tenho vinte e um.

       Não era o que ela esperava, talvez pelo fato de que ela seja seis anos mais velha do que eu.

— Vinte e um é uma ótima idade — ela disse com uma voz leve


     Só tinha ao que concordar.

       Nunca achei que ficaria tão contente com a notícia de alguém como essa notícia chegou á mim.
       Se ambas pessoas se casassem por interesse político, é quase certo de que não sejam felizes juntas.

𝙋𝙄𝙉𝙏𝙐𝙍𝘼 • 𝐻𝑦𝑢𝑛𝑗𝑖𝑛Onde histórias criam vida. Descubra agora