Keanu Davies é professor de uma renomada Universidade chamada Saint Andrews.
Sua vida era de certa forma perfeita, tinha uma linda esposa chamada Marie.
Ela possuía uma característica única e inconfundível, seus olhos, um castanho escuro tão intens...
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Estamos em frente ao apartamento de Zoey. Estou tão cansado, mas não quero me despedir.
Não quero ir embora.
— Obrigada por ter ficado comigo no hospital, eu prometo que vou pagar tudo assim que puder. — Zoey passou todo o trajeto afirmando que aquilo está sendo apenas um empréstimo.
Reviro os olhos mais uma vez.
— Já disse que não é necessário. — Repito pela milésima vez.
— Para mim é! Entenda o meu lado, Keanu. — A entonação de sua voz entrega o cansaço pela discussão
— Tudo bem. Vamos pensar em um jeito de devolver o "favor". Algo que não envolva dinheiro.
— De acordo! Eu sei que está cansado, mas quer entrar? — Zoey oferece, suas mãos apontam para atrás, em direção a porta.
— Será um prazer, senhorita Lancaster. — Sorrio e faço uma pequena reverência a garota em minha frente. Zoey sorri, envergonhada. Ela pega as chaves do bolso da mochila, observando-a, noto um fato importante: Onde está a minha mala? Pego meu celular no bolso de trás da calça e um apito não reconfortante se dá quando eu aperto em ligar a tela. Sem bateria.
No meio da confusão para resgatar Zoey, devo ter deixado minha mala no aeroporto. A chave da minha casa está naquela mala! Meus documentos... Inferno!
— Não querendo ser um incômodo, mas você pode me emprestar o seu carregador? O meu celular morreu... — Pergunto a Zoey, assim que adentramos em seu apartamento.
— Claro, me dê seu celular. — Entrego o aparelho em suas mãos e enquanto a garota se afasta, eu fico admirando o seu pequeno espaço. O ambiente em que estamos é dividido em duas partes, de um lado é uma sala, com um sofá de três lugares, um rack para TV de cor vermelho vivo, o qual eu acho muito diferente para um rack. Na sala, há também uma pequena mesa de centro onde está repousando alguns livros. A direita, consigo observar uma cama feita de paletes de madeira e uma estande de livros se encaixa adequadamente ao seu redor, vários livros completam a decoração do quarto. Ao lado da cama, há um pequeno guarda roupa. Mais a frente, uma cozinha pequena, apenas com os itens necessários para seu funcionamento: como fogão, geladeira e uma pia. Uma bancada em mármore escuro faz a divisão entre a sala e a cozinha, noto as cadeiras também em cores vermelhas, deduzo que seja nessa bancada em que Zoey faz as suas refeições. Olhando a esquerda há uma porta branca, imagino que seja o banheiro.
— Vou tomar banho, tirar esse cheiro de hospital do meu corpo. — Diz a garota ao retornar. — Fique a vontade.
— Gosto do seu apartamento. — Elogio. — Nunca tinha visto uma cama destas, é muito bonita.
— Obrigada. Eu sempre gostei dessas coisas minimalistas. — Ela agradece e caminha até o guarda roupa. Seguindo -a, me aproximo um pouco mais da sua cama e da estante, Zoey possui uma infinidade de livros de diversos gêneros e autores.
— Você tem um bom gosto para livros. — Falo, passando meus dedos por alguns títulos. — Maravilhoso!
— É o que mais gosto de fazer, depois de assistir filmes. — A garota responde, noto que em seus ombros repousa uma toalha de cor azul. — Fique a vontade, eu não demoro.
— Sem pressa, é o seu momento. — Respondo sorrindo e a vejo se afastar, indo até a porta branca.
Após alguns minutos, Zoey está de volta, usando roupas confortáveis e com os cabelos molhados.
— Desculpa a demora. — A garota diz, se sentando no sofá ao meu lado.
— Não demorou nada. — A tranquilizo. — Você disse que gosta de filmes. Tem algum gênero favorito? — Pergunto, encarando a televisão desligada.
— Qualquer um, não tenho predileção. — Sua resposta é vaga e eu arqueio as minhas sobrancelhas. Isso é difícil de acreditar. — O que você acha de vermos alguns filmes? Minha coleção de DVD é enorme! — Sugere Zoey. Ela se levanta e caminha para frente do rack vermelho, abre uma gaveta e a quantidade de filmes que vejo me deixa atordoado. O gênero predominante ali é terror. Deixo escapar uma risada baixa e aproveito a oportunidade para provoca-la.
— Não tem nenhum gênero preferido, hum? — Pergunto, debochando da garota.
— Culpada! — Zoey exclama. — Mas dessa vez, eu quero ver algum filme de comédia. Acho que estamos precisando rir um pouco, não concorda?
— Sim, você tem toda razão. — Respondo baixo olhando em seus olhos.
Estar aqui parece um sonho, Zoey está deitada em meu peito e isso parece coisa de outro mundo. O cheiro de seu condicionador é muito bom, não me importo que seu cabelo esteja molhando toda a minha camiseta. Eu estou com o mundo em meus braços. Confesso não estar prestando atenção ao filme e toda vez que Zoey comenta sobre alguma cena em específico, eu apenas concordo e sorrio.
Eu estou em outra órbita.
Viajando ao som da sua risada, no formigamento que o toque de sua mão causa em meu peito.
A tarde toda foi repleta de sentimentos leves, risadas e carícias, até cozinhamos juntos. Estamos agora deitados sobre sua cama, conversando sobre o universo. Zoey possui muitas teorias.
— A gente não pode acreditar que realmente exista só nós nesse grande sistema solar. Estive lendo, existem alguns plantas que poderiam ser habitáveis.
Zoey é uma garota bastante falante e eu gosto disso. Eu me sinto leve e despreocupado ao seu lado.
Levo minha mão até a sua, entrelaçando os nossos dedos.
— Você é incrível, Zoey. — Falo. Os seus olhos estão nos meus. Estamos tão perto que é possível sentir sua respiração ficar acelerada. Sua boca é tão rosada e atraente, seus lábios constantemente me convidam para beija-los.
Posiciono a minha mão livre em seu rosto e como uma gatinha carinhosa, a minha garota repousa a cabeça em minha mão, se entregando ao toque suave dos meus dedos em seu delicado rosto. Fico ali, acariciando-a, seus olhos estão fixos em mim e em seus lábios há um sorriso sereno.
Quero guardar esse momento para sempre em minhas memórias.
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