Beg for Your Life

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(Joseph POV)

— Bom, agora eu vou me deitar um pouco, eu estou bem cansado. — Beijo o topo da cabeça de Nina e me afasto deles indo até meu quarto.

Me deito na cama e pego o celular abrindo o WhatsApp e vendo se eu tinha alguma nova mensagem de Candice. E não, eu não tinha.

Meu celular toca e eu observo o número de Leah aparecer na tela.

— Sabe aquele barulho irritante do relógio? Tic tac? — Ela diz assim que eu a atendo

— É uma pergunta séria? — ela ri sem humor.

— Está escutando ele? O barulho? Tic tac... Você tem só mais um único dia — Sua voz tenta soar ameaçadora.

— Me diga, já me deu um tiro, não foi o bastante? — Me sento na cama.

— Não, eu quero o contrato, quero o que for útil pra mim, no caso, tudo que te pertence. — escuto uma buzina  indicando que ela está na rua — Mas como eu sou uma boa pessoa, tenha uma boa noite de sono, e amanhã antes da meia-noite me encontre no mesmo lugar de hoje. — Ela desliga sem me dar a chance de responder.

Me deito e passo a mão no rosto enquanto penso sobre o que vou fazer.

Acabo decidindo me levantar e pegar minha mala. Logo depois sigo até o escritório, coloco a mala no chão e ando até o quadro de minha mãe na parede o retirando dali e olhando o cofre em seguida. Digito a senha e o abro começando a tirar todo o dinheiro e coisas de valor dali e colocar na mala.

Quando termino, vou atrás dos contratos de propriedades e os coloco na mala também, e em seguida, a fecho.

Me sento em minha mesa e pego uma folha começando a escrever uma carta, e repito o processo mais três vezes. Fecho as quatro cartas e as seguro andando pelo corredor até o quarto de Ian e Nina — que começaram a dormir juntos a algum tempo —, para que vissem assim que acordassem.

Volto para o meu quarto e tomo um banho rápido, tomando cuidado com o curativo que Nina fez em mim. Me troco em seguida e pego meu celular saindo de casa.

Eu precisava espairecer, e precisava de ar. Não tinha o que eu fazer, o contrato não estava em casa, eu já tinha revirado aquele lugar de cima a baixo.

Estaciono o carro e desço o travando e passando pelo portão do cemitério e sigo até a área dos Morgan. Minha família comprou um pedaço do cemitério, eu sei, estranho, mas minha mãe convenceu que seria melhor do que um cemitério particular.

Ando pelo caminho e paro em frente o túmulo da minha filha e de Phoebe. Colocaram o nome delas duas em uma mesma lápide, para que estivessem sempre juntas.

— Oi lobinha — Digo o apelido de Phoebe, esse dado devido a tatuagem de lobo que Phoebe tinha na costela e a pequena lua atrás no ombro. — Eu preciso realmente falar com alguém que me entenda. — Me sento no chão ao lado. — Ultimamente a minha vida está bem ruim, sabe? Fugiu do controle. Tudo fugiu do meu controle e eu me sinto tão inútil por não poder concertar... Eu queria que estivesse aqui, você tinha boas ideias, e planos estranhos, mas que sempre funcionavam. — Olho o céu — Deve estar rindo de mim agora, não é? — Rio fraco e balanço a cabeça — Eu me sinto muito fraco... Como me senti quando você foi embora. Me sinto culpado por tudo o que aconteceu, por que sei que é minha culpa, eu trouxe Leah para nossas vidas e agora... Bom, ela está a um passo minúsculo de conseguir o que quer. A minha destruição. — Olho a lápide — Você faz falta lobinha... — Coloco minha mão na pedra gelada.

(...)

Eu fiquei até de madrugada no cemitério e depois fui para um hotel, não voltaria para a casa essa noite, desliguei o celular decidindo que só o ligaria quando acordasse.

𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐎𝐃𝐈𝐂𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||Onde histórias criam vida. Descubra agora