A Alma da Família[TRADUÇÃO]

Capítulo 13: Parte 1

Harry olhou em volta. Ele estava vivendo um pesadelo, iria acordar suando no dormitório da Grifinória e descobrir que a terceira tarefa nunca havia acontecido. Mas o jovem teve que enfrentar os fatos: ele estava de fato em um cemitério e Voldemort tinha realmente voltado à vida. Sua mãe morrera por nada. Harry apertou o pingente que seu pai lhe dera na mão e chamou-a repetidamente.

- Vamos, Harry. Você não vai continuar a se esconder, não quando seu pai lutou comigo com tanta nobreza.

Harry olhou para a lápide na qual estava se escondendo. Os Comensais da Morte se aproximaram dele. Perfeito ! Ele sacou sua adaga e se certificou de que poderia acessar suas facas de arremesso. Se ele morresse, morreria lutando, como faria um verdadeiro guerreiro de Asgard. Harry respirou fundo e correu para frente. Ele se esquivou do feitiço que Voldemort tinha reservado para ele e se lançou sobre o Comensal da Morte mais próximo para matá-lo. Então, sem pensar no que acabara de fazer, ele agarrou duas de suas facas de arremesso e as jogou em dois outros oponentes. Um desabou com a faca na garganta, enquanto o outro gritou com toda a força, tentando remover a arma que tinha no olho. Ele cortou uma mão que estava ao seu alcance e cravou sua adaga em um coração antes de lançar mais duas facas, matando mais dois Comensais da Morte em seu caminho. Harry então se refugiou atrás de outra lápide para recuperar o fôlego.

De onde ele estava, ele podia ouvir os gritos e gemidos daqueles que ele havia ferido e os sussurros daqueles que ainda estavam vivos. Ninguém esperava tal ataque. Nenhum mago puro-sangue esperaria ser atacado e ferido, ou mesmo morto, de uma forma trouxa. Harry respirou fundo e se endireitou. Desta vez, não teria o efeito de surpresa para ele.

- Nós vamos ! Que surpresa ! Assim, o grande Harry Potter sabe lutar e sabe até matar. É um pouco difícil, mas obviamente eficaz. No entanto, agora que sabemos que você é capaz de nos atacar dessa forma, duvido que ainda consiga nos pegar tão facilmente.

Harry estremeceu antes de deslizar sua adaga em sua mão esquerda para que ele pudesse pegar sua varinha em sua direita. Não importava qual fosse o resultado da luta, ele não fugiria. Ele provaria ser digno de seu pai e de sua herança. Ele inalou novamente e correu para frente, apenas para ser derrubado por um Cruciatus. Harry estremeceu, mas não gritou. Ele até conseguiu se endireitar um pouco, mas o pé de Voldemort apoiado em suas costas o prendeu no chão.

"É aqui que você pertence, meio-sangue," Voldemort cuspiu.

O último estava muito focado em sua vitória para perceber que Nagini estava morto. Morto por veneno de uma mamba negra. Foi o grito de um Comensal da Morte que desviou sua atenção de sua vítima. Um dos Comensais da Morte caiu segurando sua perna e gritando que uma cobra o havia mordido. Segundos depois, ele estava morto. Harry sorriu. Jörmungand insistiu em acompanhá-lo para a terceira tarefa, prometendo intervir apenas em caso de extrema urgência.

Infelizmente, a chave de portal o deixou atordoado e ele não voltou a si até o início da luta entre seu irmão mais novo e o outro mago. Harry conseguiu se livrar do pé de Voldemort e enfiou a adaga em sua coxa antes de recuar o suficiente para evitar a maldição da morte, mas não o suficiente para impedir que o próximo o alcançasse. Com um grunhido, ele teve que alcançar uma estátua de pedra cinza antes de se apoiar pesadamente nela. A maldição atingiu profundamente suas costas. Esse ferimento seria tão incapacitante quanto o de Voldemort. O Lorde das Trevas ergueu sua varinha e falou as duas palavras mortais. Harry viu o feitiço se mover em sua direção, mas não tentou fugir. Ele não teria sido capaz de fazer isso de qualquer maneira. Ele sentiu Jörmungand subir por sua perna antes uma luz verde-floresta o envolve. Quando ele abriu os olhos, foi para ouvir gritos de alegria. Ele estava de volta a Hogwarts. Harry fechou os olhos, tranquilo. Ele estava seguro, longe de Voldemort.