Keanu Davies é professor de uma renomada Universidade chamada Saint Andrews.
Sua vida era de certa forma perfeita, tinha uma linda esposa chamada Marie.
Ela possuía uma característica única e inconfundível, seus olhos, um castanho escuro tão intens...
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E finalmente o dia se encerra em Saint Andrews, estou exausto e desejando um bom descanso, pelo menos o que minha mente perturbada permitisse.
Caminhava até o carro quando meu celular tocou:
— Keanu Davies. — Falei sem um pingo de emoção na voz.
— Keanu, é a Katy, como está?— Katy, minha cunhada, para ela estar ligando com certeza deve ser algum efeito de família.
— Bem, estou saindo da universidade. — Seguro o aparelho celular com o ombro e o rosto enquanto abro a porta do carro.
— Oh, vou ser breve. Neste final de semana meus pais vão fazer um jantar em nossa casa e eles adoram a sua presença.
Respiro fundo.
Eles eram os pais de Marie, eles a amavam tanto quanto eu e me viam como um filho, por mais que eu andasse anos um pouco antissocial, devia a eles um pouco de atenção, mais do que tenho dado nos últimos tempos.
— Claro, podem contar comigo. O que preciso levar? — Pergunto por cortesia.
— Aquele espumante que você levou da ultima vez seria maravilhoso! — Eu sabia de qual ela estava falando, era o favorito de Marie e meu também.
— Tudo bem, Katy. Estarei lá. — Com essas palavras encerramos a chamada.
Já estava girando a chave na ignição quando Mason bateu na janela. Suspiro com ódio e abaixo o vidro.
— O que você quer, Mason? — Pergunto, tentando esconder a irritação em minha voz.
— Vamos lá! É hora do happy hour! Descobrimos um restaurante novo.
A empolgação do Mason é irritante, tudo nele é irritante. Sabendo que ele não iria me deixar paz, eu cedi. Pensando apenas na comida.
Esperei até que Mason saísse do estacionamento para eu o seguir.
O lugar estava lotado, aparentemente era a inauguração do nosso restaurante 'barra' bar. O som alto de conversas era extremamente irritante, nem havia ficado no estabelecimento dois minutos e já estou louco para ir embora.
Segui Mason e o resto do pessoal até uma mesa enorme. Os festeiros de St.Andrews já haviam reservado aquele local. Me sento na primeira cadeira que vejo e Margareth se senta ao meu lado, a olho não acreditando na ousadia. Ela sorri.
Por mais que não estivesse interessado, era impossível negar que Margareth não possuía sua beleza. Margareth era loira dos olhos verdes, um corpo bem elaborado, tinha uma tatuagem no braço, ainda não sabia o que era, nunca reparei tanto. Mas tinha um problema... Ela não era a Marie.
— Como foi o retorno, Keanu? —Margareth perguntou, colocando a mão em minha mão, eu afastei seu toque pegando o copo com água.
— Foi produtivo. E o seu? — Pergunto dessa vez quase interessado na resposta.
— Estressante! Todos não ficavam quietos. Parecia que eu estava dando aula para uma turma do ensino médio de novo! — Não deixei de sorrir notando a alteração em sua voz, com certeza lembrando o que passou em sala de aula. — Você deveria sorrir mais, Keanu.
E foi então que o sorriso desapareceu. Voltei para a minha expressão séria, observando as conversas fluírem ao meu redor.
Já estamos a algum tempo nesse bar/restaurante, todos alterados, inclusive eu, não tanto quanto Mason, mas o suficiente para perguntar a Margareth o significado de sua tatuagem.
— Oh, não é nada. É apenas uma tribal, fiz enquanto estava bêbada na faculdade. Uma loucura de festa na verdade. — Ela sorriu com a lembrança e eu virei mais um copo.
A noite se aproximava do fim, todos nós saímos para fora. Fazia frio, muito frio. Ao olhar para o lado, noto uma garota esperando no ponto de ônibus, vestindo um uniforme de garçonete. Algo nela me chamou a atenção, eu não sei o que é. Ignoro o sentimento e voltei a atenção para o carro em minha frente. Era hora de finalmente ir pra casa.
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