capítulo treze

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David

Sábado de tarde por volta de umas cinco horas da tarde e eu já me encontrava na casa de Heloísa. Tínhamos tomado feito um lanche da tarde - feito por Marieta- e agora estávamos subindo para o quarto dela.

- Bom, espero que não se importe de dormir aqui comigo. - Eu arregalei os olhos. Ela está falando sério dormir com ela? Meu deus se eu falar algo vou parecer um pervertido descarado. - Digo no mesmo quarto que eu. Você pode ficar com a minha cama  e eu coloco um colchão no chão. Sabe sempre quis saber como é dormir com um amigo no mesmo quarto. - Ela diz enquanto abre a porta do quarto e dá passagem para mim entrar.

Coloco minha mochila no chão e olho ao redor. O quarto dela é bem decorado diferente do meu. Tem uma estante com com vários livros. Nunca imaginei que ela lia. Na parede tem um espelho bem grande e ao lado tem um guarda roupa enorme. As paredes do quarto são em um tom claro de lilás e tudo parece combinar. E a cama é de casal com a colcha combinando com a parede. Por cima tem algumas almofadas decorativas.

- Seu quarto é simplesmente...lindo. - Volto a olhar para ela que está atrás de mim sorrindo.

- Que bom que gostou. - Ela passa por mim e pega a minha mochila no chão e a joga em cima da sua cama que parece ser super macia. - Quer tomar um banho? - Ela pergunta se sentando na cama e eu nego.

- Agora não. Vamos fazer o que agora? - Me sento ao lado dela enquanto a observo.

- Sei lá. O que normalmente os amigos fazem? -

- Não sei, não tenho muitos amigos. Meu único amigo é o Lucas. - Ela ri e eu acompanho.

- O que você costuma fazer quando dorme na casa do Lucas? - Ela pergunta parecendo um pouco curiosa.

- Ah, coisas do tipo, conversar sobre filmes e séries, jogar algum jogo no computador dele. Coisas assim. - Os olhos dela brilham.

- É isso. Vamos jogar. - Ela diz animada se levantando e indo até seu guarda roupa o abrindo e pegando um notebook.

- Ah, tá legal você que manda. - Ela ri ao se sentar do meu lado e ligar o aparelho.

Ela coloca no friv, e escolhe o jogo do fogo e da água. Não imaginava que ela sabia jogar tão bem. Ficamos jogando um bom tempo, até ela colocar o notebook de lado e se jogar para trás na cama.

- Nós formamos uma bela equipe.  - Ela diz sem tirar os olhos de mim eu sorrio.

- Concordo plenamente, senhorita
água. - Ela ri com a minha fala. Já disse que o sorriso dela é lindo?

- Vamos para a piscina, vem! - Ela se levanta rapidamente fico surpreso quando ela pega na minha mão e me puxa para o andar de baixo. Ao chegar na área da piscina posso ver que já anoiteceu e uau a noite está belíssima.

Olho para o lado e vejo ela tirando a blusa. Por baixo da blusa larga que ela estava usando ela estava com um top preto. Ela não tira o shorts, apenas os chinelos antes de pular na água. Eu a observo e sorrio todo bobo. Então tiro a camiseta ainda um pouco tímido e me sento na beira da piscina. Ela se debruça em cima dos braços ao meu lado e sorri antes de me puxar para dentro da água.

- Agora sim. - Ela ri alto e eu também. Odeio o fato de ela conseguir me fazer rir só com o riso dela, mas também amo isso. Tirei meus óculos e coloquei na beira da piscina. Sei que não exergo nada sem eles, mas corro o risco de quebra-los aqui, então acho melhor tirar. Me viro para ela e estreito os olhos para tentar vê-la melhor, escuto a mesma rir. - Já disse que você fica uma gracinha quando tenta me enxergar sem os óculos? - Pelo barulho da água deduzo que ela está se aproximando e só por isso sinto meu coração acelerar.

- Heloísa, isso não é engraçado. - Digo enquanto dou um passo para trás.

- O que? O fato de eu te chamar de uma gracinha? - Ela pergunta e eu rio.

- Desse jeito você me ilude. - Digo sem pensar e eu juro que posso ver sua expressão mudar para surpresa. Então ela para de se aproximar.

- Desculpa então, David. Prometo não fazer mais isso. - Ela diz e então eu me arrependo do que falei. Mas então sem pensar eu que me aproxim dela e tento olhar no fundo dos olhos dela. Minha visão está um pouco turva mas consigo notar perfeitamente que ela está nervosa enquanto me olha nos olhos.

- Você não entendeu. Eu gosto do jeito que você me ilude. - Ela se afasta e eu vejo-a corar.

- Melhor saímos. A marieta deve ter preparado algo para comermos. - Diz saindo da piscina. Eu balanço a cabeça,  provavelmente caguei com tudo. Como eu sou burro.

《...》

Depois de um banho tomado e também de muitos xingamentos internos. Jantamos tranquilamente e ela parece ter levado o que eu falei de boa. Até por que que coisa mais clichê de se falar né? Puta que pariu. Uma garota como ela merece alguém que fale coisas inesquecível para ela.

- David, não pensa que eu fiquei...constrangida pelo o que você falou. Eu só fiquei um tanto surpresa. - Ela diz deixando o copo em cima da mesa novamente.

- Olha...não era minha intenção. Juro. Eu não...eu espero que isso não afete nossa amizade. - Ela sorri e estica a mão  em cima da mesa para mim pegar.

- Relaxa. Acho que você é o melhor amigo que alguém poderia ter. - Eu sorrio. - E isso não impede que nós flertemos de vez em quando. - Ela pisca para mim e volta a comer. Eu quero muito rir porque parece que meu coração vai explodir e não de um jeito ruim, e sim de um jeito incrivelmente fantástico.

《...》

Estou sozinho no quarto dela mexendo no celular. Heloísa disse que iria pegar algo especial para nós. Achei estranho quando ela abriu a porta sorrindo e balançou balançou garrafa de vinho que trazia em suas mãos.

- O que isso significa? -

- Que vamos brindar a nossa amizade. - Ela colocou a garrafa no chão perto de aonde eu estava e saiu correndo para fora do quarto e quando voltou trouxe duas taças.

- Acho melhor não. - Digo e coloco o celular em cima da cama. Ela faz uma careta.

- Não seja careta, David. É só um
pouco. - Sorriu colocando o líquido na taça e me entregando. Eu peguei e senti o cheiro. Era forte. Não costumava beber. Ao terminar de encher sua taça a levantou para cima. - Um brinde, a muitas noites como essa. - Sorri e bati de leve na taça dela. Logo em seguida bebemos o líquido.

Eca. Gosto forte da porra.

Detalhe passamos praticamente  bebendo e falando mal de Marc. Quando fomos dormir era por volta das duas da manhã. E eu diria que foi a melhor noite da minha vida.

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A filha do diretor Onde histórias criam vida. Descubra agora