♡ Capítulo 54: "Eu odeio quando ela me dá selinhos."

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Mal acordo e a dor que vem do meu olho esquerdo me atinge com força, eu consigo abri-lo o que é um bom sinal e minha visão também está normalizada

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Mal acordo e a dor que vem do meu olho esquerdo me atinge com força, eu consigo abri-lo o que é um bom sinal e minha visão também está normalizada.

Ainda sonolento, me levanto em direção ao banheiro e vou direto para o espelho. Ao redor do olho que Matthew socou, há nuances de verde com roxo e está muito ruim, mas não tenho escapatória é assim que vou me apresentar ao alunos hoje.

Devidamente vestido e na cozinha,  encaro a cafeteira preparar o meu café. Estou ansioso por um café forte e quente, isso é um vício do qual não quero me livrar.

Essas são as primeiras horas do dia e minha mente já está com um turbilhão de pensamentos ao mesmo tempo.

Eu penso em como será a sessão de hoje e algo me diz que será a mais difícil de lidar até o momento e isso piora tudo. Também tem a questão do Matthew, ainda estou muito irritado com o fato dele ter me socado. 

A responsabilidade de encarar uma sala de aula cheia de alunos, também está me enlouquecendo. Eu não me importo em aparecer assim na sala dos professores, eu sei lidar com o olhar intrigado de Margareth, sem contar também as piadas e as graçinhas de Mason. Mas, eu sou um professor que sempre pregou a moral, aceito o fato de que perdi um pouco dela no dia em que beijei a Zoey, mas isso é um segredo meu e eventualmente dela. O que os alunos irão pensar se eu aparecer com um olho roxo?

É isso que me preocupa.

Todo o respeito que lutei tanto para conquistar entre esses jovens, será dissipado, tudo isso por culpa do estúpido do meu irmão mais novo.

O sabor do café é amargo, assim como meu humor. Apanho as chaves no mesmo lugar de sempre e caminho para fora de casa, indo em direção ao carro. A chuva e o ar gelado da noite passada fizeram com que o para-brisa do carro ficasse embaçado, os respingos de chuva ainda estão presentes na lataria preta, o puxador da porta do carro está congelado.

Um arrepio percorre a minha espinha.

Ao adentrar o automóvel, giro a chave e em seguida aciono o ar condicionado, mudo para o ar quente e o deixo invadir todo o carro, desembaçando o para-brisa.

Agora posso seguir o meu destino.

Mais um dia está prestes a começar em Saint Andrews.

— Eu preciso urgentemente consertar o meu aquecedor. Minha casa parece uma caverna de tão fria. — Sou capaz de ouvir a voz queixosa de Margareth assim que coloco meus pés para dentro da sala dos professores. A loira têm sérios problemas com aquecedores.

— Durma comigo e não passará mais frio, Marg. — A voz galanteadora de Mason me faz revirar os olhos.

— Você nunca aprende, não é Mason? — Provoco-o, ao passar pela porta.

— Eu não posso deixar uma oportunidade boa como essa passar. — Mason me responde, piscando.

— Obrigada, Mason, pela sua gentileza. Mas, eu não estou interessada. — Marg se levanta até a máquina de leite. — Aliás... — A loira para o que ia dizer assim que seus olhos verdes se encontram nos meus. — Keanu, o que houve com seu rosto?

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