Capítulo dezesseis: Brigas

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Asahi

— Bom dia alunos. Me chamo Azumane Asahi e a partir de hoje vou ser  o professor de vocês. Não tolero desobediência e espero que vocês sejam compreensíveis quanto à minha disciplina a ser imposta durante as aulas.

— Sensei. – Um rapaz baixo, provavelmente o mais baixo da turma, levantou a mão e percebi leve rubor em sua face. – O outro professor estava nos explicando como funcionam os movimentos corretos na hora de se exercitar.

— Ah, claro. Desculpe rapaz, qual seu nome?

— Nishinoya Yuu.

— Noya-san. Me permite te chamar assim? – Novamente o rubor tomou conta de seu rosto e um leve aceno em confirmação, me dando permissão para continuar. – Certo. Venha aqui, Noya. – O menor veio até mim e ficou em minha frente. – Estenda seu braço. Isso. Agora estique ele na altura de seu ombro e com a outra mão, pressione o braço, deixando cinco centímetros de distância do ombro. Perfeito, agora coloque pressão em sua mão e estique o máximo que conseguir. – Dei um sorriso ao ver como o baixinho executava perfeitamente o movimento e o restante dos alunos repetindo o movimento. – Troquem de braço agora. Muito bem. Pelo visto vocês vão ser a melhor sala que eu vou ter o prazer de dar aula. Agora vamos ao próximo movimento.

Eu nunca me esqueço do meu primeiro dia de aula na universidade onde Nishinoya estuda e com a sala dele. Ele é um ótimo aluno e sempre faz o possível para ser, o que me deixa impressionado, visto que ele quer seguir carreira de jogador de vôlei. Já tive uma conversa com ele uma vez sobre esse assunto. Nishinoya sonha em ser jogador de vôlei na MSBY, o mesmo time que Hinata quer ir e eu tenho certeza que eles vão ser ótimos jogando juntos. Já Kageyama quer jogar em um outro time profissional que agora eu não sei recordo o nome, mas que é praticamente rival ao de Hinata e Nishinoya. Não entendi ao certo essa decisão do Kageyama, já que ele e Hinata passaram anos jogando juntos, mas tenho certeza que ele vai ser um ótimo jogador também.

Eu venho nutrindo sentimentos pelo Noya já tem um tempo, basicamente desde quando eu o vi pela primeira vez e céus, tudo nele me deixa completamente fora de órbita. Seu sorriso destemido e radiante, seu olhar de determinação e concentração, que ele usa quando está caçando a bola pela quadra, afim de pegá-la quando chegasse nele; o modo como sua camiseta levanta quando ele faz um levantamento de dentro da linha de fundo, quando passa os dedos pelos cabelos molhados depois de uma aula e quando ele tira a camisa, deixando aquele corpo atraente à mostra; a barriga lisinha mostrando sua pele branca e a magreza, seu peito levemente aparente, com seus mamilos rosados e que às  vezes ficavam durinhos quando batia vento dentro da quadra.

Nishinoya era sexy sem ser vulgar e isso me chamava atenção, me deixando completamente louco por ele.

— Bom dia sensei. – Escutei uma voz enquanto escrevia no diário da turma.

— Bom dia. – Levantei meu olhar vendo que era Tanaka e Ennoshita, este que estava levemente corado por ter a mão do careca segurando a sua. Aquilo me fez sorrir, lembrando que eles haviam se acertado na festa de Oikawa. Falando nele…

— Bom dia, sensei! Bom dia carequinha! Bom dia Ennoshita-san!

— Oe! Pare de fazer barulho Shittykawa! Você é irritante!  – Iwaizumi gritou, dando um tapa na cabeça do maior.

– Itte Iwa-chan! – Esfregou o local onde Hajime havia acertado e fingiu cara de choro. – Pensei que você me amasse…

— Cala a boca Trashkawa.

— Hey hey hey! Olha só se não são nossos adversários mais queridos! – Bokuto entrou na quadra, seguido de Akaashi e o resto do time.

— Obrigado por aceitar o amistoso, Bokuto-san. Essa é a única sala que gosta desse tipo de aula e eu fico feliz em poder ajudar eles.

Sensei e ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora