Capítulo dezessete: Confissões

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Nishinoya

O mundo conspira contra mim, não é possível! Eu estava decidido a esclarecer as coisas e talvez me resolver de uma vez com Asahi, mas com certeza tinha que aparecer alguém! Porque claro que estamos falando de uma fanfic, onde o casal principal tende a ficar junto no final, mas várias coisas o atrapalham no caminho. E agora eu estou querendo arrancar fio por fio de cabelo dessa loira oxigenada que chamou o MEU Asahi de "honey"

— Desculpa, mas estamos fechados. Só abrimos amanhã. – Já mandei direto pra abrir o olho daquela loira e sair de cima do meu sensei.

— Com licença, quem é você criança? – Mas olha só que atrevida!

— Lindsey, esse é Nishinoya Yuu, meu funcionário. O que faz aqui? Meus pais já não te mandaram o horário de funcionamento do café? 

— Own honey, é que eu fiquei com saudades e quis te ver. – Se aproximou de Asahi para o abraçar. Mas nem morto que eu vou deixar aqueles peitos falsos e cheios de silicone encostarem no meu precioso Asahi!

— Com licença! – Me enfiei entre os dois antes que ela pudesse encostar nele. – Quem você pensa que é pra chegar assim, agarrando o homem dos outros? Sua mãe não te deu educação não? – Com certeza Asahi está sorrindo agora.

— Oi?! Querido, Asahi é meu noivo. É você quem tem que ter educação! 

— O-o que?

— Lindsey, eu já disse aos meus pais sobre isso. Eu não vou me casar com você. Eles sabem que mulheres não são à minha praia. – Cruzei meus braços, olhando a loira enquanto sorria. Ela parecia estar furiosa.

— Mas vão ser. – Ouvi uma voz atrás de nós e quando nos viramos, duas figuras vestidas socialmente entraram no café. – Asahi, nós já conversamos sobre isso com os pais de Lindsey. O casamento de vocês vai ser ótimo para a empresa. 

— Mãe, por favor! Você sabe que eu sou contra isso! Por que me obriga?! 

— Asahi, você sabe que eu sempre fui contra você trabalhar nessa espelunca e dar aulas naquela faculdade. Pelo amor de Deus, Asahi! Olha sua família!

— Eu nunca gostei dessa vida! Você sabe que eu sempre amei o esporte e principalmente o vôlei, por isso decidi seguir carreira de professor! 

Eu não estava acreditando naquilo. Asahi era de família rica? Mas ele se veste tão… Comum. O que diabos está acontecendo aqui afinal?!

— Eu não vou! 

— Não é uma escolha sua, Asahi! É para o bem da empresa e da nossa família!

— Mas devia ser! – Resolvi me impor, defendendo Asahi daquela maluquice. – Vocês são os pais dele! Deviam se importar com a felicidade dele!

— Noya-san…

— Ele já se assumiu homossexual pra vocês, então porque querem o prender à uma mulher?! Já pensaram em como ele vai se sentir? – Meu coração estava à mil e meu sangue fervia. A adrenalina correndo por minhas veias por estar afrontando pessoas importantes como os pais de Asahi.

— Quem é você, garoto? 

— Nishinoya Yuu. – Cruzei os braços em frente ao peito, encarando as duas figuras à minha frente. – Funcionário do café e aluno de Asahi no terceiro período de Educação Física. O melhor aluno da sala, por sinal. Além de ser… – Cortei minha fala, pensando realmente se dizia a palavra "namorado", já que nunca assumimos nada e só nos pegamos duas vezes. 

— Meu namorado. – Asahi respondeu por mim, me deixando embasbacado. 

— O quê? – Se antes meu coração batia a mil, agora só faltava ele sair pela minha boca. Senti sua mão segurando a minha e entrelaçando os dedos.

Sensei e ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora