(Candice POV)
Eu estava correndo pela rua novamente. Atrasada, de novo. A maioria dos meus dias, principalmente nos fins de semana e na segunda e na terça, dias esses que eu tenho que aturar meu pai alcoólatra chegar em casa totalmente bêbado por ter passado a noite no bar.
Essa é minha rotina na maior parte do mês, cuidar dele... Desde que minha mãe morreu ele só enche a cara, faz dívidas e mais dívidas em bares. E eu como sempre cuido dele, já que não tenho irmãos para ajudar.
Voltando a correria do meu dia-a-dia.
Eu estava esbarrando em todo mundo na rua, por que outra vez, meu pai tinha tomado todo o meu tempo e o bar no qual eu trabalho já tinha aberto. Antes de qualquer coisa, não sou garçonete, sou cantora. Trabalho nesse bar a um bom tempo já, nove anos para ser exata.
O bar em que eu trabalho é famoso por ter um dos melhores estoques de bebida de Portland, sim eu moro em Portland no Oregon, cidade boa e com várias oportunidades, certo?
Errado.
Eu nasci e cresci aqui pensando que teria um futuro e que só ficaria com meus pais por algum tempo e logo teria minha casa... bom... eu errei.
Depois que minha mãe morreu, eu coloquei na minha cabeça que não poderia deixar meu pai, já que eu já tinha perdido alguém, não ia perder outra pessoa também, eu só tenho ele...
Chego no bar e entro pela frente mesmo, estava sem tempo. Quando chego na parte onde me preparo, minha gerente estava sentada na cadeira de braços e pernas cruzadas.
— Candy, tá atrasada! — a gerente me adverte novamente.
— eu sei, eu sei... é que meu pai.. — começo mas ela me interrompe.
— bebeu de novo e desmaiou na cozinha? — ela me encara — Candice, eu realmente quero te ajudar, mas cada dia você se atrasa mais. — ela coloca a mão no meu ombro.
— eu sei, mas... não posso deixar ele no estado que ele fica. — a olho
— por que ele é seu pai... Certo Candice, hoje passa.... de novo — ela da três tapinhas em meu ombro e sai.
Respiro fundo e me olho no espelho, toda a correria fez com que eu soasse e ficasse com a cara vermelha. Encaro o espelho e vou até o banheiro dos funcionários jogando um pouco de água no rosto e molhando as mãos para passar no cabelo, já que ele tinha alguns fios levantados no topo da cabeça.
Meu "show" começaria em alguns momentos e a casa estava razoavelmente cheia. Olhei o pote das gorjetas para a cantora, – o pote que minha gerente fez para mim depois de saber da minha situação com meu pai – que estava vazio, bom.... tudo vai de hoje. Vou me esforçar e cantar uma musica que cause impacto. Ou pelo menos vou tentar.
Arrumei minha roupa e vi uma mulher se aproximar de mim.
— Oi, tudo bem? — A mulher me olhava meio apreensiva. — você é a cantora certo? — Ela questiona
— Oi, tudo.... sou sim, algum pedido? — a olho dando um sorriso.
— é que hoje é aniversário da minha filha, e se você puder me fazer um favor eu te agradeço muito. — ela mexia com as mãos em forma nervosa.
— Claro. O que seria? — Indago séria
— Bom, eu gostaria que cantasse parabéns e que chamasse ela para cantar com você uma música que ela gosta. — Ela dá um sorriso sem vontade
— claro! — digo empolgada — qual a música que ela gosta? — Olho a mulher a minha frente
— Barbie Girl.... — ela murmura quase que como se estivesse completamente envergonhada pela filha gostar dessa música.
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𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐎𝐃𝐈𝐂𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||
FanfictionFanfic de Jodice! [FANFIC NÃO REVISADA]Até onde o amor de uma filha é capaz de ir você me pergunta? Bom... Para alguém que acabou de fechar um acordo com a máfia pelo pai.... Vamos começar isso direito. Meu nome é Candice Accola e acredite, trabal...