Capítulo vinte e nove: Não morra...

59 5 1
                                    

Nishinoya havia perdido todos os seus sentidos com aquela droga em seu organismo. Não sabia onde estava ou o que estava fazendo, só imaginava que aquele homem em sua frente era Asahi. Ah, pobre Nishinoya. Mal sabia ele que estava traindo seu namorado nesse exato instante, mas não vamos culpá-lo ou julgá-lo, afinal ele estava sob efeito de drogas. Foram dias, talvez até semanas tendo aquele líquido injetado em seu organismo.

Acordava sempre com uma forte dor de cabeça, seu corpo fraco sem conseguir mover um músculo, o estômago embrulhado com uma vontade imensa de vomitar e de chorar. Sempre lembrava de tudo e sentia um peso enorme com isso. Por mais que ele tentasse sempre que estava sob o efeito da droga, não conseguia ter consciência suficiente para poder parar. Toda a vez via Asahi ali e achava que tudo ia ficar bem, mas não ia. Sempre que acordasse lembraria do que aconteceu.

— Não, por favor… Já chega… Eu não aguento mais… Meu corpo não tem mais forças para lidar com tanta substância. – O menor suplicava à loira enquanto chorava, não pedindo por piedade, mas sim porque estava desesperado. – O que mais você quer de mim?...

— O que eu quero? – Lindsay riu alto, assustando o pobre líbero. – Eu quero que você morra. – E furou o braço do garoto, injetando o líquido.

— Não! Chega! – Gritou desesperado, se debatendo, mas dessa vez ele estava preso pelas mãos e pés.

— Fica quieto! Ninguém vai te salvar, viadinho de merda! Você vai morrer aqui. Eu vou injetar tantas vezes essa droga no seu organismo que não vai conseguir mais viver sem ela.

— Você… É louca… – Nishinoya já começava a perder os sentidos novamente.

— É, talvez eu seja. Hoje você vai ter uma surpresinha. Imagine que seu amado Asahi-sensei é uma mulher. Bye bye.

"Eu não aguento mais isso…"

— Foi a Lindsay, eu tenho absoluta certeza! – Asahi gritou depois de terminar uma ligação.

— Mas não foi você quem disse que não podia ser a Lindsay? – Sugawara se esticou no sofá, deitando no colo do noivo.

— Ela não me atende nunca Suga! Ela sempre me atendia. Foi ela! Eu tenho certeza. Eu vou matar essa mulher. – Asahi estava realmente furioso por Lindsay ter sequestrado seu futuro marido. – E eu acho que eu sei onde ela escondeu ele. Eu vou pra casa dela.

— Asahi, espera!

— Esperar o quê, Suga?! Já faz quase um mês que Nishinoya está sumido! Eu não aguento mais viver sem ele! Eu sinto que posso morrer também se ele morrer… – Daichi respirou fundo, parando de acariciar os cabelos do parceiro.

— Asahi…

— Vocês não sabem o que eu tô passando porque vocês têm um ao outro! Todo o dia quando eu acordo, eu não vejo Nishinoya do meu lado, não vejo ele na faculdade, não vejo ele no café, em lugar nenhum! – As lágrimas dos olhos de Asahi já escorriam livremente por seu rosto. Tamanha era sua tristeza e medo de perder seu pequeno líbero. – Tem dias que eu nem consigo dormir!

— Asahi-san… – Sugawara murmurou com a mão na boca, evitando chorar. Nunca viu Asahi chorar uma vez na vida, mas o medo fez com que o maior liberasse todas aquelas lágrimas. Asahi realmente amava Nishinoya.

— Eu vou atrás do amor da minha vida! Vocês podem ficar aí aproveitando a companhia um do outro. – Azumane pegou sua jaqueta e saiu correndo pra fora da casa de Sawamura e Sugawara, à procura de seu carro.

Enquanto isso Nishinoya vivia um pesadelo nas mãos daquela mulher. Ele via Asahi, mas não conseguia pensá-lo como uma mulher, o que deixava sua imagem distorcida e embaçada. Ele estava perdendo sua consciência por completo. A quantidade de drogas injetadas em seu corpo estava mexendo consigo e não conseguia mais ficar com os olhos abertos.

Sensei e ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora