Capítulo 0

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Aos 13 anos após passar por um grande trauma, fui enviada a um orfanato; eu estava sem esperanças, com medo, solitária... Aquele lugar não melhorou em nada meu psicológico afetado, as irmãs eram muito cruéis e me batiam por conta de eu não conseguir falar nada, elas me achavam rebelde e afrontosa para com elas, pelo fato de eu não lhes responder, elas não entendiam que eu não falava por pânico, elas batiam nos meninos com um a vara de madeira, colocava-nos em uma sala isolada e pequena, me deixando em Pânico toda vez que eu ia para lá, eu não tinha esperanças de ser adotada, pois sempre escolhiam as crianças menores, eu só queria ficar na maior idade e sair dali, arrumar um emprego... Mas isso também me apavorava, já que para mim, era difícil me comunicar e interagir com as pessoas.
5 meses após eu ser mandada para o orfanato, um garoto apareceu no pátio, ele tinha mais ou menos minha idade, mas era uns 10 centímetros mais alto e estava acompanhado de um casal. A madre superiora foi ao encontro deles, o garoto de cabelos castanhos claro me olhou fixamente, abaixei o olhar e voltei a varrer o chão, eu sentia calafrios e medo, sempre que olhares cruzavam o meu.
"Vamos adotar ela"
Ouvi o menino sussurrar aos pais. Será que estavam falando de mim?
Estremeci e fingi não ouvir nada, claro que não, isso seria impossível, eu já sou muito grande.
Sai depressa dali, fugindo da vista deles, indo arrumar as camas no andar de cima.
O casal e o garoto vieram acompanhados da madre onde eu estava e tive medo de ter feito algo errado, pelo que mais eles estariam ali?

_oi garotinha, como se chama? - a mulher loira falou dirigindo-se a mim. Sua voz era gentil, assim como o seu olhar, ela não me olhava como um rato de rua, ela parecia realmente me ver como um ser humano normal.

Peguei um caderno e escrevi; "Rúbia"

_prazer Rúbia, sou Alice, meu marido Jhon e meu filho Yan.-ela indicou eles com a mão, me levando a atenção para os dois.

_prazer Rúbia. -falou homem de cabelos castanhos, como os cabelos do mais novo e olhos caramelo. Eu escrevi: "olá" tremendo.

O garoto me olhava atento, ele parecia curioso, tive dúvidas se aquele olhar era bom ou ruim.

_não tenha medo, queremos te dar um lar. -a voz dele era rouca e suave e ele sorriu para mim, de forma genuína.

Escrevi;
"Não sei se vou ser a filha que vocês querem, Não consigo falar nem interagir com as pessoas."

_vamos cuidar de você, falaremos com pessoas especializadas, você terá ajuda e nós te amaremos, mesmo se você permanecer assim. -Alice fala sorrindo._olha Rúbia, não precisa ir se não quiser, mas se você for, vamos fazer o possível para que seja feliz. Você precisa de um lar e nós de uma filha. Pode passar 3 meses conosco e se não gostar, te traremos de volta.

Eu queria muito sair daquele lugar, então, mesmo estando apavorada...

"Sim. Por favor, me levem."

Minha irmã adotivaOnde histórias criam vida. Descubra agora