Mas... será?

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(Candice POV)

Acompanhei Nina pela escada até chegar no topo e olhar o interior do corredor, quadros... era o que resumia bem aquele corredor. Muitos quadros.

— como ele é? — pergunto tocando o braço de Nina.

— Jo? — ela para e me olha enquanto eu balanço a cabeça em um aceno — você se acostuma... ele é... bom, eu não sei explicar ou descrever ele — ela me olha fazendo uma careta.

— com o que vou trabalhar exatamente? — faço uma nova pergunta fazendo a morena torcer os lábios

— ao certo? não sei... mas vai ficar na entrada da casa. É o que eu posso te dizer. — Nina da de ombros e volta a andar pelo corredor me fazendo a seguir — soube o motivo de ter aceitado trabalhar aqui, e sinceramente achei muito nobre. Dar a vida para um pai alcoólatra... — ela me olha de canto

— meu pai ficou assim por conta da minha mãe. Quando ela morreu ele foi quem mais sofreu, eles ficaram juntos por muito tempo... não o culpo por sentir falta dela, eu também sinto. — digo de maneira baixa e Nina me olha com compaixão.

— sinto muito. — ela coloca a mão em meu ombro e sorri de maneira gentil

— obrigada — murmuro baixo e logo em seguida voltamos a andar. Acabamos chegando em uma sala com uma porta grande cheia de detalhes e as letras "J" e "M" gravadas. O nervosismo tomando conta de mim e uma tremedeira vindo junto.

— calma, ele não vai te matar. — Nina solta uma risada — pode entrar — ela me olha e olha a porta.

— sozinha? por que? — levanto as sobrancelhas a encarando de maneira nervosa.

— não posso entrar, ele fala com quem vai começar a trabalhar pra ele sozinho, sempre foi assim. — Nina explica e eu engulo em seco quando ela se vira e começa a andar para longe de mim. Seguro a maçaneta e a giro, abrindo a porta levemente.

— oi? alguém? — chamo depois de já ter adentrado no gigante escritório.

— olá Darling — escuto uma voz vir de um canto e observo um homem de costas colocando a bebida no copo e logo se virando para mim.

Meu Deus.

O meu ar? foi pra puta que pariu assim que vi aqueles olhos azuis esverdeados. Por Deus, ele era lindo. Meus olhos encontraram os seus e não pude evitar o analisar por completo. Ele estava vestindo um terno que o deixava com um ar sério e conquistador.

— sente-se — ele aponta para uma cadeira próxima a sua mesa e eu caminho até ela me sentando e logo o vendo fazer o mesmo na grande cadeira de couro do lado oposto da mesa. — Você é corajosa Darling. Tudo para salvar seu pai da morte, admiro sua coragem. — Ele me encara.

— Tenho que te agradecer? — O encaro de volta.

— Não... — Ele diz e depois solta uma risada — Nina vai te mostrar seu quarto mais tarde e o resto da casa — Ele diz com um sorriso de lado e eu o fico totalmente perdida.

— Como? Quarto? Para o que, exatamente? — pergunto de maneira rápida.

— Pra você dormir, para que mais serve um quarto? — Ele arqueia uma sobrancelha e minha mente me tenta a responder com uma resposta inapropriada.

— Mas por que um quarto? Eu tenho casa. — cruzo os braços

— Vai ficar aqui agora, já que vai ser minha secretária e eu preciso de você as vezes em até outros horários. — Ele sorri e me analisa.

— Tenho trabalho a noite. — digo séria.

— Se demite. — Ele diz como se fosse óbvio.

— Como? Não. — faço uma careta o encarando incrédula com sua sugestão.

— Vai trabalhar para mim agora, Darling. Não vai precisar de outro trabalho, aliás... sei por que acha que precisa dele — ele faz uma pausa — Por seu pai certo? Acha que tem que cuidar dele. — Mordo o interior da bochecha.

— Investigou minha vida por acaso? — O encaro

— Investiguei — Ele afirma me fazendo arregalar os olhos — Afinal, preciso saber um pouco sobre você. Sobre o que te levou a virar uma cantora de bar e o que te levou a ficar cuidando de um bêbado que só cria dívidas. — Ele me olha com uma sobrancelha arqueada.

— Isso tudo eu posso responder por mim mesma foi por causa da minha mãe. Quando ela morreu eu tive que arrumar um emprego e meu pai começou a beber, e eu não podia abandonar a única pessoa da minha família. — Respondo de maneira firme, mesmo sentindo um nó na garganta ao falar do assunto que envolvia minha mãe.

— Bom... Já que se preocupa tanto com seu pai, vou contratar uma pessoa para tomar conta dele no seu lugar. Preciso de uma secretária competente e cem porcento focada no trabalho. — Ele fixa seu olhar no meu.

— Por que quis me oferecer um trabalho? Eu poderia ir te pagando a dívida. — Pergunto me sentindo desconfortável com seus olhos sobre mim.

— Você me lembra uma pessoa que conheci, então decidi te dar uma chance — Ele me explica me fazendo o analisar tentando o decifrar. — Vamos começar, vou te explicar o que quero que faça. — Ele entrelaça suas mãos em cima da mesa.

— Certo, comece por favor. — Peço fazendo o mesmo que ele com as mãos, mas as deixando em meu colo

— Será minha secretária e responderá a mim e a Nina, as vezes a Ian também, mas fora isso não responderá a ninguém, entendeu? — Ele pergunta e eu afirmo com um aceno — Você vai cuidar das dívidas. Vai ver quem está devendo e vai mandar alguém para cobrar e assim que esse alguém voltar, você vai perguntar se a dívida foi paga ou não. Está entendo? — Ele me olha e eu afirmo com um aceno novamente. — Agora, me responda uma pergunta. — ele se levanta e para ao meu lado me olhando.

— Claro, o que seria? — O olho ainda sentada.

— tem medo de mim? — Ele me analisa novamente, mas dessa vez como se estivesse tentando ler meus pensamentos.

— Não. — afirmo segura da resposta.

— tem certeza? — Ele se abaixa me encarando fixamente sem nem ao menos piscar.

— por que a pergunta? Eu tenho que ter medo de você? — Aproximo meu rosto do seu e vejo que ele sorri de lado.

— Não, não tem. — Ele se levanta e volta a mesa. — Tem hoje para preparar suas coisas e pedir demissão do outro trabalho. — Ele desvia o olhar por alguns segundos — Procure Nina e a mande vir até aqui. Depois vá atrás do Ian, ele vai te levar pra casa, estou enviando uma mensagem para ambos agora. — Ele me encara sério e eu me perco naqueles olhos novamente.

— Certo. — Suspiro e vou até a porta.

— Accola — Escuto a voz de Joseph me chamar pelo meu sobrenome.

— Sim? — Me viro o olhando.

— Espero que goste do quarto. — ele sorri e eu aceno em concordância saindo de seu escritório e sentindo que finalmente poderia respirar direito.

Respiro fundo algumas vezes e olho para minhas mãos que estavam tremendo. Por Deus.... o que aconteceu? Por que eu estou assim? Ele é lindo? Sim! Ele é intimidador? Sim! Ele é gostoso? Sim também! Ele é intrigante e me deixa curiosa por querer saber mais sobre ele? Sim de novo.

Se controla Candice e não esquece! Ele é um mafioso! Ele é perigoso!

Mas.... Será?

Continua?

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Oie meus amores! Tudo bem? Espero que sim!

*O capítulo pode conter erros, se notarem algum, peço desculpa.

*Votem e comentem.

*Críticas construtivas são bem vindas.

*Espero que tenham gostado do capítulo.

*Amo vocês! Beijos de Mel com pastel ❤️!

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐎𝐃𝐈𝐂𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||Onde histórias criam vida. Descubra agora