Eu ainda te amo

Pergunta

Sérgio estava muito cansado para continuar naquele escritório, a conversa com a loira havia tirado totalmente o seu foco no trabalho. Dando por fim ao seu expediente ele retornou para casa encontrando Larissa no sofá trabalhando pelo notebook:

— Oi. — a abraçou por trás e beijou seu pescoço, mas a morena não ligou. Ele sabia que ela estava chateada. — Desculpa por hoje mais cedo, eu fiquei irritado e descontei em você.

— Não precisava ter falado comigo daquela forma. — ela fechou o aparelho e o deixou de lado. Viu Sérgio dar a volta no sofá e se sentar próximo.

— Eu sei. — tocou seu rosto com carinho e sorriu para a noiva. — Perdoa esse otário aqui?

— Vou te perdoar apenas porque pretendo me casar com você. — riu se aproximando e sentando em seu colo, juntando seus lábios em um beijo caloroso.

— Poderíamos fazer as pazes de outro jeito. — mordeu o lábio o inferior dela e sussurrou em seu ouvido: — Lá no quarto. — viu o sorriso da morena aumentar e uma risada gostosa de ouvir sair da sua garganta. Ambos foram aos beijos para o quarto.

Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela. Sérgio se sentia exatamente dessa forma, Larissa agora era sua válvula de escape para não pensar em Raquel, aquilo era errado e ele sabia, mas preencher o vazio emocional que ela deixou era o mais importante naquele momento.

No dia seguinte

— Eu ainda acho isso uma loucura. — A ruiva analisava Raquel trançar o cabelo enquanto conversavam por chamada de vídeo.

— Loucura ou não, eu aceitei. — ela se olhou no espelho aprovando o penteado e retornando para a tela no notebook. — O que achou? — girou seu corpo para a amiga ver seu vestido.

— Gata! — aplaudiu sorrindo. — Eu te pagaria, pena que você só tem olhos para o Sérgio. — riu.

— Você não presta, Alícia. — segurou o riso — Preciso ir, beijos ruiva.

— Beijos loira! — encerrou a ligação.

Ambas as meninas da casa tinham saído para um programa de avó e neta, Raquel apenas pegou suas chaves e fechou a porta principal. Pelo trânsito rápido naquela tarde ela encontrou Larissa em poucos minutos em frente a cafeteria que marcaram.

— Que bom que veio. — disse ao ver a loira descer do carro.

— Eu disse que iria ajudar. — sorriu gentilmente e entraram juntas.

As mulheres fizeram seus pedidos e se sentaram em uma mesa ao lado da vitrine, o local era bem aconchegante e fez o clima da conversa ficar agradável já que ambas não eram amigas ainda. Ao contrário do que Raquel pensou, a tarde com Larissa foi extremamente agradável. A morena tinha um senso de humor ótimo, além de ser gentil e agradecida por tudo que a loira fez. Elas passaram a tarde conhecendo lugares na cidade que poderiam ajudar Larissa no casamento e por um momento Raquel até esqueceu com quem a morena se casaria em poucas semanas e pensou ser apenas mais uma amiga.

— Chegamos, essa é a última de hoje. — olhou para a grande vitrine da floricultura e desceu do carro sendo acompanhada.

Raquel estava mais a frente e não notou Larissa parar seus passos ao se sentir tonta, a morena se encostou no carro fechando os olhos:

— Raquel, espera! — atraiu o olhar da loira que só então percebeu o quão pálida a mulher estava.

— Larissa? Está tudo bem? — se aproximou tocando seu rosto. — Você está pálida, senta aqui. — ela abriu a porta do carro e a ajudou a se sentar