Capítulo 17

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O enterro de Michel Bradford ocorreu três dias após o corpo ter voltado do Caribe. Isabella ficou o tempo todo ao lado de sua mãe, que continuava muito abalada com a morte do marido. Isabella se sentia anestesiada, como se estivesse num filme vendo o que estava acontecendo com outra pessoa. Ela se sentia como se estivesse em um sonho e que a qualquer momento iria acordar e ver que tudo não era real, que seu pai ainda estava vivo e feliz.

Durante toda a cerimônia não parara de chover, caia uma garoa fininha e constante, que intensificava o aspecto lúgubre da cerimônia. Seu pai não havia sido uma pessoa muito popular, então apenas alguns amigos mais chegados estavam presentes da hora da despedida.

Antes do caixão baixar para a sepultura, Isabella e a mãe se aproximaram e cada uma depositou uma rosa vermelha sobre ele, como a última demonstração de amor por aquele homem que havia sido um marido e pai dedicado.

Antes do caixão baixar para a sepultura, Isabella e a mãe se aproximaram e cada uma depositou uma rosa vermelha sobre ele, como a última demonstração de amor por aquele homem que havia sido um marido e pai dedicado

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Depois da cerimônia Victor levou as duas até a casa dos pais dela e Isabella acompanhou a mãe até o quarto.

- E agora minha filha, o que será de nós sem seu pai? – Júlia perguntou angustiada com a situação de estar sem seu marido depois de estarem juntos por 25 anos.

- Infelizmente teremos que aprender a viver sem a presença dele, a senhora é uma pessoa forte e tenho certeza que conseguirá superar esse momento difícil – Isabella falou consolando a mãe que já estava deitada na cama.

Ela sabia que sua mãe sempre fora muito dependente do marido, por isso, Isabella tentava compensar a ausência dele e a tratava com carinho e procurava demonstrar uma segurança que estava longe de sentir. Também se sentia apreensiva sem a presença do pai, mas procurava disfarça essa angústia na presença dela.

Isabella deu um calmante receitado pelo médico para sua mãe tomar e  ficou com ela até ela adormecer. Depois saiu do quarto e foi até a sala encontrar Victor que estava sentando no sofá esperando por ela. Sabia que ele não era um homem muito paciente e, por isso, estava surpresa pela forma cordata como ele estava agindo nos últimos dias.

Assim que ele a viu, foi até ela e a abraçou com carinho e depois a beijou na testa.

- Como está a sua mãe?

- Finalmente adormeceu - ela comentou com alivio.

- Ótimo, agora podemos ir para casa – ele falou já pegando o casaco que estava sobre uma cadeira.

- Victor, eu gostaria de ficar alguns dias aqui com a minha mãe, ela não está nada bem e minha companhia fará bem a ela – ela pediu esperando compreensão por parte dele.

Ele a encarou por alguns segundos e depois respirou fundo e a sua reação a deixou apreensiva. No final ele falou com alguma resignação.

- Tudo bem Isabella, você pode ficar três dias aqui, mas depois disso quero a minha esposa de volta em casa – ele falou se aproximando dela e a segurando pelos ombros.

Prisioneira Dos Seus DesejosOnde histórias criam vida. Descubra agora