Juízo Final. (Livro 3)

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Barão.

Hoje é dia de visita no hospital, uma das médicas ligou pra Haidê e falou que precisava conversar com a família.

Meu pai conseguiu um desenrolo com um mano lá de dentro, pra nós conseguir entrar. Chegando no hospital a minha identificação e do meu pai já tava pronta, e o dinheiro já tava depositado na conta do mano.

São cinco pessoar por visita, então dessa vez veio eu, meu pai, Haidê, tia Tainá e Dafne.

-Barão e Haidê podem entrar primeiro-meu pai falou

Quando eu abri a porta do quarto ela abriu os olhos e deu um sorriso.

-Pensei em vocês agora-ela falou com a voz fraca.

-Foi uma coisa boa ?-Haidê perguntou sorrindo

-Foi uma coisa ótima, sonhei com uma criança-falou

-Ih, eu pretendo me formar primeiro-Haidê brincou.

Ela respirou fundo e segurou na minha mão, puxando a máscara de oxigênio pra baixo.

-Coloca, não precisa tirar-falei com ela

Ela chamou Haidê mais pra perto e uma lágrima escorreu.

-Vocês me perdoaram ?-perguntou-de todo coração ?

-De todo coração-Haidê soluçou, Aurora começou a tossir e eu coloquei a máscara de oxigênio de volta no rosto dela.

O celular de Haidê tocou e ela saiu pra atender.

-Você se tornou um homem incrível, meu filho-me olhou-me desculpa por todas as palavras que eu falei e te machucaram, me desculpa por todas as vezes eu te amaldiçoei com palavras. Infelizmente eu não posso voltar elas pra dentro da boca, mas se eu pudesse eu voltaria.-as lágrimas escorreram do rosto dela-eu queria muito ver você ser pai

-Deus ainda pode agir, ainda pode ter um milagre-falei e ela sorriu-tu acredita ?

-É claro, eu vivo esperando por um-ela falou-eu vivo esperando que Deus cure meu corpo, que me dê um pouco mais de tempo pra viver com vocês. Mas se o milagre não acontecer, não significa que Deus falhou-apertou minha mão-Deus nunca falha meu filho. Se esse milagre não acontecer significa que Deus não curou meu corpo, mas curou minha alma.

Passei a mão no rosto e balancei a cabeça, deixando a lágrima cair.

Olhei pra trás e Haidê estava na porta, chorando. Puxei ela e abracei.

-Minha filha, você sou eu novamente-sorriu pra ela-mas apenas com as coisas boas

-Eu não quero perder você, mãe-Haidê soluçou

-Não é sobre a minha vontade ou a sua, filha. E mesmo se fosse, eu não ia querer, eu quero que seja feita a vontade de Deus, porque ele é o único dono da vida.

Beijei a testa dela e nós saímos da sala. A médica já estava esperando.

-Faltava só vocês-Tia Dafne falou