Capítulo dezoito: Enfim namorados

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Nishinoya

"O dia de hoje estava estranho. Asahi não apareceu pra dar aula, Kageyama e Hinata estavam de bem um com o outro e meus amigos não estavam lá. Tanaka e Shimizu estavam conversando abertamente sobre algo que eu não consigo escutar e Ennoshita tinha sua roda de amigos também."

"De repente tudo fica escuro e quando fica claro de novo, eu estou em um campo de flores. À minha frente está Asahi vestido com um terno branco e os cabelos perfeitamente arrumados. Ele estava lindo. Meu sorriso se abriu ao ver ele sorrindo pra mim e estender sua mão, mas assim que fiz o primeiro movimento, uma mulher passou por mim, usando um vestido de noiva. Ela me olhou e sorriu, caminhando na direção de Asahi, que segurou a mão da loira e a beijou."

"As flores começaram a murchar e o céu ficou escuro novamente. Asahi e Lindsey começaram a se distanciar de mim. Meu braço estendido na direção dos dois conforme eu corria para tentar alcançá-los, mas era inútil. Parecia que eu estava ficando mais lento e a distância só aumentava. Meus joelhos foram ao chão e logo os dois sumiram da minha visão."

"— ASAHI!"

"Gritar era em vão, já que ele não me escutaria. Comecei a chorar compulsivamente até ser consumido completamente pela escuridão."

Acordei no susto, me sentando na cama e vendo onde me encontrava. Era o quarto de Asahi e julgando pela escuridão na janela, ainda estava de noite. Sentia meu coração batendo acelerado no peito e meu rosto molhado. Aquilo foi um pesadelo? Mas parecia ser tão real. Eu sentia o medo me consumir e depois daquele pesadelo eu só queria sentir o calor dos braços de Asahi.

Tateei a cama e percebi que ele não estava ali. Onde ele estaria? Várias coisas passaram pela minha cabeça quando não vi Asahi em nenhum canto daquele cômodo. Comecei a pensar que tudo o que houve ontem foi um sonho ou que foi real, mas Asahi só me iludiu com aquelas palavras. Pensar nessas coisas fez meu coração doer e as lágrimas tomarem conta do meu rosto. Me deitei na cama novamente e agarrei o travesseiro de Asahi, sentindo o cheiro do mesmo e imaginando ele ali. Se isso for outro pesadelo, por favor alguém me acorde!

Escutei o barulho da porta do banheiro, seguido da descarga e me assustei, pensando que fosse alguém que invadiu, já que minha cabeça estava fervendo pra imaginar que seria o próprio dono do quarto, mas assim que virei e vi Asahi ali, eu chorei ainda mais, levantando da cama e correndo na direção do moreno, pulando em seu colo e o abraçando igual um coala.

— N-não me deixa de novo… P-por favor Asahi… N-não vai embora… – Minhas mãos agarravam com força a blusa do maior, que estava sem entender nada, apenas segurando meu corpo para que eu não caísse.

— Calma, Noya. Eu não te deixei e não vou deixar. O que aconteceu?... – Sua voz calma me fazia parar de chorar aos poucos e me acalmar do surto. – Teve um pesadelo? – Apenas balancei a cabeça, sentindo a destra de Azumane subindo por minhas costas e um suspiro escapou de seus lábios. – Shhh… Já tá tudo bem. Eu tô aqui, tá? Já passou. – Senti minhas costas tocarem algo macio e deduzi estar na cama de volta, já que Asahi se deitou ao meu lado e envolveu seus braços em meu corpo. Era disso que eu precisava. – Quer contar como foi?

— Você e Lindsay se casavam… E você estava feliz com ela… – Minha voz rouca pelo choro recente, mas estava prestes a chorar de novo por lembrar da cena horrível. – Me promete que nunca vai me deixar.

— Eu prometo. Eu nunca vou te deixar, Noya. Nunca. – Senti sua mão em meus cabelos, os acariciando e fazendo com que eu me acalmasse.

Eu te amo, Asahi… Amo tanto… Que chega a doer se você me deixar… – Apertei o maior em meus braços.

Sensei e ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora