03 ─ importance.

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𝐌.

Outro dia e eu estava como o anterior. Praticamente eu estaria pior do que ontem, constatando que logo eu iria arrumar um jeito de enjoar logo a cara do meu marido na gestação. Eu pensava que vida de casada era fácil, mas não é. Tenho que lidar com os nervosismos constantes e os ciúmes, que por mais que eu não demonstre, eu me corroo por dentro. Drew anda me deixando maluca.

Agora a pouco ele saiu de casa sem me dar explicações algum de onde iria, me senti irrelevante ou invisível pra ele, afinal, eu sou sua mulher, não sou?

Tenho certeza de que foi em alguma de suas saídas com seu grupo de um trabalho antigo que está aqui na cidade, eu não o julgo de ir se divertir com seus amigos, mas essa situação fica chata a partir do momento em que ele não da a mínima importância de como eu irei ficar sem a ajuda dele durante o dia. Por mais que seja só um bebê, a minha barriga está enorme e não é tudo que eu consigo fazer, isso me deixa totalmente irritada pelo fato de ficar dependente de alguém ou de precisar justamente dele.

Hoje eu teria consulta com Audrey, então me apressei logo antes que chegasse atrasada, dirigi na velocidade ideal mas logo cheguei ao seu consultório, a tarde se passava rápido quando eu ficava num sofá vegetando.

— Como vai as minhas duas meninas? — Audrey disse com um sorriso no rosto, eu amava os dias de consulta, além de obstetra ela seria a minha psicóloga particular.

— Tenho certeza de que a Mavie vai muito bem.

— Já escolheu o nome?

— Sim, eu e o pai dela resolvemos essa questão duvidosa. — Soltei um riso envergonhado. Pensei nele novamente, que raiva.

— Belo nome, May. Mas me conta o motivo dessa carinha triste e abatida, sabia que os bebês sentem quando a mãe está turbulenta?

— Audrey... problemas no paraíso, acho que se casar não é uma coisa tão fácil ainda mais nessa fase que estamos, acho que Drew se arrepende de ter se prendido logo tão cedo e ter virado pai antes do tempo, ele é um homem bonito e tenho certeza de que queria muito curtir sua vida ainda. — Por mais que as pessoas dissessem que isso era total paranoia minha, eu pensava ao contrário. A gente se envolveu muito rápido e eu sinto uma leve culpa de que Drew ainda queria viver sua vida de garotão e não se prender a um relacionamento pesado.

— Eu queria que você visse o quanto que esse homem é apaixonado por você, te emprestaria meus olhos se fosse possível para você poder enxergar o que se passa pelos olhos dele quando ele te encara, eu nunca vi algo igual. May, se o casamento estiver sendo um problema para os dois, aconselho que se sentem e joguem tudo pra fora, isso vai resolver essa questão problemática dos dois, mas não pensa nisso, Drew é louco por você, ainda mais agora que você carrega uma filha dele.

— Queria que isso entrasse na minha cabeça.

Passamos a tarde inteira falando sobre os cuidados da gravidez e o que eu poderia fazer para a minha anemia não ficar forte, caso isso acontecesse teria problemas de Mavie nascer prematura, e isso seria um problema enorme, até me assustei com o tamanho da sacola de remédios que tive que comprar no caminho de casa. Se eu não me engano teria de tomar uns sete comprimidos por dia, tendo pausas é claro, eu não iria me suicidar por overdose.

— Drew? — Elevo meu tom de voz, tentando achar meu esposo por todo esse apartamento, que foi em vão. Drew não estava em casa, e eu não iria esquentar minha cabeça com isso. Não mesmo.

Mas seria óbvio o meu estresse.

— Zoe e Mavie, péssima escolha de pai que eu fiz pra vocês duas, sinto muito.

[...]

— O que faz acordada uma hora dessas, meu amor? — Me encolhi nas cobertas quando os beijos de Drew atingiram meu pescoço por trás do sofá. Não deixei algo transparecer no meu rosto, me vi estabilizada na mesma posição assistindo algum filme aleatório que eu tinha colocado sem perceber. — May?

— Oi.

— Eu falei com você. — Senti seu peso afundar uma parte ao meu lado do sofá, suas mãos acariciavam minha barriga por baixo das cobertas e tentava se aconchegar junto comigo. Posso parecer louca mas tive vontade de por todos os meus sentimentos pra fora de uma vez por todas. — Por que você está chorando? May!

— Eu não sei Drew, eu não sei. Tudo parece tão confuso pra mim agora.

— Não fala uma coisa dessas, Maylin. Você sabe que eu fico nervoso quando você vem com esse papinho.

— Mas a questão é que não é um papinho, Drew, não mesmo. Eu estou com um bolo na garganta e me sinto um peso todos os dias com você tendo suas saídas constantes, eu não me importo, claro, mas na minha mente isso seria uma válvula de escape para você conseguir voltar a sua vida normal, isso pode ser hormônios ou qualquer coisa, só que eu não consigo esconder tudo pra mim. Segunda noite que você abre essa porta pela madrugada e me deixa o dia inteiro pensativa, eu penso que você se arrepende de ter se casado comigo e ter avançado logo para uma gravidez, isso está acabando comigo.

— Você está ficando maluca. — Acompanho sua pessoa ficar de pé com a mão no queixo, passeando pra lá e pra cá impaciente. — Está ficando patética, Maylin! Eu nunca quis que parecesse que você estava sendo um peso ou algo que eu estaria arrependido de ter ao meu lado. Você tem noção do quanto eu estou feliz com a Mavie vindo para completar nossa família? Se soubesse não estaria enfiando merdas na cabeça.

— Então me diz o motivo de você sair todos os dias pela tarde e só voltar de madrugada, andando com aquela mulher que me odeia mais que tudo e que torce pra que um dia nós dois acabarmos? Tem como eu não enfiar minhocas na cabeça?

— São meus amigos, que eu não vejo a tempos e que vieram pra cidade para programarmos diversão entre nosso grupo, eu te expliquei tudo e você levou numa boa, por que agora 'tá com essa revolta toda?

— E não é pra 'tá?

— Não, porque eu não saio pra ir te por chifres ou fazer alguma besteira, você está ficando maluca, Maylin, maluca!

— Tudo bem, você acha que está certo, está tudo ok!

— Eu não quero ficar assim com voce Maylin, você sabe mais que todo mundo que odeio quando esse tipo de coisa acontece, vamos ficar numa boa e parar com esses surtos de ciúmes. — Recuo do seu abraço e me afasto dele. Drew me encarava convencido de que eu não estava com a mínima vontade de ficar perto dele, e o mínimo que ele teria que fazer é respeitar minha vontade.

— Não é ciúmes, é apenas uma revolta. — Recolhi meus pertences e fui direto ao meu quarto, ele sabia que em uma hora dessas não iria deitar na cama que dividimos, ou ao menos entrar no quarto.

Amanhã seria outro dia, e eu não sabia o que ele tinha preparado pra mim.









first. olha os hormônios da
maylin aparecendo hein.
oii como vocês estão?

second. o que acharam
desse capítulo? me contem aq!

third. seria muito importante você
comentar e votar na história!
amo vocês!

𝐒𝐓𝐀𝐋𝐊𝐄𝐑², 𝘴𝘵𝘢𝘳𝘬𝘦𝘺.Onde histórias criam vida. Descubra agora