20. Passado

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Rúbia:

Acordo 7:30, é um domingo ensolarado, ouço os pássaros cantarem e o sol querendo entrar pela janela, sendo impedido pela cortina pesada que mantém o quarto com pouca luz.

Sinto uma mão tocar a minha e me puxar de volta para a cama.
Yan me abraça ainda com os olhos fechados.

_acordando cedo para um domingo, fica um pouco mais na cama comigo. -ele fala com sua voz rouca e sonolenta.

_desculpa amor, preciso resolver umas coisas hoje.

_que coisas?

_não posso dizer agora.

_misteriosa...devo me preocupar? -ele abre os olhos lentamente e viro-me para ele para olha-lo.

Dou um sorriso e acaricio seu rosto com os dedos.

_não. Não precisa se preocupar.

_tudo bem.

Pressiono os lábios nós de Yan rapidamente dando um leve estalo, levanto e tiro o pijama ficando totalmente sem roupa e noto seus olhos atentos em mim.

_que foi? -falo pegando meu roupão.

_admirando. -ele fala com um sorriso bobo.

Sorrio e entro no banheiro para tomar um banho quente.

Após o banho visto uma roupa confortável e pego minha bolsa e chaves do carro.

_não vai tomar café da manhã comigo? -Yan me pergunta ainda deitado na cama me observando enquanto me arrumo.

_desculpa amor, mas vamos almoçar juntos, está bem?

_certo.

Dou um selinho nele e saio.

Dirijo até a delegacia para visitar Fils antes que ele fosse transferido para o presídio.

Entro e esbarro em Fred, antigo amigo do Yan e detetive, além de filho do delegado.

_olá Dra Rúbia, em que posso ajudar?

_oi Fred, por favor me chame apenas de Rúbia. Eu gostaria de falar com Fils, sei que ele será transferido para o presídio em breve.

Fred abre os olhos um pouco mais que o normal e ergue as sobrancelhas.

_Rúbia, não seria bom um encontro entre vocês... O Yan ficaria muito bravo comigo se eu deixasse isso acontecer.

_Por favor Fred. Tenho coisas a falar, por favor não diga ao Yan.

Ele solta o ar pesadamente e concorda com a cabeça.

_ok. 5 minutos apenas.

_obrigada. -falo.

Eu o sigo até a sala de visitas e alguns instantes depois o homem chega a sala, sendo trazido por Fred; ele está algemado e me olha surpreso.

Ele senta á minha frente e Fred o ameaça.

_se encostar um dedo nela você vai daqui para a cova. -ele sussurra batendo em seu ombro._vou ficar aqui na porta, pelo lado de fora, qualquer coisa me chame Rúbia.

_certo Fred, obrigada.

O Fred se retira e o homem a minha frente da risada debochada.

_ele come você também? Soube que seu irmãozinho adotivo vive montado em você, ele ficou com ciúmes da sua putinha!

Levanto e dou um tapa com toda minha força em sua cara fazendo sair um pouco de sangue de sua boca.

_Sua vadia nojenta! -ele esbraveja possesso de raiva.

Minha irmã adotivaOnde histórias criam vida. Descubra agora