𝗢 𝗤𝘂𝗲 𝗩𝗲𝗺 𝗣𝗲𝗹𝗮 𝗙𝗿𝗲𝗻𝘁𝗲 ⁹

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Tris Rhee:

Daryl e eu continuávamos a olhar os zumbis em cima do cavalo. Por um momento quase pude ver perfeitamente a mão de um deles entrando e cravando na pele do animal. Mesmo que por segundos parados ali, foi o suficiente para alguns deles começarem a se levantar e andar em nossa direção. Logo atrás, pude ouvir passos apressados, também na nossa direção. E quando me dei conta do que ouvia, me virei para trás. Vendo um grupo de várias pessoas correndo até nós, enquanto miravam suas armas na gente. Olhei mais uma vez para o cavalo, ele parecia já não ter mais vida e seu sangue escorria pelo solo, cobrindo boa parte dele.

Daryl e eu começamos a correr imediatamente para dentro da floresta que tomava conta da maior parte da cidade. Passamos por ruas com diversas casas agora tomadas pelo mato verde. Os tiros e os passos ainda nos perseguiam.

Por conta da adrenalina e o medo, não conseguia me sentir cansada mesmo correndo tanto. Daryl carregava a bolsa onde a maioria das armas estava, e mesmo assim mantinha o mesmo ritmo que o meu.

Olhei para trás, para uma das pessoas que nos perseguia. E assim que nossos olhos se encontraram, a mesma parou. Simplesmente parou.

Eu continuei. Me virei em direção a Daryl, e então recuperando mais fôlego, eu apressei meus passos.

Logo depois da mesma garota de antes, parar de correr atrás de nós. Os outros também começaram a não nos perseguir mais. Eu já não conseguia mais os ouvir, a não ser nossos próprios caminhares. Eu ainda continha a feição da garota em minha mente, era como se ela tivesse me reconhecido. Mesmo nunca termos nos encontrado antes - pelo menos eu acho que nunca nos encontramos -.

Daryl e eu ainda corríamos pela "floresta", mas em um ritmo mais devagar que antes. As ruas eram um completo verde, juntamente com as casas ao nosso redor. E diversos tipos de árvores cresciam entorno das casas.

Olhei para frente, para o fim do lugar "manchado" por verde. E então pude perceber mais prédios a nossa frente. Os prédios e as ruas eram quase iguais à floresta atrás de nós, mas pareciam bem mais... cuidadas? Como se alguém tomasse conta para que o musgo verde não preenchesse o resto que havia dos prédios e edifícios.

Daryl parou logo mais adiante de mim, colocando as mãos no joelho e tentando recuperar o fôlego. Ele olhou pra mim, como se quisesse falar algo, mas nada saiu do mesmo. Passei minha mão sobre a testa, me encostando em uma das arvoras que havia ao meu lado. Fui me escorregando sobre ela, até sentar sobre o chão de concreto da pequena cidade.

- Caralho... eu tô morta. - Digo com dificuldade pela falta de ar.

Daryl me olha mais uma vez, antes de se levantar com calma. Colocando as mãos ao redor da cabeça e olhando ao redor. Mais especificamente para a rua a nossa frente. Eu continuei olhando o mesmo de costas para mim. Então, olhei para trás. Para dentro da floresta, de onde nós havíamos vindo. Então fui me levantando aos poucos, agarrada a árvore. Sentindo o ar entrar com mais facilidade pela minha garganta.

- Cê tá bem? - Daryl foi chegando mais perto de mim. Colocou a mão no meu ombro enquanto verificava se estava tudo certo comigo.

Tirei sua mão de mim, foi um ato repentino. Então isso fez Daryl olhar confuso para mim.

- Eu quem deveria perguntar isso. Você foi baleado no braço, Dixon - Fiquei ao seu lado, de como que seu braço ferido ficasse de frente para mim.

- Argh... - Daryl gemeu de dor, assim que toquei as extremidades de seu ferimento.

Olhei para ele. E ele olhou para mim.

Voltei minha atenção para seu braço, dizendo:

- Não foi nada tão grave assim, mas ainda tem que fazer um curativo. - Ajeitei a manga curta de sua blusa, de modo que não pegasse tanto na ferida para não doer no mesmo. - O que cê acha de andarmos pela cidade aí? A gente pode achar algo útil pra usar.

𝗦𝗲𝘂𝘀 𝗢𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗲 𝗖𝗶𝗰𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇𝗲𝘀, daryl dixon ¹Onde histórias criam vida. Descubra agora