𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐒𝐎𝐍𝐆 ||𝐉𝐎𝐃𝐈𝐂𝐄 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍||

Preciso da verdade

(Candice Pov)

(Quatro anos depois)

Apesar de o tempo passar rápido, eu consegui aproveitar muito com minhas filhas e minha família. Tudo aconteceu tão rápido... E ao mesmo tempo, eu me lembro de cada detalhe, como se tudo tivesse passado lentamente.

Quando as meninas fizeram dois anos, semanas depois, recebi uma ligação me informando da morte de meu pai, ele acabou bebendo além da conta e se colocou em frente um ônibus achando que o ônibus iria parar.

Por mais que eu não quisesse ter contato com Carolyn, dei a ela a notícia de meu pai, e quando vi suas lágrimas eu a abracei, conversamos e eu a perdoei. Depois daquele dia ela foi uma avó presente na vida das gêmeas, até que descobriu estar com Lúpus no ano seguinte. O Lúpus é uma doença inflamatória autoimune. Ocorre quando o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano, podendo afetar órgãos e tecidos do corpo, como pele, articulações, rins e cérebro. Em casos graves ou não tratados corretamente, pode levar à morte, e no caso dela, levou...

Então sobramos Daniel e eu.

Claro que Nina e Ian foram os melhores padrinhos que Phoebe e Charlotte poderiam ter. Aliás, Ian finalmente pediu Nina em casamento e eles vão se casar no começo do ano que vem, já que esse ano já está acabando. E por falar em fim de ano, hoje é o aniversário de morte de Paul, e eu estou me arrumando para ir ao cemitério fazer uma visita.

- Candy - Nina aparece em minha porta enquanto eu coloco meu casaco de frio. - Charlotte jogou a pulseira da Phoebe embaixo da cômoda, mas agora eu estou morrendo de pressa, Ian está me esperando no carro com elas para a gente ir tomar sorvete. Pode ver se consegue pegar depois? - minha melhor amiga pergunta e eu afirmo balançando a cabeça.

- claro, assim que eu chegar tento pegar. - sorrio gentil e ela retribui descendo as escadas.

Alguns minutos depois eu faço a mesma coisa e entro no carro pedindo para meu motorista me levar até o cemitério.

Assim que ele parou, eu segurei o buquê de flores nas mãos e são do carro seguindo para o interior do cemitério e parando em frente ao túmulo de Paul.

- Voltei, eu disse que voltaria, e voltei, como em todo ano... Trouxe margaridas dessa vez, achei que trazer girassóis seria muito repetitivo. - sorrio fraco e coloco o buquê no chão e me sento no banco ao lado o da lápide. - as meninas estão bem... Nina e Ian vão se casar, acredita? Bom, eles já enrolaram muito de qualquer forma - rio fraco - as meninas perguntaram sobre você hoje cedo, quando viram uma foto sua no meu celular. - respiro fundo - contei que você e eu éramos amigos, e que acabamos ficando juntos um tempo, que fomos apaixonados, mas que acabou um dia. Elas me perguntaram o porquê elas não poderiam te conhecer e eu disse que você estava no céu, e que tinha me ajudado a ficar viva, indo morar lá para me proteger - fungo o nariz - elas disseram que queriam muito ter conhecido o "tio Paul" - coloco a mão na pedra fria e suspiro - Você faz tanta falta... - sorrio fraco e me levanto - volto em breve, é uma promessa okay? - me afasto da lápide e volto para o carro.

Não demora e eu estou em casa novamente, tomo um banho rápido e me troco indo até o quarto das gêmeas e me abaixando para olhar em baixo da cômoda avistando a pulseira de minha filha. Estico meu braço e alcanço a mesma e começo a arrastar em direção a mim quando de repente ela fica presa em uma fenda no chão.

- Merda. - exclamo e me levanto vendo que realmente vou ter que tirar a cômoda do lugar.

Começo a arrastar a cômoda e a tiro do lugar vendo que a pulseira ficou com o pingente enroscado na pequena fenda, e que, se eu tentasse puxar, iria acabar arrebentando. E por mais que eu queira apenas puxar e pronto, Phoebe ama essa pulseira mais que tudo, e não posso simplesmente estraga-la.