Keanu Davies é professor de uma renomada Universidade chamada Saint Andrews.
Sua vida era de certa forma perfeita, tinha uma linda esposa chamada Marie.
Ela possuía uma característica única e inconfundível, seus olhos, um castanho escuro tão intens...
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Estou perdido. Sonhei que possuía Marie em meus braços de novo. No meu sonho erámos apenas um corpo, assim como na nossa lua de mel, quando nos derretemos em prazer, enquanto a fazia minha. Sonhei que tocava cada parte do seu corpo, beijava cada curva, sentia o cheiro inebriante do seu perfume, havia um porém, ao olhar para seu rosto, não era minha Marie, era Zoey. Era Zoey quem estava abaixo de mim.
Fodido é a palavra para me definir. Eu sonhei que possuía uma aluna. O quão errado isso é? Ela é maior de idade mas é minha aluna! Está fora de cogitação imaginar ela dessa maneira, tão, tão... Tão quente com meu toque, tão submissa.
Depois desse sonho preciso de um banho gelado para afastar esses pensamentos absurdos. Não adiantou. Enquanto descia para tomar café, a lembrança dos seus lábios inchados de tanto beijá-los surgiu em minha mente. Está impossível desviar desses pensamentos.
Estou me sentindo um traidor. Sinto que trai minha honra e pior ainda, me sinto traindo a memória de Marie.
Tomo o café preto com calma dessa vez. Sem pressa. Estou dentro do horário e talvez não me importaria de não comparecer hoje. Não estou me sentindo uma boa pessoa, sinto que hoje não conseguiria ensinar nada a ninguém, porém, a aula programada pra hoje está incrível e eu preciso desse emprego. Suspiro pesadamente, apanho minhas chaves e sigo meu caminho para a St.Andrews.
Chegando na universidade, passo reto pela sala dos professores, na verdade quero arrumar a minha sala sem pressa. Eu preparei o reprodutor de vídeo para mostrar aos alunos os vídeos no qual Hitler utilizava para manipular as massas durante seu regime autoritário.
Deixo tudo pronto antes do horário das aulas começarem, então porque não passar um pouco na sala dos professores para encontrar o babaca do Mason. De qual maneira ele poderia encher meu saco hoje?
Caminhando pra lá, encontro Zoey no corredor. Ela estava usando o uniforme da universidade. Eles eram tão antiquados que todos tinham que seguir um padrão de vestimenta. Zoey usava uma saia de cor magenta, um blazer da mesma cor, a blusa social branca, trazendo o brasão da St.Andrews no peito.
A garota estava conversando com um aluno, que eu não fazia ideia do nome. Ela sorria para ele, ambos estavam bem perto. Perto o bastante para notar o quanto ele flertava com ela e Zoey permitia.
Eu não consigo parar de encarar essa situação, ela está me incomodando bastante, apenas quero tirá-la de lá.
— Zoey é tão querida, não é? — Mason havia chegado e encostado em meu ombro.
— Sim, é, mas é errado, fora dos padrões permitidos. Alguém precisa avisar que 'namorinhos' nas pendências da universidade é proibido. — Digo com o maxilar trincado.
— Se eu não te conhecesse profissionalmente, diria que está com ciúmes. — Disse Mason, zoando e me deixando impaciente.
—Faça-me o favor, Mason! Nunca olharia para uma aluna dessa forma. — Ele não poderia saber dos meus sonhos, poderia? Claro que não. Fiz a minha melhor cara de profissional.
— Por isso eu disse "se não te conhecesse." Eu vou falar com eles.
Fiquei observando de longe Mason caminhando em direção aos dois, pude ver os olhares de assustados de Zoey e do garoto, enquanto ele tentava se explicar para Mason, dizendo que não estavam fazendo nada demais, a menina mulher saia de fininho vindo em direção a mim. Suas bochechas estavam mais avermelhadas que o habitual e meu coração disparou ao ficar tão próximo dela. Estou fodido. Deixo ela passar por mim e a sigo rapidamente em direção a minha sala.
Nós dois sozinhos na sala. Seu perfume impregnando todo o local. As imagens do sonho tentando voltar.
Sento na minha cadeira e olho para a doce menina ali no fundo. Respiro como se eu estivesse me afogando.
— Então Zoey, o que te fez largar Oxford? — Finalmente faço a pergunta que eu estava tão curioso.
A garota me olhou surpresa.
— Tive que me mudar com a minha mãe, ela foi transferida do emprego.
— Oxford é uma excelente universidade, uma pena que tenha a deixado... —Lutando contra as memórias do meu sonho, tento seguir o mais profissional possível.
— Realmente é, mas estou feliz aqui. Apenas de não ter conseguido a bolsa total... —Agora fazia sentido ela estar trabalhando naquela restaurante. Zoey estava pagando a própria universidade. — Sinto que é aqui que deveria estar.
Seus olhos cruzaram os meus mais uma vez e senti aquela energia forte fluir pelo meu corpo. Mais fodido do que nunca. O sonho voltou com força total para minha memória, não pude conter minha excitação. Nunca agradeci tanto por ter sido interrompido na vida. Obrigado sinal por tocar e me garantir mais alguns dias em liberdade.
— Vamos começar! —Falo mais pra mim do que para os alunos que começavam a chegar na sala de aula, na tentativa de voltar ao normal.
Como se isso fosse possível.
— Lembram da aula passada? Esse é um dos vídeos que Hitler usava para manipular as pessoas. — Solto o play.
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