Prazer

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Raquel

Olhei meu vestido mais uma vez em frente ao espelho e tive a certeza que havia feito uma boa escolha, aquela peça vermelha sem dúvidas ficava bem em mim. Seria meu terceiro encontro com Sérgio nessa semana e eu estava afim de fazer algo especial.

— Uau! — Alícia entrou sem bater no quarto. — O Sérgio vai ficar louco quando te ver desde jeito. — me abraçou por trás e sem vergonha alguma apertou minha bunda. — Arrasou!

— Você tem algum tipo de tara na minha bunda, Alícia? Sei lá, algum fetiche? — ri e abracei a ruiva.

— Me diz quem não tem? — ela gargalhou e se sentou na minha cama. — Eai, quais são os planos de vocês hoje?

— Vamos no nosso restaurante preferido. — respondi enquanto colocava meu brinco e a olhei através do espelho.

— Sério, Raquel? — fez cara de tédio. — Que coisa mais sem graça para um encontro.

— E quem te disse que esse é o encontro? — me olhou curiosa. — Na verdade, eu não chamaria nem de encontro, digamos que eu preparei uma surpresinha para ele.

— Vai me contar ou vai me deixar curiosa?

— Eu aluguei uma suíte em um dos melhores hotéis daqui. — vi o sorriso da minha amiga surgir. — Comprei uma lingerie nova, vinhos e bom... O resto você já deve imaginar.

— Hoje têm meus amigos! Hoje têm! — ela riu alto e se deitou na cama. — Só cuidado para não fazerem uma Paulinha dois! Ser tia novamente vai me dar muito trabalho.

— Bom, não é como se estivéssemos nos cuidando para isso não acontecer né. — dei risada.

— Mas vocês querem?

— Eu suponho que ele quer, ainda não conversamos muito bem sobre isso, mas se vier não tem problema algum. — dei de ombros e passei perfume. Estava finalmente pronta.

Ficamos mais um tempo conversando até eu escutar a campainha tocar e ver um Sérgio extremamente elegante ao abrir a porta. Ele ficou alguns segundos me analisando com o sorriso bobo nos lábios.

— Eu tenho um encontro com uma tal de Raquel Murillo, ela se encontra? — sorri quando ouvi aquilo.

— Ela me pediu para avisar que não vai poder ir ao seu encontro essa noite, sinto muito. — passei os braços ao redor do pescoço dele. — Mas ela me mandou ir no seu lugar.

— É mesmo? E como chama essa bela dama a minha frente? — ergueu uma sobrancelha.

— Hoje você pode me chamar de sua mulher. — beijei suavemente seus lábios. — É isso que eu sou.

Ele sorriu abertamente e me beijou juntando nossas línguas e fazendo meu corpo relaxar com o toque.

— Vamos, temos um encontro. — me afastei apenas quando o ar de fez necessário.

Ele concordou e entramos no carro. O caminho não foi demorado, assim que estacionamos em frente ao lugar, entramos e fomos para a mesa que já estava reservada. Aquele era o nosso restaurante favorito, e inclusive o lugar que nos conhecemos.

Fizemos nossos pedidos e enquanto eles não chegavam iniciamos uma conversa animada sobre a primeira vez que viemos aqui como um casal: dois jovens nervosos e ansiosos para impressionar o outro. Rimos quando lembramos que ele derrubou suco no meu vestido por estar tão nervoso e eu tive a certeza que estava apaixonada por simplesmente não surtar com ele pela provável mancha.

— Você não ficou mesmo com raiva de mim?

— Um pouco. — dei risada. — Mas aí você ajeitou os óculos todo tímido e me pediu desculpas umas mil vezes e não teve como não me apaixonar!

Eu ainda te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora