Capítulo desesseis

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Heloísa

Eu não sei por quanto tempo eu bebi enquanto estava com as meninas. Mas Lúcia não tinha o mínimo direito de ficar falando merda de David e ainda me chamar de bêbada. Quando eu tentei dar um passo na direção de Lúcia eu quase cai, e se não fosse por David eu teria caído. Quando me recomponho Lúcia ri e algumas outras pessoas também. Marc tenta disfarçar o riso enquanto fala.

- Vamos Heloísa está na hora de eu te levar para casa. - Ele diz enquanto tenta colocar a mão na minha cintura mas David o impede segurando a mão de Marc com certa força.

- Eu vou levá-la para casa. - Ele diz e solta a mão de Marc.

- Quem você pensa que é para querer levar a minha namorada para casa? -

- Marc para com esse papinho ridículo. Eu estou com o David agora. E você Lúcia é uma ridícula que só pensa em humilhar as pessoas. - Digo com certa dificuldade por conta da voz arrastada e me viro para David. Eu não sei o que me dá, mas a única coisa que eu penso nesse momento é em puxar David para um beijo e calar a boca desse povo ridículo. E é isso que eu faço. David parece surpreso mas logo retribui o beijo. Agora ele não parece tenso igual na hora que nos beijamos no quarto, ele parece mais leve.

Ao nos separarmos escuto alguns aplausos e assobios, mas a melhor coisa de se ver é a cara de Marc e Lúcia. Eu já comentei com vocês que rolou rumores que ele estava me traindo com ela? Não? Pois bem, eu penso que isso seja verdade, já que vi várias e várias vezes ambos conversando bem juntinhos.

Volto a realidade quando sinto David passando o braço pela minha cintura e praticamente me arrastando para sair dali. Convenhamos eu não estava tão bêbada assim, precisaria de mais alguns goles, mas o que as meninas me deram era uma coisa muito forte, e acho que era por isso que estava assim. Estava me sentindo meio zonza com tudo.

Antes de eu apagar nos braços de David, lembro dele chamando Lucas e o avisando que me levaria embora. Lucas estava na porta da festa com algumas pessoas.

E é isso que eu lembro antes de acordar na minha cama no outro dia com uma dor de cabeça do caralho. Levanto da cama com certa dificuldade me escorando nas coisas para não cair e vou até o banheiro para lavar o rosto. Eu não faço ideia de como cheguei aqui.

Quando volto pego meu celular parar checar o horário. Puta que pariu meu pai vai me matar. São onze e meia. Coloco meus chinelos e com o celular em mãos desço as escadas dou de cara com meu pai sentado no sofá assistindo jornal.

- Pai...- Começo a falar mas ele me impede.

- Heloísa precisava chegar tão bêbada em casa? Me diz o que você bebeu? - Ele começa a fazer mil perguntas ao mesmo tempo.

- E-eu não sei o que eu bebi...- Pronto a guerra agora estava feita.

- Como não sabe? Você tem noção que pode ter bebido droga? Não, não pior, e se estivessem tentando te matar...-

- Pai, não seja dramático. Eu só bebi demais. -

- É sempre assim, Heloísa. Pra mim deu. Chega de festas! - Ele se levanta.

- Mas pai...- Ele me corta.

- Está de castigo até passar nas provas finais. E aí vou repensar se te tiro do castigo. - Ele desliga a TV antes de subir as escadas. Eu fico o olhando desaparecer e logo em seguida me sento no chão.

- Merda, Heloísa! Você é muito burra! - Resmungo desbloqueado meu celular esperando encontrar uma mensagem de David. Mas não tem nada. A última mensagem dele foi avisando que estava saindo de casa e era uma e pouco quando ele mandou.

Digito rapidamente uma mensagem para ele.

"Ei, você pode falar?"

E logo em seguida digito outra.

"Desculpa por ontem..."

Fico o dia inteiro esperando uma resposta. Mas ao invés disso, sou totalmente ignorada. De noite já deitada na minha cama tento outra vez.

"Provavelmente você está bravo comigo, mas eu gostaria de falar contigo."

Mas nada de novo. Acabo caindo no sono com o celular em cima do peito esperando uma resposta, mas o que eu ganho é apenas o silêncio.

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A filha do diretor Onde histórias criam vida. Descubra agora