18 de Junho de 1996.
— Neville, ela está certa! Precisamos ajudar Rony! — disse Sarah, ao que Neville parecia disposto a correr atrás de Amber.
— Tudo bem — ele aceitou, hesitante.
Eles correram na direção de Rony e começaram a tentar todos os feitiços possíveis para soltá-lo. Nesse momento, entraram pessoas pela porta e Sarah levantou-se rapidamente com a varinha.
— Estupefaça! — ela gritou.
— Protego! — gritou uma voz familiar.
— Tonks? — ela perguntou.
— Bons instintos.
Sirius, Remus, Moody, Tonks, Kingsley e Marlene entraram na sala. Assim que os membros da Order chegaram, Neville apressou-se para a outra sala.
Moody apressou-se para perto de Rony e lançou alguns feitiços não-verbais, fazendo o cérebro se desgrudar do garoto, que já estava ficando roxo, e colocando-o de volta no tanque.
— Arapneo! — Marlene disse, apontando a varinha para o garoto, enquanto os outros corriam para a outra sala, de onde ouviam-se gritos, tanto masculinos quanto femininos — Vai, Sirius! — ela disse, ao ver o marauder hesitar, mas logo depois ele seguiu os outros.
Ela voltou o olhar para Rony quando ouviu ele engasgando-se.
— Mudei de ideia, eu não gosto mais deles... — resmungou, antes de desmaiar.
— Eles ficarão bem? — perguntou Sarah, levantando-se para ajudar os outros desmaiados.
— É melhor não acordá-los... Deixe-os descansar, agora a batalhe é nossa — murmurou Marlene — Eu nunca mais quero saber de você querendo bancar a heroína.
— É que Harry disse que... — Sarah moveu-se incômoda.
— Não importa, Sarah! Essa guerra não é para vocês — dizia Marlene, enquanto lançava alguns feitiços para curar Ginny.
— Mas é para Harry, não é?
— Eu não aprovo essa decisão de Albus.
As duas entreolharam-se antes de pegarem suas varinhas e irem para a outra sala, ajudar na luta.
***
Harry estava cercado pelos Death Eaters.
— Potter, sal caçada está correndo — disse Malfoy, tirando sua máscara — Agora me dê a profecia como um bom garoto.
— Deixe... Deixe os outros irem e eu te dou a profecia — tentou.
— Você não está em posição para negociar, Potter. Veja, têm dez de nós e somente um de vocês... Ou quer dizer que Dumbledore nunca lhe ensinou a contar?
Nesse momento, um Death Eater caiu desmaiado e outro feitiço vermelho passou raspando por Malfoy.
— Homenum Revelio! — gritou Dolohov, antes de receber um feitiço de desarmamento.
— Confringo! — gritou Bellatrix, apontando para as escadas, fazendo as rochas explodirem e Amber cair para o outro lado.
Nisso, MacNair aproveitou para capturá-la.
— Olhe só o que temos aqui! A garota Potter! — disse Bellatrix, como se o Natal tivesse chegado mais cedo.
Neville também entrou na sala causando uma rápida distração, antes de ser capturado por um Death Eater ainda mascarado. Amber conseguiu lançar McNair para longe, apesar de sua varinha estar a metros de distância.
— Vamos ver o quanto Neville agüenta antes de enlouquecer como seus pais — disse Bellatrix, ao perceber que Amber estava retomando a luta, apontando a varinha para Neville — A não ser que Harry nos dê a profecia. Crucio!
Ao perceber o que ela iria fazer, Amber não pôde evitar correr para ficar na frente de Neville, recebendo toda a carga do feitiço. Ela levantou um Protego mental, mas o feitiço era muito forte, só de mantê-lo em pé já fazia suas pernas ameaçarem ceder.
Bellatrix percebeu isso, porque forçou o feitiço mais ainda, quebrando o feitiço de proteção por completo, deixando-a desprotegida.
— Pare! — gritou Harry, desesperado, enquanto Amber apertava os dentes, se negando a gritar.
— Harry, não dê a profecia! — gritou Amber, quando teve oportunidade, recebendo um tapa de McNair, enquanto Bellatrix virava-se para encarar Harry.
— Isso foi só o começo. Entregue a profecia ou vai assistir a sua irmãzinha — ela disse, mexendo no cabelo de Amber — morrer do pior jeito.
Harry jogou a profecia para cima e Malfoy mergulhou para pega-la. Então, as portas da sala abriram-se revelando a Order of the Phoenix. Harry pegou a profecia de volta e jogou-se por debaixo de uma das mesas, puxando Amber e Neville com ele.
— Desculpe, Harry — murmurou Neville, ao lado deles — Obrigado, Amber.
— Como fez aquilo? — sussurrou Harry, ignorando-o.
— Consigo fazer magia sem varinha. O problema é que agora eles sabem... Ou pelo menos desconfiam.
— Mas não há nada que possam fazer contra isso.
Eles foram engatinhando por debaixo da mesa, evitando os feitiços da batalha.
— Vocês estão bem? — perguntou Harry.
— Sim — responderam.
— Rony?
— Sarah ficou de ajudá-lo — disse Amber — Cuidado!
Ela jogou os dois para trás quando um feitiço passou formando uma cratera onde eles estavam segundos atrás. Eles arrastaram-se para o outro lado quando um braço segurou a perna de Amber, puxando-a, e outro braço apertando a garganta de Harry.
— Me dê a profecia — murmurou um dos homens.
Dois feitiços passaram e derrubaram os dois homens, soltando os dois. Marlene e Sarah correram na direção deles. Amber afastou-se assustada, ao perceber que Moody estava desacordado, com o olho falso fora do lugar.
— Está tudo bem? — perguntou a mais velha, preocupada.
— Na medida do possível — ofegou Amber.
Ele tinha que segurar justo na perna em que ela estava cortada? O corte na bochecha reabriu-se quando o homem arrastou-a pelo chão de pedra e a pele de seus dedos estava ralada pelo esforço de tentar livrar-se.
— Cuidado! — gritou Amber, apontando para as costas de Marlene, que recebeu um Diffindo na região. Ela caiu no chão e Sarah pulou, atacando Dolohov.
— Ninguém mata os tios do meu namorado e ataca a minha mãe pelas costas sem sofrer as conseqüências — gritou ela, furiosa.
— Sarah! — gritou Amber, tentando levantar-se para ajudar, mas Harry a puxou de volta para o chão no momento em que um feitiço verde passava pot cima deles.
Sarah começou a lançar uma série de azarações que o DE mal tinha tempo de se proteger e desviar.
— Ora, sua... — ele preparou-se para lançar o mesmo feitiço que tinha derrubado Hermione, mas Neville jogou-se na sua perna, derrubando-o de cara no chão.
Ele recebeu um chute no nariz, quebrando-o de novo, mas Harry conseguiu posicionar-se e gritou:
— Petrificus Totalus.
Os braços e pernas de Dolohov juntaram-se.
Sirius correu na direção deles:
— Muito bom! — elogiou — Agora eu quero que vocês...
Sirius puxou Sarah para o lado, desviando-a de outro jato verde, fazendo-a ter uma visão da luta de Tonks com Bellatrix.
— Tonks! — gritou, tentando correr em direção a prima, mas Sirius puxou-a com força.
— Eu cuido disso! — gritou — Harry, pegue a profecia, leve-os e corra!
Ele se afastou correndo em direção a Bellatrix. Depois disso eles não conseguiram enxergar mais nada, pois Kingsley apareceu na frente, lutando com outro Death Eater.
— Vamos! — disse Harry, colocando o braço de Neville em seu ombro.
— Eu não posso deixar a minha mãe aqui! Ela pode acabar sendo acertada! — protestou Sarah.
Malfoy apareceu novamente, derrubando Harry e Neville. Harry colocou a profecia dentro do bolso de Neville, sem que Malfoy percebesse. Sarah tentou encontrar uma passagem para correr até Tonks e Amber prendeu seus braços, ao perceber sua intenção.
— Me solta! Eu tenho que... — debateu-se.
— Você não tem que nada!
Marlene acordou e agarrou os braços de Malfoy por trás, tentando arrancar a varinha de suas mãos. Sarah soltou-se do aperto de Amber e correu para as escadas. Marlene empurrou Malfoy e a varinha dele escorregou para o lado. Diante disso, Malfoy aproveitou a oportunidade para derrubá-la também, tentando recuperar sua varinha.
— Impedimenta! Estupore! — eles ouviram a voz de Remus gritar, correndo na direção deles, segurando Sarah pelo braço e estendendo a outra mão para ajudar Marlene a se levantar — Você está bem, Lene?
— Se fosse Sectumsempra, aí sim eu me preocuparia — retrucou, levantando-se e trazendo Sarah para si pelo ombro.
— Leve-os para longe daqui — pediu Remus, antes de voltar para a batalha.
— Vamos! — gritou Marlene, empurrando-os para as ruínas das escadarias de pedra.
Amber mancou até a escada, recuperando a varinha e apontando para as pernas de Neville, fazendo a azaração cessar.
Um feitiço acertou o degrau, fazendo-os caírem no degrau debaixo e a perna de Amber reclamar do peso. Sarah apoiou a garota e Marlene projetou um feitiço protetor enquanto eles subiam os degraus.
Quase no meio das escadas, Neville deu de encontrão com uma pedra pontuda que rasgou o bolso dele, derrubando a profecia escada abaixo, quebrando-a.
— Se essa profecia não quebrasse sozinha, eu mesma teria quebrado — resmungou Sarah, olhando para trás.
— Pelo menos Voldemort não saberá mais sobre a profecia — ofegou Marlene, antes que Neville se desculpasse.
— Não importa mais! Vamos embora daqui, Neville — disse Harry.
— Dumbledore! — exclamou Neville, aliviado, olhando por cima da escadaria alta.
O professor Dumbledore surgiu do topo das escadas, seu rosto branco de fúria e passou rapidamente pelo grupo. Marlene precisou se segurar nas extremidades para não cair, antes de paralisar de pânico ao perceber que Sirius e Bellatrix continuavam lutando, perto demais do Véu da Morte.
Esquecendo-se que deveria levar os meninos para fora da sala, pulou pelas escadas para impedir.
— Vamos lá! Você pode fazer melhor que isso! — gritou Sirius, desafiando Bellatrix.
— Sirius, não! — Marlene gritou desesperada.
Então um segundo jato de luz acertou-o, jogando para trás do véu.
Amber caiu no degrau, visto que Sarah parecia incapaz de continuar apoiando-a. Marlene paralisou, um último grito preso na garganta.
Harry correu para o véu, mas Remus agarrou-o, puxando de volta. Ele murmurou palavras tentando acalmá-lo, quando ele próprio não poderia estar mais nervoso.
Os gritos de Harry não ajudaram Marlene e Sarah a saírem de seu estado de choque. Vendo a melhor amiga e o irmão sofrerem dessa forma partiu o coração de Amber. A culpa era toda dela, deveria ter insistido que não era uma boa ideia irem até lá.
Deveria ter feito mais do que se agachar por debaixo da mesa quando podia praticar magia sem varinha. Ela poderia ter estuporado Bellatrix quando ainda estava na sala dos cérebros...
Kingsley correu para continuar a luta contra Bellatrix, mas logo caiu no chão e Dumbledore foi em sua direção, mas ela correu, indo em direção a saída.
— Harry, não! — gritou Lupin, mas Harry já tinha escapado de suas mãos.
— Ela matou Sirius! — ele gritou em resposta — Ela o matou... E eu vou matá-la!
Esse grito despertou o choque de Amber, que arrastou-se pelos degraus atrás do irmão.
— Harry! — ela gritou, mancando em direção a sala dos cérebros, atrás dele.
Marlene estava mergulhada na dor e no sofrimento,. Seria possível que ela nunca poderia ter uma vida feliz? Seria possível que Bellatrix nunca a deixaria em paz? Esse dia era o pior desde 31 de Outubro de 1981, mas ela não podia entregar-se a dor, ela tinha uma filha para criar, uma filha que estava sofrendo tanto quanto ela.
Marlene virou-se, caminhou desajeitada até onde a filha estava e deixou-se cair um degrau acima dela. Sarah levantou o olhar para observar o rosto da mãe, antes de sentar-se em seu colo e abraçá-la, deixando as lágrimas escorregarem pelo rosto.
***
A adrenalina do momento fez Amber esquecer-se da dor na perna e correr atrás do irmão. Ela soltou uma série de maldições, ao entrar no corredor.
— Eu não tenho tempo para isso agora! — ela gemeu, desesperada — Mostre-me a saída!
Surpreendentemente, uma porta a sua esquerda abriu-se e ela correu até lá, seguindo até os elevadores. Ela pôde ver o elevador onde Harry estava fechar-se e descer até o Átrio. Ela correu para o elevador ao lado e socou o botão diversas vezes, mas ele não subiu. Assim que o outro elevador desceu até o átrio, ela também tentou chamá-lo, mas aparentemente Bellatrix tinha os paralisado para que ninguém seguisse a Harry.
Ela ficou tentando apertar os botões por uns dez minutos até perder a paciência. Provavelmente ficaria um bom tempo na enfermaria pelo uso de magia que ela estava fazendo sem varinha, mas dane-se! Ela tinha que salvar o seu irmão.
Rapidamente, ela apertou as travas de seguranças do elevador.
— Suba! — gritou, descontando toda a sua raiva.
Ela ouviu o barulho semelhante a um protego sendo quebrado e o elevador subiu. Ela tocou a maçaneta, antes de ser puxada para trás.
— Me solte! — ela debateu-se.
— Deixe que eu cuido disso, Amber. Você já fez muito uso de sua magia hoje — disse Dumbledore, olhando-a por trás de seus óculos de meia-lua.
Ela sentiu a adrenalina sendo substituída pela dor e cansaço. Tinha esquecido que ele também podia fazer magia sem varinha.
— Mas... — ela tentou.
— Você nos ajudará muito futuramente, mas hoje deixe que eu resolva isso — pediu Dumbledore, logo virou-se para trás — Remus, leve-a para junto dos outros.
Isso foi a última coisa que ela se lembrou, antes de cair no sono.
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Laços de Guerra - 2ª Temporada
FanfictionO ano é de 1995, mais um ano que Amber Potter e Sarah Black passarão em Hogwarts. Só que, dessa vez, a guerra começou. Voldemort está a solta e o ministério está interferindo em Hogwarts porque não acredita que ele possa ter retornado. Mas a ver...