𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐎𝐃𝐈𝐂𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||

I don't need anyone

Eles dizem que a vida trará desconforto
E eu descobri
Nós todos apenas sofremos
Porque ninguém se sente tão mal
E isso vem um do outro
Nós nos machucamos
Assim como amantes
E não pense duas vezes sobre isso

E eu sinto que algo está ruim
Mas o inferno estou acostumado com isso
Eu sempre viro as costas
Sim
E eu quero sentir algo
Mas tudo que sinto é dor
Eu quero fazer uma mudança
Má

Você quer se levantar?
Ou você quer ficar no chão?
A vida sempre será dura
Então, quem diabos é você agora?
Você vai fazer isso sozinho?
Ou você precisa de outra pessoa?
Eu não preciso de ninguém
Eu farei tudo sozinho

Eu tenho cicatrizes
Pelas minhas costas
Eu não quero me dilacerar
Eu começo
A sentir meu coração
Correndo rápido, está bombeando duro

E tudo que eu quero é ser algo
É por isso que continuo correndo
Não pode parar o que você não vê vindo
E você sabe que eu estou vindo

Como posso confiar em você
Se você não confia em mim?
Eu faço o que faço
Porque é só eu
E nada é novo
Não, não estou com sorte
Eu trabalho demais
Então eu serei algo

Você quer se levantar?
Ou você se decepcionou?
A vida sempre será dura
Então, quem diabos é você agora?
Você vai fazer isso sozinho
Ou você precisa de outra pessoa?
Eu não preciso de ninguém
Eu farei tudo sozinho

Myself - Neffex
••••••••••••••••••••••••••••

(Candice POV)

Uma semana... Já fazia uma semana desde o enterro de Paul. Meu irmão me liga todas as noites para saber como eu estou. E eu sempre respondo a mesma coisa: Estou enfrentando isso, então, vou ficar bem. É importante passar pelo luto, todos aqui sabem, menos Joseph pelo visto, ele está bloqueando o luto o máximo que consegue, não está enfrentando e consequentemente, não está processando a morte de Paul

Ele está distante. Todas as madrugadas me deixa sozinha no quarto e vai pro escritório e fica lá até o dia amanhecer. Nina, Ian e eu estamos preocupados, mas ele sempre diz que está bem e que não devemos nos preocupar. Só que, por mais que ele diga isso, nós nos preocupamos, nós o amamos, é meio que natural pra gente.

— Toc toc — Digo enquanto abro a porta de seu escritório e sigo para a sala de pintura. Joseph estava igual as últimas vezes que vim ver ele, sem camisa e com uma calça de moletom.

— Oi love, como está? precisa de algo? — Joseph pergunta enquanto mistura as tintas e continua a pintura. Era a décima quarta da semana. Ele estava tentando se manter ocupado para não confrontar o que precisa.

— Podemos conversar? — Me aproximo dele e ele nem mesmo me olha.

— Estou meio ocupado agora, love. — ele responde sem tirar os olhos da tela.

— É importante. Por favor. Ultimamente você sempre está ocupado.... — Abaixo o tom na última frase e Joseph abaixa o pincel.

— Tudo bem, sobre o que quer conversar? — Ele coloca as coisas na mesinha ao lado e vem até mim limpando as mãos.