Sensei e Chefe

Capítulo vinte e sete: Casa comigo?

Já haviam se passado alguns meses desde aquela notícia, Hinata, Kageyama e Nishinoya já haviam voltado dos testes e trouxeram a notícia de que eles foram aprovados nos testes. Iriam começar a jogar nos times no próximo ano. Ficamos surpresos com a notícia do namoro de Kageyama e Hinata, mas demos graças a deus e ficamos felizes, já que nós não aguentávamos mais essa briga de cão e gato dos dois. Eu e Daichi já iríamos completar dois anos de namoro e eu estava feliz. Muito feliz. Minha barriga já estava ficando grandinha e Daichi demonstrava ser um papai bobão mesmo com a criança ainda no meu ventre.

- Amor, anda logo ou vamos nos atrasar! - Gritei enquanto arrumava a gravata em meu pescoço.

O casamento de Akinori era hoje e eu estava nervoso. Poderia encontrar qualquer pessoa que tivesse abusado de mim no colegial ou até mesmo me abalar ao ver Konoha se casando, mas isso não faria sentido já que eu estava até esperando um filho de Daichi. Lembrar disso fazia um sorriso brotar em meu rosto. Tanta coisa aconteceu comigo e conhecer Daichi, definitivamente foi a melhor delas.

- Você está lindo. - Daichi me abraçou por trás e beijou minha bochecha. Me olhei no espelho mais uma vez e toquei minha barriga, que tinha um pequeno volume, tendo as mãos do maior sobre as minhas. - O que foi?

- Nervoso. Não esperava encontrar ele ou qualquer outra pessoa do tempo do colegial. - Mordi meu lábio inferior, tentando não demonstrar o quão nervoso eu estava.

- Ei Suga. Olha pra mim. - Levantou meu rosto, o fazendo olhar seu reflexo no espelho. - Vai ficar tudo bem, tá? Aquilo já passou. Você não precisa mais ficar assim sempre que vê-los. Não esqueça que eu estou aqui com você, tá? - Inclinou seu pescoço, dando um beijo em minha bochecha.

- O que seria de mim... Não. O que seria de nós sem você? - Dei um sorriso, acariciando minha barriga. - Eu te amo Daichi.

- Eu também amo você, neném. Agora vamos logo. - Daichi se afastou, pegando o paletó vermelho que estava na cama e passando pelos meus braços, abotoando em seguida.

Como minha barriga já estava um pouco grandinha, tive que comprar um número maior de paletó do que o meu, já que não iria fechar. Não ficava tão grande então não me incomodava. Daichi buscou as chaves do carro sobre a mesa de centro da sala e sua carteira enquanto eu abria a porta e seguia para o carro, esperando ele trancar a casa.

...

Eu achei que aquela festa de casamento iria ser um inferno pra mim, já que basicamente todos que estavam lá iriam tentar abusar de mim de novo, mas foi o contrário. Os que me reconheceram pediram desculpas e até me parabenizaram pela gravidez. Daichi ficou desconfortável quando algumas mulheres ficaram se engraçando em cima dele e eu fiz questão de mostrar que ele tinha dono. Das que estavam perto dele, três demonstraram nojo e saíram de perto e outra se desculpou pelas amigas e nos parabenizou pelo aumento na família.

- Mas então, Suga-san. Quando pretendem casar? - Essa pergunta que Akinori fez deixou Daichi curiosamente desconfortável.

- Ah, bem... Nós não pensamos nisso ainda. Sabe, faz só dois anos que nós namoramos. - Tentei desviar do assunto já que Daichi parecia realmente querer parar com aquela conversa.

- Mas vocês já têm um filho. Quer dizer, vão ter. Já é um motivo pra vocês casarem. - Ri de nervoso. Por que ele ainda continua com aquilo?

Não é que eu estava desconfortável, mas sim que eu ficava triste sempre entravamos nesse assunto, afinal eu queria sim casar com Daichi. Porra, nós passamos a morar juntos, nos amamos muito e ainda vamos ter um filho, com certeza era um motivo plausível para casarmos. Mas eu não queria pedir. Estava com medo que Daichi não aceitasse, visto que eu nem sabia se, pra ele, esse tempo que passamos era suficiente para um noivado.